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Anciãos emocionam a todos ao celebrarem seu 70º aniversário de casamento. O amor é verdadeiro e duradouro !

 


Este veterano da Segunda Guerra Mundial se casou com o amor de sua vida em 1950. Desde então, eles têm aproveitado a vida juntos.

Ana Carolina Conti Cenciani

Entre tantos divórcios que ocorrem hoje em dia, é bom conhecer histórias de amor duradouras e emocionantes. São filmes de romance na vida real que felizmente não acabam e nos permitem acreditar no amor.

Desta vez, contaremos a história de Mel Hughes e Vera, um casal que selou seu amor em 1950 e tem sido feliz desde então.

A foto do casamento deles foi compartilhada nas redes sociais e no mesmo post colocaram imagens atuais. Eles foram virais imediatamente e se tornaram uma inspiração para muitos que desejam o mesmo tipo de vida. Afinal, um relacionamento tão duradouro é inspirador !

Mel Hughes é um veterano da Segunda Guerra Mundial de 95 anos, enquanto sua esposa Vera tem 90, dos quais eles estão juntos há 70. Isso é mais da metade de suas vidas e, até agora, eles não expressaram intenção de se separar.

Aparentemente, sua vida em Abergavenny, no País de Gales, é muito tranquila e eles se divertem muito entre diálogos e jogos típicos de sua época.

“Eles passaram por muitas provações na vida juntos e ainda assim são um. A maneira como cuidam um do outro, a maneira como brincam … e o mais importante, eles se respeitam. Tudo isso me deu muita esperança de que existe um amor verdadeiro e duradouro.“, conta a fotógrafa Sujata Setia através de seu Facebook.

Segundo uma das netas chamada Laura, a sua avó Vera disse-lhe que foi amor à primeira vista e que quando o viu só queria estar com ele.


E a verdade é que ela conseguiu, porque o tempo passou e eles ainda estão juntos, apaixonados e curtindo a vida. É fácil desejar-lhes muitos anos de vida e saúde, para que possam continuar a desfrutar da sua família e do seu tempo a dois.

Ver como eles se abraçam e recriam aquele momento especial que foi seu casamento é ótimo, mostra que eles ainda se lembram dele com carinho. O tempo não passa em vão, são muitas as experiências que eles tiveram e hoje, já com netos, podem conta-las como uma linda história de amor.



Acima, no vídeo, cenas do filme " Austrália " que recomendo

e que traz, entre outros temas, uma linda  estória de amor.




Anciãos emocionam a todos ao celebrarem seu 70º aniversário de casamento. O amor é verdadeiro e duradouro !

 


Este veterano da Segunda Guerra Mundial se casou com o amor de sua vida em 1950. Desde então, eles têm aproveitado a vida juntos.

Ana Carolina Conti Cenciani

Entre tantos divórcios que ocorrem hoje em dia, é bom conhecer histórias de amor duradouras e emocionantes. São filmes de romance na vida real que felizmente não acabam e nos permitem acreditar no amor.

Desta vez, contaremos a história de Mel Hughes e Vera, um casal que selou seu amor em 1950 e tem sido feliz desde então.

História de um casamento : coragem emocional é para poucos



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Guilherme Moreira Jr.

Assistir “Marriage Story”, traduzido como “História de um Casamento”, do diretor e roteirista Noah Baumbauch, é praticamente mergulhar, mesmo sem intenção, em todos, absolutamente todos os relacionamentos amorosos que você já possa ter tido na vida. E isso não é algo ruim, mas é doloroso. Falar de qualquer relacionamento é falar sobre o emocional. É discursar sobre o amor em várias camadas que até hoje não conseguimos, sejam poetas, músicos, compositores, escritores ou filósofos, desvendá-lo a ponto de saber exatamente a sua fórmula ideal, o status quo que o deixa ali, alcançável em nossas desajeitadas mãos.

O amor tem dessas injustiças atemporais. Às vezes são detalhes notados logo no início da relação, mas ignorados por causa da euforia, do gosto do novo, da sensação de vida que o sentimento traz consigo. E às vezes eles se mostram somente com o tempo, porque queremos tanto a aprovação da outra pessoa que escondemos, melhor, disfarçamos quem realmente somos com o medo de perder aquela pessoa. Tanto a primeira quanto a segunda escolha resultam em um desfecho dramático, desleal e que deixa cicatrizes difíceis de serem esquecidas.

No caso de Marriage Story, Nicole (Scarlett Johansson) e Charlie (Adam Driver) escolheram ambos caminhos diferentes, esperando o mesmo resultado. Nicole precisava do novo na sua vida, de algo real que realmente fizesse sentido ainda que não houvesse sem sentido algum naquela época. Já Charlie esperava que Nicole não notasse o seu ego frágil, os seus medos, descontentamentos e carências emocionais. Quando o divórcio finalmente chega para o casal, tanto um quanto outro invertem os seus papéis e assim seguem até o término do longa. É uma gangorra de dores e curativos retirados, onde prevalece mais a descoberta individual de quem é cada um sem o outro do que enquanto eles estavam de fato juntos.

