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Você não precisa dar conta de tudo, todos os dias

 


Não se sinta um fracassado porque perdeu o prazo, a chave da casa, o emprego. Sinta-se humano

Marcel Camargo 

Os compromissos parecem estar se avolumando numa intensidade absurda. Ninguém tem tempo para mais nada. Difícil encontrar alguém que esteja sossegado algum dia, com disponibilidade para não fazer nada, até mesmo aos finais de semana. Todos apressados, correndo contra o tempo, atarefados, assoberbados, com prazos estourando, projetos no limite, paciência se esgotando, impaciência tomando conta.

Há uma ideia corrente de que é preciso ocupar-se, correr, empreender, trabalhar muito, alcançar o sucesso, vencer maratonas e ainda sorrir o tempo todo. A mídia e a lógica de mercado colocam o consumismo e a imagem estética como sinônimos de êxito, de sucesso, de se dar bem na vida. Bombardeiam as pessoas com imperativos: trabalhe, compre, viaje, malhe, transe muito, crie filhos perfeitos, faça check-in, ganhe curtidas, enfim, seja famoso, bonito e rico. Quem é isso tudo?

Ninguém, absolutamente ninguém, consegue corresponder a todas as expectativas que jogam sobre nós, ou mesmo às expectativas que nós mesmos criamos. Metas e planos são extremamente necessários, à medida que ter um norte condutor de nossos sonhos nos ajuda a não perder o foco em demasia, a não ficarmos parados, sem sair do lugar. Porém, pautar a vida tão somente na agenda, nas metas do escritório, no relógio, sem se permitirem descansos e atrasos, é um gatilho para o esgotamento físico, para a fadiga mental.

Você não precisa dar conta de tudo, o tempo todo, todos os dias. Tudo bem se você não chegar a cumprir tudo o que estipulara para o dia. Não faz mal se atrasar alguma vez, não faz mal não conseguir fazer tudo o que planejara. Está tudo bem se você se cansa, sente-se esgotado, falha vez ou outra, queima o arroz, esquece algum item da lista do supermercado. Não se sinta um fracassado porque perdeu o prazo, a chave da casa, o emprego. Sinta-se humano.

Temos que saber quais são os nossos limites, para não idealizarmos utopias inalcançáveis. Temos que nos conscientizar de que não somos perfeitos, não somos robôs, não somos super-heróis. Todos temos o direito de errar, de chutar o balde, de não conseguir. Só não podemos estacionar nas derrotas, porque isso, sim, seria imperdoável. Recomeços existem e saber isso faz toda a diferença em nossas vidas. Permita-se recomeçar, quantas vezes forem necessárias. Sem dramas.






Você não precisa dar conta de tudo, todos os dias

 


Não se sinta um fracassado porque perdeu o prazo, a chave da casa, o emprego. Sinta-se humano

Marcel Camargo 

Os compromissos parecem estar se avolumando numa intensidade absurda. Ninguém tem tempo para mais nada. Difícil encontrar alguém que esteja sossegado algum dia, com disponibilidade para não fazer nada, até mesmo aos finais de semana. Todos apressados, correndo contra o tempo, atarefados, assoberbados, com prazos estourando, projetos no limite, paciência se esgotando, impaciência tomando conta.

Há uma ideia corrente de que é preciso ocupar-se, correr, empreender, trabalhar muito, alcançar o sucesso, vencer maratonas e ainda sorrir o tempo todo. A mídia e a lógica de mercado colocam o consumismo e a imagem estética como sinônimos de êxito, de sucesso, de se dar bem na vida. Bombardeiam as pessoas com imperativos: trabalhe, compre, viaje, malhe, transe muito, crie filhos perfeitos, faça check-in, ganhe curtidas, enfim, seja famoso, bonito e rico. Quem é isso tudo?

" A Bolívia venceu o McDonald's "




Após 14 anos de tentativas, McDonald’s fecha suas lojas na Bolívia

Da Redação
A Bolívia se tornou o primeiro país latino-americano que ficará sem McDonald's | Foto: Divulgação
Após 14 anos de presença na Bolívia, e apesar de todas as campanhas feitas, a cadeia de lanches rápidos McDonald’s se viu obrigada a fechar os oito restaurantes que mantinha abertos nas três principais cidades do país: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra.
Todos os esforços desenvolvidos pela rede para inserir-se no mercado boliviano foram infrutíferas. De nada valeu preparar o molho Ilajwa, favorito do altiplano, nem apresentar os melhores conjuntos locais ao vivo.
Com isso, a Bolívia se tornou o primeiro país latino-americano que ficará sem McDonald’s e o primeiro país no mundo onde a empresa fecha por ter seus números no vermelho por mais de uma década.
O impacto para os chefes de marketing tem sido de tal força que foi gravado um documentário sob o título “Por que McDonald’s quebrou na Bolívia”, onde tentam explicar de algum modo as razões que levaram os bolivianos a continuar preferindo as empanadas, ao invés dos hambúrgueres.
Rechaço cultural
O documentário inclui reportagens com cozinheiros, sociólogos, nutricionistas, educadores e historiadores. Todos concordam que o rechaço não é aos hambúrgueres, nem ao sabor; o rechaço está na mentalidade dos bolivianos. Tudo indica que, literalmente, o “fast-food” é a antítese da concepção que um boliviano tem de como se deve preparar uma comida.
“Na Bolívia, para ser boa, além de gosto, a comida requer esmero, higiene e muito tempo de preparação”, assim é como um consumidor avalia a qualidade do que leva ao estômago: também avalia o tempo entre a preparação e o consumo de qualquer alimento.
“A comida rápida não é para essa gente”, concluíram os estadunidenses.
Com informações da Adital

Postado no Blog Sul21 em 30/12/2011