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Raios cósmicos ensinaram a humanidade a andar ?

 










Poeira de Estrelas  -  Validuaté


Já não vivo nessa pressa, nessa ânsia
Já não tenho essa fome, essa ganância
Percebi depressa o que tem relevância
Não quero promessa, quero substância

Nessa ignorância aprendi ao menos
Que somos pequenos e sem importância
Poeira de estrelas, à beira de extremos
Viemos do pó e ao pó voltaremos

Hoje eu já não junto nada em abundância
Aprendi que muito é mera circunstância
Nenhuma arrogância cega me insulta
Trouxe minha infância para a vida adulta

Nessa ignorância aprendi ao menos
Que somos pequenos e sem importância
Poeira de estrelas, à beira de extremos
Viemos do pó e ao pó voltaremos






Raios cósmicos ensinaram a humanidade a andar ?

 










Poeira de Estrelas  -  Validuaté


Já não vivo nessa pressa, nessa ânsia
Já não tenho essa fome, essa ganância
Percebi depressa o que tem relevância
Não quero promessa, quero substância

Nessa ignorância aprendi ao menos
Que somos pequenos e sem importância
Poeira de estrelas, à beira de extremos
Viemos do pó e ao pó voltaremos

Hoje eu já não junto nada em abundância
Aprendi que muito é mera circunstância
Nenhuma arrogância cega me insulta
Trouxe minha infância para a vida adulta

Nessa ignorância aprendi ao menos
Que somos pequenos e sem importância
Poeira de estrelas, à beira de extremos
Viemos do pó e ao pó voltaremos






A Era de Luz começa hoje, 21 de Dezembro, com o aparecimento da Estrela de Belém que é o raro alinhamento de Júpiter e Saturno

 



Adriana Helena

 Amigos mais queridos do mundo, trago boas notícias! Hoje, dia 21 de dezembro, todo o sofrimento que estamos passando vai dar lugar a uma nova era de luz e alegria! Teremos a visão surpreendente da 'Estrela de Natal' , um raro fenômeno que não acontece há 800 anos. Venha saber mais detalhes deste maravilhoso acontecimento.

O alinhamento de Júpiter e Saturno poderá ser visto de 16 a 21 de dezembro, em horizontes abertos, após o pôr do sol. Astrônomos dizem que fenômeno é raro e que os planetas só estiveram tão perto séculos atrás. Vejam como o nosso planeta Terra é pequenino diante dos gigantes Júpiter e Saturno (com anéis).


Sistema solar: Júpiter (o maior, ao centro) e Saturno (com o anel) são planetas gasosos, congelados e ricos em materiais carbônicos. — Foto: Getty Images via BBC


Pois bem amigos, ressaltando, um fenômeno astronômico raro poderá ser observado do Brasil e de praticamente toda a Terra de 16 a 21 de dezembro deste ano. Será o alinhamento de Júpiter e Saturno, que estarão próximos e devem parecer um planeta duplo (dois pontos brilhantes).


Essa formação é conhecida como “Estrela de Belém” ou “Estrela do Natal”. No último dia do período, 21 de dezembro, a distância entre eles deve ser ainda menor. O fenômeno ficará visível após o pôr do sol. Os dois planetas só estiveram tão perto nos anos 1623 e 1226 – ou seja, séculos atrás. 

Isso não é um acontecimento fantástico? Finalmente uma boa notícia neste terrível ano de pandemia do Corona Vírus.




O excepcional alinhamento de Júpiter e Saturno

As conjunções são raras porque cada planeta demora um tempo diferente para girar em torno do Sol. A Terra, por exemplo, leva 1 ano. Já os planetas Júpiter e Saturno completam a volta em cerca de 12 e 30 anos, respectivamente. Segundo o pesquisador Felipe Navarete, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP):

Todos os corpos celestes estão em movimento. Em especial, o Sol e os planetas se movimentam em uma linha no céu chamada Eclíptica. Quando ocorre um cruzamento entre os planetas a gente chama de conjunção .

Segundo astrônomos, Júpiter e Saturno estiveram tão próximos pela última vez em 1623. O fenômeno mais similar, porém, ocorreu no século 13, há quase 800 anos.

O pesquisador do IAG-USP diz que, apesar de os planetas estarem próximos, a distância ainda vai ser de quase 700 milhões de quilômetros.

