A estética anda supervalorizada. Parece que a indústria da beleza está tomando todos os lugares, bombardeando as mídias com apelos e propagandas de tratamentos, procedimentos, clareamentos, alisamentos, enfim, tudo o que pode tornar a pessoa mais bela.
Cada vez mais, os valores se superficializam, tornam-se rasos, não porque cuidar de si mesmo seja ruim, mas porque tão somente se valoriza aquilo que se vê, o que se ostenta, o que se consome. É óbvio que cuidar da saúde é essencial, assim como exercícios físicos fazem bem, pois a autoestima influencia muito na qualidade de nossas vidas. Sentir-se bonito e querer ser mais bonito não faz mal algum, o problema é quando toda essa materialidade não se acompanha por afeto, por comportamentos desejáveis, por empatia.
E é também assim que as pessoas se afastam de aspectos da vida que são importantes para o convívio, para o exercício da tolerância, para o trato com o outro, para o olhar para o outro e para dentro de si. Porque, ao focar demasiadamente os objetivos na superfície, o lado de dentro se fragiliza. É como se negligenciássemos a nossa essência em todos os cuidados que ela deve – e merece – ter. É como se fôssemos ocos, vazios, sustentando rebocos prestes a ruir.
Não se trata de romantizar estilos não saudáveis de vida, mas sim de entender que tudo requer equilíbrio. Exageros e excessos fazem mal, sejam de que tipos forem. Preocupar-se demais ou de menos são igualmente nocivos, pois, quando se excede de um lado, um outro lado está sendo deixado sozinho. A gente está precisando prestar mais atenção nos sentimentos, para além das superfícies. Sorrisos colgate podem esconder tristeza sem fim. Músculos, sozinhos, não aguentam as barras da vida.
Porque é aqui de dentro que você conseguirá retirar os instrumentos necessários para se reerguer, para recomeçar, para ser alguém mais feliz e de bem com a vida. É aí dentro que tem sua porção mais bela. Tem gente que nem é bonita, mas, depois que conhecemos, fica linda. Tem gente que, quando abre a boca, perde toda a beleza que tem. O que importa vem de dentro. A beleza também.
A estética anda supervalorizada. Parece que a indústria da beleza está tomando todos os lugares, bombardeando as mídias com apelos e propagandas de tratamentos, procedimentos, clareamentos, alisamentos, enfim, tudo o que pode tornar a pessoa mais bela.
Cada vez mais, os valores se superficializam, tornam-se rasos, não porque cuidar de si mesmo seja ruim, mas porque tão somente se valoriza aquilo que se vê, o que se ostenta, o que se consome. É óbvio que cuidar da saúde é essencial, assim como exercícios físicos fazem bem, pois a autoestima influencia muito na qualidade de nossas vidas. Sentir-se bonito e querer ser mais bonito não faz mal algum, o problema é quando toda essa materialidade não se acompanha por afeto, por comportamentos desejáveis, por empatia.
E é também assim que as pessoas se afastam de aspectos da vida que são importantes para o convívio, para o exercício da tolerância, para o trato com o outro, para o olhar para o outro e para dentro de si. Porque, ao focar demasiadamente os objetivos na superfície, o lado de dentro se fragiliza. É como se negligenciássemos a nossa essência em todos os cuidados que ela deve – e merece – ter. É como se fôssemos ocos, vazios, sustentando rebocos prestes a ruir.
Não se trata de romantizar estilos não saudáveis de vida, mas sim de entender que tudo requer equilíbrio. Exageros e excessos fazem mal, sejam de que tipos forem. Preocupar-se demais ou de menos são igualmente nocivos, pois, quando se excede de um lado, um outro lado está sendo deixado sozinho. A gente está precisando prestar mais atenção nos sentimentos, para além das superfícies. Sorrisos colgate podem esconder tristeza sem fim. Músculos, sozinhos, não aguentam as barras da vida.
Porque é aqui de dentro que você conseguirá retirar os instrumentos necessários para se reerguer, para recomeçar, para ser alguém mais feliz e de bem com a vida. É aí dentro que tem sua porção mais bela. Tem gente que nem é bonita, mas, depois que conhecemos, fica linda. Tem gente que, quando abre a boca, perde toda a beleza que tem. O que importa vem de dentro. A beleza também.
