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Tem gente que nem é bonita, mas que se torna linda quando conhecemos




Prof. Marcel Camargo

A estética anda supervalorizada. Parece que a indústria da beleza está tomando todos os lugares, bombardeando as mídias com apelos e propagandas de tratamentos, procedimentos, clareamentos, alisamentos, enfim, tudo o que pode tornar a pessoa mais bela.

Cada vez mais, os valores se superficializam, tornam-se rasos, não porque cuidar de si mesmo seja ruim, mas porque tão somente se valoriza aquilo que se vê, o que se ostenta, o que se consome. É óbvio que cuidar da saúde é essencial, assim como exercícios físicos fazem bem, pois a autoestima influencia muito na qualidade de nossas vidas. Sentir-se bonito e querer ser mais bonito não faz mal algum, o problema é quando toda essa materialidade não se acompanha por afeto, por comportamentos desejáveis, por empatia.

E é também assim que as pessoas se afastam de aspectos da vida que são importantes para o convívio, para o exercício da tolerância, para o trato com o outro, para o olhar para o outro e para dentro de si. Porque, ao focar demasiadamente os objetivos na superfície, o lado de dentro se fragiliza. É como se negligenciássemos a nossa essência em todos os cuidados que ela deve – e merece – ter. É como se fôssemos ocos, vazios, sustentando rebocos prestes a ruir.

Não se trata de romantizar estilos não saudáveis de vida, mas sim de entender que tudo requer equilíbrio. Exageros e excessos fazem mal, sejam de que tipos forem. Preocupar-se demais ou de menos são igualmente nocivos, pois, quando se excede de um lado, um outro lado está sendo deixado sozinho. A gente está precisando prestar mais atenção nos sentimentos, para além das superfícies. Sorrisos colgate podem esconder tristeza sem fim. Músculos, sozinhos, não aguentam as barras da vida.

Porque é aqui de dentro que você conseguirá retirar os instrumentos necessários para se reerguer, para recomeçar, para ser alguém mais feliz e de bem com a vida. É aí dentro que tem sua porção mais bela. Tem gente que nem é bonita, mas, depois que conhecemos, fica linda. Tem gente que, quando abre a boca, perde toda a beleza que tem. O que importa vem de dentro. A beleza também.




Tem gente que nem é bonita, mas que se torna linda quando conhecemos




Prof. Marcel Camargo

A estética anda supervalorizada. Parece que a indústria da beleza está tomando todos os lugares, bombardeando as mídias com apelos e propagandas de tratamentos, procedimentos, clareamentos, alisamentos, enfim, tudo o que pode tornar a pessoa mais bela.

Cada vez mais, os valores se superficializam, tornam-se rasos, não porque cuidar de si mesmo seja ruim, mas porque tão somente se valoriza aquilo que se vê, o que se ostenta, o que se consome. É óbvio que cuidar da saúde é essencial, assim como exercícios físicos fazem bem, pois a autoestima influencia muito na qualidade de nossas vidas. Sentir-se bonito e querer ser mais bonito não faz mal algum, o problema é quando toda essa materialidade não se acompanha por afeto, por comportamentos desejáveis, por empatia.

E é também assim que as pessoas se afastam de aspectos da vida que são importantes para o convívio, para o exercício da tolerância, para o trato com o outro, para o olhar para o outro e para dentro de si. Porque, ao focar demasiadamente os objetivos na superfície, o lado de dentro se fragiliza. É como se negligenciássemos a nossa essência em todos os cuidados que ela deve – e merece – ter. É como se fôssemos ocos, vazios, sustentando rebocos prestes a ruir.

Não se trata de romantizar estilos não saudáveis de vida, mas sim de entender que tudo requer equilíbrio. Exageros e excessos fazem mal, sejam de que tipos forem. Preocupar-se demais ou de menos são igualmente nocivos, pois, quando se excede de um lado, um outro lado está sendo deixado sozinho. A gente está precisando prestar mais atenção nos sentimentos, para além das superfícies. Sorrisos colgate podem esconder tristeza sem fim. Músculos, sozinhos, não aguentam as barras da vida.

Porque é aqui de dentro que você conseguirá retirar os instrumentos necessários para se reerguer, para recomeçar, para ser alguém mais feliz e de bem com a vida. É aí dentro que tem sua porção mais bela. Tem gente que nem é bonita, mas, depois que conhecemos, fica linda. Tem gente que, quando abre a boca, perde toda a beleza que tem. O que importa vem de dentro. A beleza também.