Esse efeito, essa conjunção ocorre a cada 400 e poucos anos. Século 13, século 17 e agora 21. Encontros semelhantes podem acontecer mais frequentemente, mas as máximas aproximações no céu são bem raras e demoram mais tempo para ocorrer.




Ao longo dos dias a distância entre os pontos vai diminuir. No dia 21 será a distância mínima. A olho nu você consegue separar os planetas: Júpiter e Saturno. Júpiter será mais brilhante. A olho nu vai dar para ver, embora não dê para enxergar os detalhes. Com binóculo pequeno você já consegue começar a ver melhor os detalhes.

Júpiter e Saturno são os maiores planetas do sistema solar. São também os planetas com mais luas. Júpiter desempenha um papel muito grande porque graças a ele a gente não tem muitos asteroides que poderiam colidir com a Terra. Ele segura os asteroides a uma distância segura da gente.

"Devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte. Fica mais visível num horizonte mais limpo."


Imagem extraordinária de Júpiter, rastreando as regiões de calor que se encontram sob as gigantescas nuvens de gás do planeta vizinho. Os cientistas usaram uma técnica de alta resolução usada em astronomia chamada em inglês de lucky imaging, que envolve a geração e a combinação de imagens obtidas de várias exposições ultrarrápidas — Foto: Gemini Observatory/M.H. Wong et al


A canção do alinhamento de Júpiter & Saturno (Lado a Lado) - INXS -

E para acompanhar esse momento sublime sugiro ouvir a canção By My Side do INXS que é um espetáculo. By My Side (Ao Meu Lado) Júpiter e Saturno - lado a lado - Fazendo brilhar a Estrela de Belém !

" By My Side " é um single da banda australiana INXS , o terceiro single britânico e quarta Australian single retirado do álbum X . A música é uma balada baseada em piano, cordas e violão com um grande refrão.



A canção foi escrita por Andrew Farriss e Michael Hutchence como parte das sessões de 1990 para o álbum X. O produtor musical Chris Thomas , que produziu o álbum, também recebe créditos como compositor, contribuindo especificamente para o refrão e o arranjo, conforme explicado nas notas do encarte da edição especial do álbum X em 2002.

Junto com " Never Tear Us Apart ", que eu já editei no meu canal no YouTube, "By My Side" foi uma das duas canções do INXS tocadas no funeral do vocalista Michael Hutchence após seu suicídio em 22 de novembro de 1997. Um grande talento perdido. 

Em fevereiro de 2014, após a exibição no Canal 7 da minissérie INXS: Never Tear Us Apart e "By My Side" alcançaram as paradas de sucesso novamente e agora viraram trilha sonora para o alinhamento de Júpiter e Saturno!! Linda Era de Luz amigos !!

 


Fontes de Inspiração :










A Era de Luz começa hoje, 21 de Dezembro, com o aparecimento da Estrela de Belém que é o raro alinhamento de Júpiter e Saturno

 



Adriana Helena

 Amigos mais queridos do mundo, trago boas notícias! Hoje, dia 21 de dezembro, todo o sofrimento que estamos passando vai dar lugar a uma nova era de luz e alegria! Teremos a visão surpreendente da 'Estrela de Natal' , um raro fenômeno que não acontece há 800 anos. Venha saber mais detalhes deste maravilhoso acontecimento.

O alinhamento de Júpiter e Saturno poderá ser visto de 16 a 21 de dezembro, em horizontes abertos, após o pôr do sol. Astrônomos dizem que fenômeno é raro e que os planetas só estiveram tão perto séculos atrás. Vejam como o nosso planeta Terra é pequenino diante dos gigantes Júpiter e Saturno (com anéis).


Sistema solar: Júpiter (o maior, ao centro) e Saturno (com o anel) são planetas gasosos, congelados e ricos em materiais carbônicos. — Foto: Getty Images via BBC


Pois bem amigos, ressaltando, um fenômeno astronômico raro poderá ser observado do Brasil e de praticamente toda a Terra de 16 a 21 de dezembro deste ano. Será o alinhamento de Júpiter e Saturno, que estarão próximos e devem parecer um planeta duplo (dois pontos brilhantes).


Essa formação é conhecida como “Estrela de Belém” ou “Estrela do Natal”. No último dia do período, 21 de dezembro, a distância entre eles deve ser ainda menor. O fenômeno ficará visível após o pôr do sol. Os dois planetas só estiveram tão perto nos anos 1623 e 1226 – ou seja, séculos atrás. 