Sabe aquela roupa que parecia linda na loja, mas não ficou muito boa em você, sem que você entendesse o porquê? Lembra daquele vestido rosa que ficou ótimo na vizinha, mas parece ter deixado a sua prima pálida? Isso tudo não é coisa da sua cabeça. As cores fazem toda a diferença na aparência de uma pessoa, e entender como elas se comportam em você pode transformar suas ideias na hora de criar looks ou de comprar novas peças.
Neste post, vamos explicar o que é coloração pessoal, no que ela se baseia e como ela pode ser uma ferramenta para a descoberta do próprio estilo, a fim de alcançá-lo com hábitos de consumo cada vez mais conscientes.
O que é coloração pessoal
A análise de coloração pessoal ou, ainda, colorimetria é um teste que, a partir de tecidos, avalia a temperatura e a saturação da pele para descobrir qual é o tom e o subtom e, dessa forma, encontrar a cartela de cores ideal para extrair o melhor dela.
Os primeiros estudos sobre colorimetria foram desenvolvidos na entrada do século XX e foram potencializados por volta de 1920, pela escola artística Bauhaus. Foi apenas nos anos 40, no entanto, que Suzanne Caygill, estilista americana e artista plástica, criou o método de análise de cor. Desde então, ela nunca mais parou de estudar o tema, estabelecendo-se como a grande pioneira no assunto.
Entre o final dos anos 80 e o início dos anos 90, o método foi aprimorado separadamente por Carole Jackson e Mary Spillane, consultoras de imagem e de estilo.
Primeiro, Carole simplificou as ideias que foram propostas por Suzanne, dividindo as possibilidades de resultados nas quatro estações: primavera, verão, outono e inverno. Poucos anos depois, Mary desdobrou as estações, dividindo-as em 12 categorias:
Verão Puro
Verão Suave
Verão Claro
Inverno Puro
Inverno Intenso
Inverno Profundo
Primavera Pura
Primavera Clara
Primavera Intensa
Outono Puro
Outono Suave
Outono Profundo
Foi nos últimos anos, no entanto, que a análise de coloração pessoal virou uma febre na internet, e as pessoas começaram a falar mais sobre o assunto nas redes sociais, compartilhando suas cartelas de cores. Mas, afinal, como descobrir a sua?
Como funciona um processo de análise de coloração pessoal?
A colorimetria se baseia em combinar as nossas cores (pele, veias, cabelos, pelos e olhos) com as de nossas possíveis roupas e acessórios, de modo a entender como alcançar mais harmonia e valorização no resultado final. Na análise dos nossos tons são estudados a temperatura (quentes ou frias), a profundidade (claras ou escuras), a intensidade (vívidas ou opacas) e o nível de contraste (baixo, médio ou alto).
As cartelas de cores são baseadas nessas características, porém elas têm graus de importância diferentes. Em algumas delas, o essencial a se levar em consideração é a temperatura, enquanto pode-se brincar mais com a profundidade — em outras, por sua vez, a intensidade é o mais importante e dá para balancear melhor o nível de contraste.
Quem faz o teste é um profissional da área de consultoria de imagem e de estilo que, com a ajuda de um espelho, de luz natural e de tecidos de diferentes cores, avalia o impacto do reflexo de cada cor no contorno do rosto, nas olheiras, no tom de pele e nas marcas de expressão. Sim, as cores têm o poder até de acentuar ou de aliviar a aparência das linhas do rosto.
O processo de análise de coloração pessoal deve ser conduzido por uma profissional de consultoria de imagem e de estilo
O teste precisa ser realizado na pessoa de cara lavada e com uma faixa no cabelo para isolar o rosto. Com o espelho de frente ao corpo, na altura do pescoço, a profissional utiliza os tecidos com diferentes cores e tons para observar de perto as mudanças que cada cor apresenta na pessoa, a fim de avaliar o que funciona ou não e chegar, ao final do processo, em uma das doze cartelas de cores já citadas como resultado.
Além disso, avalia-se o nível de contraste para saber se ela fica mais valorizada com looks que contrastam mais com sua pele ou que tenham tons mais próximos dela. A maioria das pessoas nem imagina que as cores de uma roupa podem fazer tanta diferença!
