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Todos podemos ser !














































O menino Hope, de 2 anos, comoveu o mundo ao ser encontrado desnutrido nas ruas da Nigéria após ser abandonado pela família na rua porque pensaram que ele era um bruxo. O garotinho pesava apenas 4,5kg quando foi resgatado, em janeiro de 2016, pela dinamarquesa Anja Ringgren Loven, fundadora da instituição African Children's Aid Education and Development Foundation. Agora, recuperado, ele pesa quase 11kg.






O Paralysis Foundation foi criado em 1982, para a pesquisa   em medula espinhal. Em 1995, Christopher Reeve ficou tetraplégico como resultado de um acidente de equitação. Reeve procurou a ajuda da APF e emprestou-lhes o seu nome e financiamento.
A Fundação já concedeu mais de US $ 110 milhões em bolsas de pesquisa e mais de US $ 16 milhões em doações de qualidade de vida.
Após a morte de Reeve em outubro de 2004, sua viúva, Dana Reeve , assumiu o papel de presidente da Fundação. Dana Reeve morreu 17 meses depois, em março de 2006, de câncer.
Em 11 de março de 2007, a Fundação anunciou que mudou seu nome para Christopher e Dana Reeve Foundation no primeiro aniversário da morte de Dana Reeve. A mudança, de acordo com uma nota da Fundação à imprensa, foi para refletir a " parceria, coragem e compaixão dos Reeves " 









Herói holandês que salvou menino judeu dos nazistas, na 2ª Guerra Mundial, devolve a medalha


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Kiko Nogueira

Até uma semana atrás, a história do advogado Henk Zanoli era forte concorrente a ser filmada em Hollywood.

Não há mais a menor chance de que isso ocorra. A menor.


Zanoli, hoje com 91 anos, aposentado, fez parte da resistência na Holanda durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1943, ele levou um menino judeu de 11 anos de idade chamado Elchanan Pinto até a casa de sua família no vilarejo de Eemnes. Elchanan ficou escondido ali até o fim do conflito.

Os dois viajaram de trem, passando por soldados e postos de vigilância nazistas. A mãe de Zanoli ajudou a cuidar do garoto. Mais tarde, Elchanan mudou-se para Israel. Morreu em Jerusalém em 2004. 

Em 2011, o Memorial do Holocausto Yad Vashem distribuiu uma condecoração denominada “Justos Entre as Nações” a gentios que salvaram judeus dos nazistas. Zanoli e sua mãe (numa homenagem póstuma a ela) receberam medalhas.

Ele as devolveu no último dia 11.

Sua sobrinha neta Angelique Eijpe, diplomata, casou-se com Ismail Zi’adah, economista palestino. No dia 20 de julho, Zi’adah teve sua casa na Faixa de Gaza bombardeada. Seis parentes morreram, incluindo a matriarca e seu neto de 12 anos.

Zanoli escreveu para o embaixador de Israel em Haia. “Estou convencido de que, tanto no nível pessoal quanto no humano, você terá uma compreensão profunda de que conservar a honra concedida pelo Estado de Israel, sob essas circunstâncias, será ao mesmo tempo um insulto à memória de minha corajosa mãe, que arriscou sua vida e a de seus filhos lutando contra repressão e pela preservação da vida humana, bem como um insulto às pessoas da minha família, quatro gerações depois, que perderam nada menos do que seis parentes em Gaza pelas mãos do estado de Israel”.

O Memorial do Holocausto tem os nomes de 25 mil pessoas de todo o mundo. Os holandeses — mais de 5 mil — só perdem para os poloneses. Oskar Schindler está lá.

O pai de Zanoli morreu num campo de concentração. Todos os familiares de Eliachan Pinto também.

Há uma condição para Zanoli não devolver a medalha: “Depois do horror do holocausto, a minha família apoiou fortemente o povo judeu também no que diz respeito às suas aspirações de construir um lar nacional. Ao longo de mais de seis décadas, porém, vim lentamente a perceber que o projeto sionista teve desde o seu início um elemento racista ao aspirar a construção de um estado exclusivamente para os judeus. A única maneira de sair do atoleiro que Israel criou para si mesmo é através da concessão para todos os que vivem sob o controle do estado os mesmos direitos políticos e oportunidades sociais e econômicas”, escreveu.

“Isso vai resultar num estado não mais exclusivamente judaico, mas com um padrão de justiça que me faria aceitar o título de ‘Justo Entre as Nações’ outorgado a minha mãe e a mim. Nesse caso, entrem em contato comigo ou com meus descendentes”.


Postado no blog Diário do Centro do Mundo em 16/08/2014

Irmãos de três e cinco anos salvam idoso de afogamento em condomínio de Caxias do Sul






Raquel Fronza

Caso você aviste por aí duas crianças vestidas de Batman e The Flash pelas ruas de Caxias do Sul, fique atento: elas são, de fato, dois heróis. 

Na última terça-feira, os irmãos Daniel Michelin de Lima, 3 anos, e João Pedro Michelin, 5 anos, resgataram o vizinho Armindo Gargioni, 65, da piscina do condomínio onde moram. 

Gargioni teve um mal súbito após dar um mergulho e precisou do resgate da dupla imbatível, que surpreendeu a vizinhança inteira com ato heroico.

Gargioni é síndico do condomínio há quase três décadas. Na terça, ele fazia companhia a Daniel e João Pedro enquanto a mãe dos guris, a advogada Roberta Calegari Michelin, subia para buscar toalhas de banho. As crianças estavam fora da água. O síndico resolveu dar um mergulho na piscina, mas não encontrou forças para sair. 

— Eu estava olhando ele mergulhando e disse: mano, faz tempo que o Mindo tá na piscina. Acho que ele tá mal. Vamos tirar o Mindo da água? — recorda João Pedro.

Os manos uniram forças e articularam um plano que, felizmente, deu mais do que certo: se lançaram na piscina e alcançaram Gargioni, já há minutos embaixo d'água.

A duplinha sequer consegue ficar de pé na piscina devido à profundidade de 1,5 metro, mas graças às aulas de natação e à frequência com que brinca na água, não tem grandes dificuldades de locomoção.

Eles ergueram o idoso pelos braços e pela cabeça, levando-o até a beira da piscina e avisando adultos do que se passava.

O síndico foi socorrido por vizinhos ao Hospital Saúde e levado imediatamente para a UTI, com água no pulmão, falta de ar e outros sintomas típicos de afogamento.

O reencontro

Neste domingo, os pais de João Pedro e Daniel resolveram animar o coração de Gargioni, enquanto se recupera aos cuidados da esposa, Teresinha Tormen Gargioni.

Ele até pregava um cochilo no quarto do Hospital Saúde quando escutou as vozes das crianças. Instantaneamente, ao reconhecer quem se aproximava, o síndico começou a chorar. As crianças não desgrudaram do amigo.

— Meus grandes amigos, meus heróis! Venham aqui! Me deem um abraço, devo minha vida a vocês! — dizia, emocionado, Gargioni.

Os pais das crianças, Roberta e João Paulo, estão orgulhosos da ação dos filhos. A mãe, inclusive, custou a acreditar na versão dada pelos pequenos.

— Pedi para que eles repetissem inúmeras vezes a forma como salvaram para ver se era verdade. O mais impressionante é eles terem percebido que algo estava errado com o Armindo — explica a mãe.

Quanto ao ímpeto dos irmãos, Gargione explica:

— Eles souberam o que fazer direitinho porque são anjos, sabe? Anjinhos sempre sabem o que fazer — descreve.