Isso não é um acontecimento fantástico? Finalmente uma boa notícia neste terrível ano de pandemia do Corona Vírus.




O excepcional alinhamento de Júpiter e Saturno

As conjunções são raras porque cada planeta demora um tempo diferente para girar em torno do Sol. A Terra, por exemplo, leva 1 ano. Já os planetas Júpiter e Saturno completam a volta em cerca de 12 e 30 anos, respectivamente. Segundo o pesquisador Felipe Navarete, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP):

Todos os corpos celestes estão em movimento. Em especial, o Sol e os planetas se movimentam em uma linha no céu chamada Eclíptica. Quando ocorre um cruzamento entre os planetas a gente chama de conjunção .

Segundo astrônomos, Júpiter e Saturno estiveram tão próximos pela última vez em 1623. O fenômeno mais similar, porém, ocorreu no século 13, há quase 800 anos.

O pesquisador do IAG-USP diz que, apesar de os planetas estarem próximos, a distância ainda vai ser de quase 700 milhões de quilômetros.

Esse efeito, essa conjunção ocorre a cada 400 e poucos anos. Século 13, século 17 e agora 21. Encontros semelhantes podem acontecer mais frequentemente, mas as máximas aproximações no céu são bem raras e demoram mais tempo para ocorrer.




Ao longo dos dias a distância entre os pontos vai diminuir. No dia 21 será a distância mínima. A olho nu você consegue separar os planetas: Júpiter e Saturno. Júpiter será mais brilhante. A olho nu vai dar para ver, embora não dê para enxergar os detalhes. Com binóculo pequeno você já consegue começar a ver melhor os detalhes.

Júpiter e Saturno são os maiores planetas do sistema solar. São também os planetas com mais luas. Júpiter desempenha um papel muito grande porque graças a ele a gente não tem muitos asteroides que poderiam colidir com a Terra. Ele segura os asteroides a uma distância segura da gente.

"Devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte. Fica mais visível num horizonte mais limpo."


Imagem extraordinária de Júpiter, rastreando as regiões de calor que se encontram sob as gigantescas nuvens de gás do planeta vizinho. Os cientistas usaram uma técnica de alta resolução usada em astronomia chamada em inglês de lucky imaging, que envolve a geração e a combinação de imagens obtidas de várias exposições ultrarrápidas — Foto: Gemini Observatory/M.H. Wong et al


A canção do alinhamento de Júpiter & Saturno (Lado a Lado) - INXS -

E para acompanhar esse momento sublime sugiro ouvir a canção By My Side do INXS que é um espetáculo. By My Side (Ao Meu Lado) Júpiter e Saturno - lado a lado - Fazendo brilhar a Estrela de Belém !

" By My Side " é um single da banda australiana INXS , o terceiro single britânico e quarta Australian single retirado do álbum X . A música é uma balada baseada em piano, cordas e violão com um grande refrão.



A canção foi escrita por Andrew Farriss e Michael Hutchence como parte das sessões de 1990 para o álbum X. O produtor musical Chris Thomas , que produziu o álbum, também recebe créditos como compositor, contribuindo especificamente para o refrão e o arranjo, conforme explicado nas notas do encarte da edição especial do álbum X em 2002.

Junto com " Never Tear Us Apart ", que eu já editei no meu canal no YouTube, "By My Side" foi uma das duas canções do INXS tocadas no funeral do vocalista Michael Hutchence após seu suicídio em 22 de novembro de 1997. Um grande talento perdido. 

Em fevereiro de 2014, após a exibição no Canal 7 da minissérie INXS: Never Tear Us Apart e "By My Side" alcançaram as paradas de sucesso novamente e agora viraram trilha sonora para o alinhamento de Júpiter e Saturno!! Linda Era de Luz amigos !!

 


Fontes de Inspiração :










Dia dos Pais terá a maior Super Lua do ano !




Assistir à Lua cheia nascer é sempre um espetáculo fabuloso, mas nesse domingo o evento será diferente. A Lua nascerá gigantesca e alaranjada e também parecerá muito brilhante que a de costume. Domingo é Dia dos Pais e para brindar teremos a maior Lua cheia do ano! Batizada popularmente como Super Lua Cheia, o fenômeno acontece devido a uma coincidência que acontece sempre que a Lua entra na fase cheia no mesmo dia em que atinge o perigeu, a menor distância da Terra. Cientificamente o fenômeno é chamado de Lua do Perigeu.