O roteiro de Baumbach consegue deixar essas nuances misteriosas sendo reveladas aos poucos. Talvez seja o principal motivo do filme ser tão cativante e sofrível para quem o assiste. Porque você torce pela Nicole e Charlie, não por causa necessariamente do filho, mas porque nota-se a existência de algo raro, independente de amor, na maioria dos relacionamentos: sintonia. Sintonia não de combinar as mesmas coisas, os mesmos gostos, mas o tipo de sintonia que abraça e compreende os defeitos do outro sob um olhar tão generoso que por vezes faz o espectador ficar com um nó no peito. Lógico, mesmo sendo fofo, nada disso é o suficiente para o amor durar. Afinal, quem conhece com toda a certeza o suficiente para saciar o amor? É uma resposta particular, mutável e acredite, intangível.

Passamos a maior parte da vida tentando encontrar os nossos pares perfeitos e acreditando em finais felizes, mas nos esquecemos que alguns finais felizes também são finais infelizes. Infelizes já que eles precisam dessa virada trágica para que avancemos algumas casas, para que saiamos da nossa zona de conforto. Coragem emocional é para poucos, gente. Não basta um tombo, uma queda e você aprende tudo. Tampouco adianta pensar que o tempo em conjunto foi perdido, foi anulado por más decisões e arrependimentos.

O amor é complicado. Na verdade, o amor é irônico. Ele gosta desse plot twist no coração. Talvez por conhecer a gente há mais tempo que nós ou simplesmente por ter essa pegada travessa. A única coisa que o amor não é burro ou estúpido. Não consigo concordar com isso e nem com essa culpa jogada sobre ele. Somos nós, enquanto cada oi, conversa, beijo, sexo, despedida, reencontro, saudade, partida e outras interações que somos responsáveis por suas consequências.

O amor, o casamento, o relacionamento combinado entre duas pessoas, é tudo pano de fundo para uma história maior. Uma história na qual nós protagonizamos uma chama que acende quando conhecemos alguém com esse oferecer singular e o mais valioso do mundo naquele momento. Mas tudo pode mudar. Todos podemos. De um dia pro outro, de uma hora para outro, de um pro outro. O amor permite descaminhos. Ficarmos zangados com o mundo não resolve nada.

Então eu digo, mais uma vez, coragem emocional é para poucos. É uma jornada de várias idas e vindas, onde podemos ter a sorte e o azar de conhecermos alguém que a sintonia encaixe ou que deixa de existir numa outra oportunidade. Só não dá pra acharmos que tudo é lindo, que o amor não tem dos seus dissabores e que amar, mas amar no patamar que todos os entendedores artísticos da vida reconhecem é que: às vezes também é amor, mesmo que acabe. Digo isso porque o amor não morre no desencontro, ele morre quando não conseguimos mais recordar dele com o mínimo de agradecimento e respeito pela passagem tida em nossas frágeis e complicadas vidas.

Veja o Trailer :








Pastor Claudio Duarte : a Caixa do Nada



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Quando casar sara?





Marcela Alice Bianco

“Quando Casar Sara! Quantos de nós, quando crianças, ouvimos essa frase de nossas mães, tias e avós após nos machucarmos? 

No meu caso, além dessa afirmação, povoavam meu imaginário e ambiente familiar, tantas outras mensagens que remetiam ao casamento e ao papel que ele representaria na minha existência futura. 

Lembro-me, por exemplo, de uma brincadeira que fazia com as amigas em que definíamos através de uma conta com as letras de uma palavra com quantos anos iríamos casar e quantos filhos teríamos. Também me recordo de um baú de bordados da minha avó no qual ela guardava os futuros enxovais de suas netas. Muitas vezes, ela abria o baú para me mostrar o material com entusiamo e dizia: – “Se Deus quiser você casará com um homem bom!”

Além disso, todos os contos de fadas que eu lia falavam de princesas que adormecidas, abandonadas ou enclausaradas em torres eram libertadas por lindos príncipes corajosos que as levavam para castelos onde viveriam felizes para sempre. E tudo isso gerava fantasias de que um dia eu precisaria ser libertada de alguma coisa para ser feliz.

Os anos se passaram e eu não casei com a idade prevista na brincadeira, mas bem depois! 

Também não herdei da minha avó os bordados já então amarelados pelo tempo para enfeitar a minha casa nova, assim como não levei a diante seu modelo de relacionamento conjugal. 

Faço parte de uma geração, que, ao crescer e perceber a possibilidade de independência financeira e emocional, pôde fazer outras escolhas que não a de esperar pelo resgate do príncipe encantado.

