247 - A deputada estadual Isa Penna (PSOL) fez um pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo nesta quinta-feira (17) denunciou o assédio público que sofreu nesta quarta pelo deputado Fernando Cury (Cidadania), como mostrou um vídeo divulgado hoje. Em uma fala indignada, Isa pede para mostrar o vídeo no plenário, mas não é atendida pelo presidente da Casa.
“Presidente, ontem, aqui na sua Casa, em frente à sua mesa, eu fui assediada. Eu fui apalpada na lateral do meu corpo pelo deputado Fernando Cury, do partido Cidadania. Eu vou entrar com um Boletim de Ocorrência e com uma representação”, anuncia no início de seu discurso. Ela também diz que o PSOL e a oposição vão entrar conjuntamente com ações nas instâncias da Casa. “Para que a exceção nesse caso não vire uma regra”.
Em outro momento, Isa lembra que quando chegou ao plenário ontem viu que havia alguns deputados conversando sobre um vídeo em que ela dançava funk. Criticou novamente a postura dos colegas e defendeu seu direito de dançar e de se expressar.
“Esse certamente não é um caso isolado. A gente vê a violência política institucional a todo o momento contra as mulheres”, acrescentou a deputada. “O que dá o direito a alguém encostar numa parte do meu corpo, íntima?”, indaga. “Eu sou uma deputada eleita com 53 mil votos, luto pelo direito das mulheres, luto contra o assédio”, continuou.
“Eu sou uma mulher eleita, eu tenho direito de estar aqui sem ser apalpada, sem ser assediada. E eu choro, mas é de raiva. É de raiva de perceber que eu não sou tão gente - para alguns deputados aqui - como vocês todos são”, disse ainda.
247 - A deputada estadual Isa Penna (PSOL) fez um pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo nesta quinta-feira (17) denunciou o assédio público que sofreu nesta quarta pelo deputado Fernando Cury (Cidadania), como mostrou um vídeo divulgado hoje. Em uma fala indignada, Isa pede para mostrar o vídeo no plenário, mas não é atendida pelo presidente da Casa.
“Presidente, ontem, aqui na sua Casa, em frente à sua mesa, eu fui assediada. Eu fui apalpada na lateral do meu corpo pelo deputado Fernando Cury, do partido Cidadania. Eu vou entrar com um Boletim de Ocorrência e com uma representação”, anuncia no início de seu discurso. Ela também diz que o PSOL e a oposição vão entrar conjuntamente com ações nas instâncias da Casa. “Para que a exceção nesse caso não vire uma regra”.
No dia em que o relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta um cabo da PM como o autor dos disparo de fuzil que matou a vida de Ágatha Félix, de oito anos, no Rio, tudo o que há de ódio e desprezo pela vida de nossos irmãos negros e humildes explodiu hoje na Câmara dos Deputados.
Um tal Coronel Tadeu, do PSL, não gostou de um dos cartazes colocados numa exposição do Dia da Consciência Negra, onde o texto com dados de um órgão governamental, o Ipea, que se referia ao morticínio de negros no Brasil por ações policiais e tinha uma ilustração do cartunista Carlos Latuff. Mandou pedir a Rodrigo Maia que o mandasse retirar.
Como não foi obedecido imediatamente, foi ele próprio arrancar da parede, bater no chão até quebrar a moldura e, diante da reação das pessoas que transitavam pela casa e alguns deputados – identifiquei Talíria Perrone, no PSOL – fugiu com um assessor a proteger-lhe.
Seu colega de partido, o cabo Daniel Silveira, é um bombadão que quebra placas em homenagem a Marielle, As patentes variam, a estupidez é igual.
Pior, porém, é a tolerância com atos deste tipo. Para usar a palavra de que tantos gostam, o vândalo destruiu propriedade e praticou um crime conhecido, na lei, como “exercício arbitrário de suas próprias razões”, claro que tudo regado ao molho odiento do racismo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, com a autorização de quem se montou a exposição, está na obrigação de tomar a iniciativa de uma punição por, no mínimo, quebra do decoro parlamentar.
Caso contrário, logo teremos o debate político travado a paus e pedras dentro do Congresso.
Exatamente como querem as bestas humanas que se enquistaram no Legislativo e usam a imunidade com o mesmo sentido da impunidade.
A obra estava exposta na Câmara dos Deputados, fazendo parte de uma mostra sobre o Mês da Consciência Negra.
" Agressão de um policial militar, que por acaso também é um parlamentar, contra uma de minhas charges exposta no Congresso Nacional e que denuncia a violência policial, nos leva a seguinte reflexão: se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de carne, osso e pele negra! ", escreveu o cartunista no Twitter.
Atenção: o deputado @CoronelTadeu destruiu há pouco a charge do @LatuffCartoons que estava exposta na Câmara e simbolizava um PM atirando em um jovem negro. Deputados estão neste momento protestando e prometem acionar Conselho de Ética para que o parlamentar seja punido
Agressão de um policial militar, que por acaso também é um parlamentar, contra uma de minhas charges exposta no Congresso Nacional e que denuncia a violência policial, nos leva a seguinte reflexão. Se fazem isso contra um cartaz, imagine contra gente de carne, osso e pele negra!
247 – O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) concedeu uma entrevista exclusiva à TV 247, em que falou sobre os enormes retrocessos do Brasil pós-golpe, como a proposta de "cura gay"e o novo macartismo cultural, que tem atingido exposições artísticas pelo Brasil afora.
– A homossexualidade já foi catalogada como doença. Quem primeiro fez um movimento para despatologização da homossexualidade foi a Associação Americana de Psiquiatria. Em seguida, a Organização Mundial de Saúde retirou de vez a homossexualidade do código de doenças em 1990. Ou seja: desde então, ela é considerada uma expressão da sexualidade humana, como a heterossexualidade ou a bissexualidade.
Na opinião do parlamentar, o que se deve discutir é a cura para a homofobia. Na entrevista, concedida aos jornalista Leonardo Attuch e Paulo Moreira Leite, ele lembrou que o Brasil é um dos países que lideram a violência contra o público LGBT e disse que a ideia de "cura gay" estimula a homofobia.
Na entrevista, ele também comentou casos como as ações do MBL contra a exposição "Queermuseu" em Porto Alegre e contra expressões artísticas, como o caso recente do MAM.
– Estão fazendo uma gigantesca cortina de fumaça, para que nós discutamos esses temas, que são importantes, enquanto eles, que são um grupelho fascista, apoiam um governo ilegítimo e corrupto que vende todas as riquezas nacionais.
Wyllys falou ainda sobre a disputa presidencial de 2018, disse que o Psol terá candidatura própria à presidência em 2018, mas defendeu uma frente ampla de esquerda no segundo turno, possivelmente em torno do ex-presidente Lula. Na entrevista, ele afirmou que Ciro Gomes evita se posicionar sobre temas ligados à questão LGBT e criticou posturas conservadoras de Marina Silva. Num ponto surpreendente, defendeu as políticas contra a homofobia do tucano Geraldo Alckmin.