Como acontece a Super Lua



A Lua dá uma volta aparente na Terra a cada 29,5 dias e se tudo fosse perfeito, a super lua nunca existiria. É que a orbita da Lua ao redor do nosso planeta não é um círculo perfeito, mas uma elipse, uma círculo achatado.

Essa irregularidade do shape tem dois pontos principais, chamados perigeu e apogeu lunar. Durante o apogeu, o ponto mais distante da orbita, a distância média da Terra à Lua é de 405,696 km, enquanto no perigeu, o ponto mais próximo, essa distância cai para 363,104 km.

Além disso, as anomalias gravitacionais envolvidas fazem com essas distâncias médias variem um pouco, produzindo perigeus e apogeus diferentes ao longo do ano, alguns deles bastante perceptíveis visualmente.

É exatamente isso o que vai acontecer neste domingo, quando teremos o menor perigeu lunar do ano. Exatamente às 14h44 BRT (Hora de Brasília) a distância Lua-Terra será de apenas 356,896 km.




No entanto, essa aproximação por si só não produz uma Super Lua. Para isso é preciso que ela também esteja começando a fase cheia, que por uma coincidência terá início minutos depois do perigeu, às 15h09 BRT. 

Juntos, farão a Lua parecer 35% mais brilhante e aparentar um diâmetro 14% maior que o de costume. Em outras palavras, teremos uma Super Lua Cheia!

Além do aumento do brilho e do diâmetro aparente do disco lunar, as super luas também causam efeitos físicos aqui na Terra, uma vez que a maior aproximação produz marés mais fortes que as habituais, mas nada que fuja dos padrões já conhecidos. 

Vendo a Super Lua

Apesar de o ápice da Super Lua ocorrer na tarde de domingo, ela não poderá ser vista neste momento já que ainda não estará no céu. 

Em boa parte do Brasil o astro nasce próximo às 17h30, praticamente ao mesmo tempo em que o Sol está se pondo no lado oeste. 

Isso faz com que o nascer da Super Lua ganhe uma coloração especialmente alaranjada, obtida devido à refração dos raios de Sol na atmosfera. 

É isso aí. Nada como uma Super Lua para comemorar um Super Dia dos Pais. Bons céus! 

Nota: O Apolo11 deverá transmitir o evento ao vivo, direto de São Paulo, a partir das 18h30, se o tempo colaborar.




Postado no Blog do Saraiva em 09/08/2014



E por falar em Lua ... músicas lindas !











A única certeza que nos cabe


Eduardo Guimarães


Vez por outra, perscrutando as ondas da comunicação que engolfam o mundo contemporâneo, você detém o ritmo alucinante do cotidiano e presta atenção a notícias sobre descobertas da astronomia. Em geral, é atraído por imagens de estrelas, planetas ou galáxias.


Nesses átimos de sua vida, por minutos ou até segundos, muitas vezes sem ao menos perceber, você se permite reflexão que, se fizéssemos mais amiúde, talvez levássemos nossas curtas vidas de forma mais sábia – ou menos ignorante e arrogante.

Nos anos 1980, aos meus vinte e tantos anos, assisti pela primeira vez à série de TV Cosmos, do astrônomo, astrofísico e cosmólogo norte-americano Carl Sagan. Navegando pela internet, sempre esbarro em um vídeo feito vários anos depois, mas que é considerado parte da série de Sagan e que inspirou-se em livro que ele publicou em 1994, “Pale Blue Dot”, ou, em português, “Pálido Ponto Azul”.

Essa obra baseou-se na missão da sonda espacial Voyager, lançada ao espaço pelos Estados Unidos em 5 de setembro de 1977 a fim de estudar o Sistema Solar exterior e o espaço interestelar.

A incrível máquina produzida pelo engenho humano está em operação há mais de 35 anos. Até hoje obedece aos comandos da NASA e responde enviando dados à Terra.

Em 1990, foi enviado um comando a Voyager 1 para se virar e tirar fotografias dos planetas que havia visitado. Uma dessas imagens era da Terra, então distante 6,4 bilhões de quilômetros da sonda.

A fotografia mostrou nosso planeta como um “pálido ponto azul”, um grão de poeira cósmica, o que excitou a imaginação de Carl, levando-o a escrever um verdadeiro poema que induz a humanidade a uma das muitas reflexões que a astronomia, a cosmologia e a astrofísica nos impõem.