Tal liberdade também trouxe novos desafios, pois já que não seria mais necessário ter um príncipe e nem assumir o papel de uma princesa, passou a ser preciso aprender um novo jeito de relacionar.

Mas, parece que, de alguma forma e por vezes, inconscientemente, ainda carregamos conosco uma imagem do relacionamento baseado no amor romântico, e por consequência, do casamento como algo que irá nos salvar ou nos fazer sarar de algo que está ferido. E, portanto, passamos a investir na imagem de um parceiro amoroso a projeção da completude para um vazio existencial.

Muitos têm fracassado na tarefa, seja porque não conseguem encontrar a pessoa “ideal” ou porque não conseguem trilhar um caminho saudável no casamento que leve a realização. 

Entre os que se casam, os relatos de desentendimentos, conflitos, frustrações, cobranças e desajustes são inúmeros.

Em muito casos, a separação é a saída encontrada por um ou por ambos os lados da dupla. 

A questão é que as pessoas já não estão mais dispostas a manter um casamento infeliz e que não as satisfaçam. E, uma boa parte das que permanecem em relações desgastadas e sem mudanças estão presas em questões materialistas, em seus próprios ideais ou em algum ciclo vicioso doentio.

Independente da opção escolhida: casar-se ou não casar; separar-se ou tentar reconstruir uma relação desgastada, a questão que fica é que precisamos repensar o que esperamos de um casamento e qual sua função em nossas vidas.

Para além da consolidação dos modelos de sociedade e de família vigentes na nossa cultura atual, é fundamental que encontremos razões individuais para desejarmos ou não o enlace com outrem, já que compartilharemos com ele nossa existência e caminho de desenvolvimento.

Voltando a ideia do casamento como algo que nos curará das nossas feridas, imaginamos que ele nos levará a um estado de bem-estar contínuo e satisfatório para o nosso modo de vida.

Bem-estar significa ausência de desprazer, de tensão, de desgastes. Liga-se a ideia de plenitude, prazer e conforto. E também à necessidade de pertencimento e de se sentir protegido e seguro. Seria o tal do “felizes para sempre”.

Porém, a vida não se faz num contínuo de bem-estar e satisfação. Para amadurecermos, seja individualmente ou como casal, precisamos enfrentar os opostos, ou seja, as diferenças de criação, de jeitos de ser, de expectativas e por aí vai. Processos que geram conflitos, inseguranças, dúvidas e ansiedade. Mas, que também trazem a possibilidade do surgimento de uma nova personalidade mais madura, integrada e consciente.

Neste sentido, o casamento pode ser sim uma forma de salvamento, mas não àquela salvação que nos levará a uma espécie de paraíso onde tudo é perfeito e maravilhoso. O que ele pode oferecer é uma via para o processo de individuação. Ou seja, um caminho para que cada um dos pares possa seguir em seu desenvolvimento, tornando-se o mais próximo possível do próprio potencial de realização.

A intimidade e a entrega impõem desafios. O ajuste das expectativas projetadas no outro e a capacidade de compreendermos o que ele é realmente capaz de nos oferecer exige que o enxerguemos como alguém diferente de nós e não como uma extensão dos nossos desejos. O controle das reações agressivas diante das frustrações e do ciúme demandam força, habilidade e amadurecimento pessoal. Desde a negociação de qual será o sabonete para o banho até como se dará a educação dos filhos, todas as tarefas que envolverão o casal durante sua jornada os ajudarão a amadurecer sua forma de ser relacionar com o parceiro e consigo mesmo.

Então se formos responder à pergunta: Quando casar sara? A única resposta que podemos encontrar é: Depende !

Depende das feridas que você carregou ao logo do caminho até chegar no altar e do que será preciso para curá-las.

Depende do parceiro escolhido para a jornada de individuação que a vida te propõe. 

Depende se o casal não deixará a relação estagnar e cair na rotina e no automatismo. Ou se ficarão apenas no desejo sensual ou presos aos deveres.

A questão é que todo mundo leva para dentro do novo lar toda sua bagagem de vida e nela podem ser encontrados todos os tipos de feridas psíquicas imagináveis. 

E, nesse caminho podemos passar a vida repetindo os mesmos comportamentos que nos levam a nos machucar irremediavelmente ou podemos, através do aprendizado e da mudança alcançar um novo nível de consciência que nos ajude a se relacionar com o outro de maneira criativa e amorosa. Neste último caso, o casamento pode ser sim uma via saudável para o crescimento e para a busca da felicidade onde, duas pessoas inteiras, compartilham uma jornada de desafios e conquistas que as levará a um profundo conhecimento de si próprias e do outro.



Marcela Alice Bianco – CRP: 06/77338 Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta Junguiana formada pela UFSCar. Especialista em Psicoterapia de Abordagem Junguiana associada à Técnicas de Trabalho Corporal pelo Sedes Sapientiae. E-mail: marcelabianco@yahoo.com.br