Por que fazer análise de coloração pessoal?
É comum que, em determinados momentos da vida, as pessoas esbarrem com algumas crises de estilo e parece que nenhuma roupa funciona. A colorimetria é o primeiro passo de uma consultoria de imagem e já faz muita diferença por entregar um caminho: se você tem uma paleta de cores para seguir e entende o que te valoriza fica mais fácil saber de onde partir.
Além disso, a cartela de cores pode ajudar muito na jornada em busca do consumo consciente. Quando já se sabe o que funciona, gasta-se menos dinheiro com roupas que ficarão encostadas no armário ou que serão descartadas rapidamente.
Consumo consciente também significa entender cada vez mais o seu gosto para evitar compras desnecessárias
Quais são as cartelas de cores e como usá-las?
Cada uma das doze categorias mais utilizadas no método atual possui a sua própria cartela de cores. Falaremos rapidamente sobre cada uma delas e as principais dicas, mas é importante frisar que ela deve ser usada como um guia, e não como uma obrigação.
Caso, após um processo de análise, você descobrir que sua cor favorita não te valoriza, saiba que é possível permanecer utilizando-a! Será preciso buscar essa harmonia, ou seja, tentar encontrar formas de continuar usando enquanto compensa com peças que harmonizam mais com você.
Em geral, para trabalhar essas compensações, indica-se utilizar peças da própria cartela próximas ao rosto (como blusas e cachecóis) e, se for utilizar outras cores, priorizar nos membros inferiores, como calças e sapatos. O ideal, também, é que a cor, mesmo que fuja da paleta, continue seguindo duas das características: temperatura e nível de contraste.
Verão Puro
Uma pessoa com essa cartela de cores possui a pele bem clara, com fundo rosado e bastante sensível, que se queima facilmente com a exposição ao sol. O nível de contraste formado entre pele, cor dos olhos e pelos é de médio para baixo.
As cores da cartela Verão Puro fazem parte da família das matizes frias, o que quer dizer que são mais azuladas. São também esmaecidas e suaves, com baixo contraste.
As cores da paleta Verão Puro são frias e suaves
Verão Suave
As pessoas com essa cartela de cores também possuem a pele bastante clara e com fundo rosado, incluindo negros menos retintos. A principal diferença em relação à categoria anterior está no nível de contraste, já que aqui preponderam as pessoas de alta contraposição.
Como o próprio nome sugere, a principal característica das cores desta cartela é a intensidade baixa. Elas são suaves, opacas e também pertencem à família das cores frias.
A paleta de cores Verão Suave traz cores frias e de baixa intensidade
Verão Claro
As pessoas com essa cartela também possuem pele clara e apresentam contrastes que variam entre baixo e médio.
As cores da paleta são, principalmente, claras e frias, mas, entre todas as cartelas de verão, essa é a que possui tons mais vibrantes, já que a intensidade está entre suas características principais.
A paleta de cores Verão Claro traz cores vibrantes, claras e de fundo frio
Inverno Puro
A principal característica das pessoas com essa cartela de cores é o alto ou altíssimo contraste. Combinações de pele branquíssima com cabelos e olhos bem escuros são dominantes, assim como negros de epiderme escura com subtons acinzentados, que fazem a pele brilhar quando exposta ao sol.
A principal característica da paleta de cores é a temperatura fria, que dita as regras. Ao contrário das cartelas de verão, no entanto, essa pede intensidade e cores mais escuras. Por trabalhar o alto contraste, também, essa é a primeira combinação de cores que inclui o preto e o branco.
A paleta de cores Inverno Puro traz cores frias, escuras e intensas
Inverno Intenso
As pessoas dessa paleta possuem contraste de médio para alto, mas também podem apresentar contraposição baixa escura, como é o caso dos negros que se encaixam nela. Em geral, o subtom das peles é amarelado.
Entre as cores da paleta, predominam as cores frias e vibrantes, e os tons claros são melhor aceitos do que na cartela anterior.
A paleta de cores Inverno Intenso traz cores frias e vibrantes, mas já aceita melhor a introdução de cores claras
Inverno Profundo
Entre as pessoas dessa cartela predominam, novamente, as de contraste alto ou baixo escuro. Os cabelos e olhos, em geral, são escuros e brilhantes, bem como a pele, que possui um glow natural.