Antes de nossa jornada, neste texto, rumo a teorias científicas cujas implicações têm poder para alterar a percepção de toda humanidade sobre si mesma, assistamos a um dos momentos mais belos da inteligência humana, a reflexão de Carl Sagan sobre o “Pálido Ponto Azul” no qual micróbios ditos humanos chegam a acreditar que são “poderosos”.


Talvez você não tenha entendido ainda, leitor, por que um blog político publica um post sobre a exploração do espaço e a eterna busca do homem por suas origens e pelo desvendamento da Criação. A política, a busca pelo “poder”, porém, tem tudo que ver com esse que é o ramo mais nobre da ciência.

As teorias científicas que buscam entender a origem e o destino da existência vão muito além do que supõe a quase totalidade da espécie humana. Poucos são os que atentam suficientemente para fatos que revelam que tudo o que consideramos “importante” não passa de preocupações de micróbios com suas desprezíveis questões microbianas.

A luta pelo “poder” político, as paixões mundanas, as preocupações com aparência física, bens materiais e até com a finitude da vida perdem razão de ser diante de teorias que nos levam muito além da perplexidade.

As teorias mais ousadas da astrofísica encampam até a de que não existe apenas um universo, mas vários universos paralelos que brotam um do outro como bolhas de uma terrina contendo uma solução prosaica de água e sabão.

Nesses outros hipotéticos universos paralelos, a ciência aceita, ainda que como mera especulação fundada em teorias não comprovadas, que possam existir cópias exatas de nosso mundo e até de cada um de nós (!).

O canal a cabo History Channel apresentou o programa “Universos Paralelos”. As fantásticas teorias que esse programa expõe têm o poder de nos fazer refletir, nestes dias em que nossas paixões mundanas nos levam a paroxismos de egocentrismo e arrogância, que, diante de mistérios dessa magnitude, ser um pouco mais humildes é o mínimo que nos cabe.

A teoria principal é a de que existem cópias de cada um de nós habitando um planeta, um sistema solar e um universo idênticos, mas nos quais a interferência humana ou nossas decisões cotidianas nos levaram por caminhos diferentes dos que trilhamos.

Em um desses supostos universos paralelos, nosso alter ego pode ter uma visão política diferente, podemos ter nos casado com aquela mulher ou com aquele homem que não nos quis ou que não quisemos.

O alter ego de um homofóbico pode ser homossexual.

O bilionário pode ser um mendigo.

O fanático religioso pode ser ateu.

Em que cada uma dessas decisões afetaria o universo? Em nada.

Em um universo paralelo a Terra pode nem mais existir, tendo sucumbido após ter sido atingida por um asteroide. A guerra nuclear que aqui nunca ocorreu, pode ter ocorrido lá e extinguido a espécie humana – e quem sabe, até, toda a vida no planeta.

São reflexões e hipóteses que podem nos levar a uma forma de enxergar a vida que nos faça abandonar certezas que, diante de nossa extrema ignorância sobre tudo, são mais do que ridículas.

Esta reflexão o fará concluir, leitor, que homens – esses micróbios cósmicos – que pretendem ser porta-vozes de um Ser Superior, por exemplo, não têm como responder nem a perguntas básicas sobre a origem do chão em que pisam.

Assim, talvez você, como eu, conclua que a única certeza da vida reside no fato de que não podemos ter certeza alguma.

Assista abaixo, pois, ao programa Universos Paralelos. Se acatar esta sugestão, talvez possa tirar o resto do dia para refletir sobre suas certezas. Tal reflexão mudaria a sua vida até seu último dia neste grão de poeira cósmica que chamamos de “Terra”.


Postado no Blog da Cidadania em 15/05/2013

Ana Teresa Diego um grão de poeira nas estrelas




Marco Weissheimer
No dia 5 de dezembro de 2011 a União Astronômica Internacional, organização responsável por dar nomes às estrelas do universo, batizou um asteroide com o nome de “Ana Teresa Diego”. A escolha atendeu a um pedido feito por professores da Universidade Nacional de La Plata para homenagear uma ex-estudante de Astronomia da instituição, sequestrada e morta aos 22 anos pelo esquema repressivo da ditadura argentina. Alguns meses depois, em 2012, foram identificados finalmente os restos de Ana Teresa Diego.
A jovem estudante de Astronomia foi sequestrada no dia 30 de setembro de 1976, na cidade de La Plata. Há relatos de testemunhas dando conta que ela foi vista em dois centros clandestinos de detenção da Província de Buenos Aires, Pozo de Arana e Brigada de Quilmes. Seus restos mortais foram exumados de uma fossa comum do Cemitério Municipal de Avellaneda.
Além de Ana, outras três pessoas desaparecidas durante a ditadura foram identificadas este ano na Argentina: Carlos López (28 anos, delegado sindical e trabalhador de um curtume), Josefina Elvira Thompson (31 anos) e Marta Edith Veiga (23 anos, estudante de Arquitetura).
O documentário acima, intitulado “Poeira nas estrelas” conta um pouco da vida de Ana, trazendo o testemunho de colegas, do passado e do presente, e de sua mãe. É mais um facho de luz lançado contra o esquecimento, matéria-prima da qual se nutrem ainda hoje os protagonistas, cúmplices e saudosos deste período sombrio da história da Argentina e de toda a América Latina. Feito sem grandes recursos técnicos, mas com muito compromisso com a verdade e a memória, o filme se dedica simplesmente a contar um pouco da vida dessa jovem estudante de Astronomia, sequestrada, torturada e assassinada por facínoras covardes.
Postado no blog RS Urgente em 29/06/2012
Imagem inserida por mim. Imagem captada pelo Hubble nunca antes vista de uma nuvem de poeira iluminada pela estrela V838 Mon que se tornou 600.000 vezes mais luminosa que o Sol durante várias semanas em 2002.

Astrônomos flagram quatro fins do mundo

Astrofísicos flagram quatro fins do mundo

Durante bilhões de anos, tudo o que havia era um tranquilo sistema planetário. [Imagem: Mark A. Garlick/University of Warwick]


Sol Vermelho

Astrônomos flagraram quatro estrelas anãs brancas destruindo seus próprios planetas.
O fenômeno pode ser um exemplo do que acontecerá com o próprio Sistema Solar.
Conforme estrelas como o nosso Sol se aproximam do final de suas vidas, elas se tornam gigantes vermelhas, expandindo-se para muito além de suas dimensões usuais.
Embora ainda não esteja claro se nosso futuro "Sol Vermelho" será capaz de engolir a Terra, é certo que isso acontecerá com Vênus e Mercúrio.
Pode ser que a Terra saia "ilesa", apenas com sua superfície totalmente tostada - sem vida e sem água, certamente.

Astrofísicos flagram quatro fins do mundo

Com o esgotamento do hidrogênio da estrela, ela tornou-se uma anã vermelha, engolindo seus  planetas mais próximos e provocando turbulências que podem ter levado outros a se entrechocarem. [Imagem: Mark A. Garlick/University of Warwick]


Restos do fim do mundo

Não foi o que aconteceu com as estrelas agora observadas por uma equipe da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
Eles identificaram quatro anãs brancas cercadas por poeira produzida por corpos planetários despedaçados.
O mais interessante é que essa poeira tem muitas semelhanças com a composição da Terra.
Os elementos mais abundantes na poeira em torno dessas quatro anãs brancas são oxigênio, magnésio, ferro e silício - quatro elementos que compõem cerca de 93% da Terra.
Uma observação ainda mais significativa é a de que este material também contém uma proporção extremamente baixa de carbono, muito semelhante à Terra e outros planetas rochosos que orbitam mais perto do nosso Sol.

Astrofísicos flagram quatro fins do mundo
Este é o quadro que os astrofísicos observaram agora, um autêntico resto do fim do mundo, com uma poeira com composição muito similar à da Terra. [Imagem: Mark A. Garlick/University of Warwick]





Fim de quatro mundos

Esta é a primeira vez que proporções tão baixas de carbono foram detectadas nas atmosferas de anãs brancas poluídas por detritos.
Isto é um indício muito claro de que essas estrelas tinham pelo menos um exoplaneta rochoso, destruído por elas próprias.
Ou seja, o que os astrofísicos encontraram são os restos do fim de pelo menos quatro mundos.

Bibliografia:

The chemical diversity of exo-terrestrial planetary debris around white dwarfs
B.T. Gaensicke, D. Koester, J. Farihi, J. Girven, S.G. Parsons, E. Breedt
arXiv
http://arxiv.org/abs/1205.0167


Postado no blog Inovação Tecnológica em 05/05/2012