As principais características das cores da paleta são a temperatura fria e os tons escuros. Elas também são, em geral, brilhantes, mas tons mais suaves e opacos são bem aceitos, já que a intensidade não é o mais importante da cartela.
A paleta de cores Inverno Profundo traz cores frias em tons escuros, aceitando mais a variação de intensidade
Primavera Pura
As pessoas dessa cartela possuem peles com subtom quente e cabelos que puxam para o ruivo e para o dourado, com contrastes de baixos a médios.
As cores dessa paleta são saturadas, de intensidade alta e de temperatura quente, com muita base em pigmentos amarelados. O preto e o branco não são indicados, por sobrecarregarem o visual.
A cartela Primavera Pura traz cores de temperatura quente e intensidade alta
Primavera Clara
As pessoas dessa cartela possuem pele clara com subtom quente, puxado para o dourado ou para o pêssego. Os contrastes são, em geral, baixos.
De todas as paletas de cores da primavera, é essa a que traz os tons mais claros e suaves, puxando para o pastel mas, ainda assim, com intensidade média — o que não os deixa nem extravagantes nem apagados demais.
A cartela Primavera Clara traz cores claras e suaves, com base em tons quentes
Primavera Intensa
As pessoas da cartela Primavera Intensa têm as cores mais contrastantes em relação às das outras cartelas da estação. Os níveis são de médio para alto ou baixo escuro, no caso dos negros, e os subtons de pele são dourados e intensos.
Com o próprio nome sugere, essa paleta traz cores que têm a intensidade como característica primária. A característica secundária é a temperatura quente. São bem aceitas, no entanto, tanto cores claras quanto escuras, desde que vibrantes e puxadas para o quente.
A cartela Primavera Intensa traz cores de intensidade alta e fundo quente
Outono Puro
As pessoas dessa cartela possuem contraste alto, com cabelos e olhos bem mais escuros que a cor da pele. O contraste médio escuro também é encontrado, em especial nos negros.
As cores da paleta são primordialmente quentes e, como segunda característica principal, opacas. Sua profundidade, no entanto, é média: não são claras nem escuras demais.
A paleta Outono Puro traz cores quentes, opacas e de profundidade média
Outono Suave
As pessoas dessa cartela possuem subtom de pele mais amarelado e opaco, com baixos níveis de contraste. Outra característica que costuma estar presente nos outonistas suaves são as sardas.
A principal característica das cores da paleta são as de tons quentes e, em segundo lugar, sua intensidade. Em relação à profundidade, assim como na categoria anterior, elas podem ser tanto escuras quanto claras.
A cartela Outono Suave é formada por tons quentes de intensidade baixa
Outono Profundo
As pessoas dessa paleta possuem contrastes altos, apresentando peles opacas e cabelos mais escuros, com subtons acobreados.
A paleta de cores é composta por tons calorosos e elegantes, de temperatura quente e profundidade mais escura. A intensidade é apenas a terceira característica, de forma que é possível se equilibrar tanto com tons opacos quanto com os mais vívidos, desde que as outras sejam respeitadas.
A cartela Outono Profundo possui cores quentes e escuras, enquanto a intensidade pode variar
De qualquer forma, no post colocamos apenas as características superficiais de cada cartela de cores. É impossível aferir o resultado de uma pessoa apenas lendo sobre o assunto, e é por isso que a colorimetria só pode ser realizada por um profissional capacitado, que entende de análise cromática e consegue apreender todas as nuances existentes em cada um.
Sabe aquela roupa que parecia linda na loja, mas não ficou muito boa em você, sem que você entendesse o porquê? Lembra daquele vestido rosa que ficou ótimo na vizinha, mas parece ter deixado a sua prima pálida? Isso tudo não é coisa da sua cabeça. As cores fazem toda a diferença na aparência de uma pessoa, e entender como elas se comportam em você pode transformar suas ideias na hora de criar looks ou de comprar novas peças.
Neste post, vamos explicar o que é coloração pessoal, no que ela se baseia e como ela pode ser uma ferramenta para a descoberta do próprio estilo, a fim de alcançá-lo com hábitos de consumo cada vez mais conscientes.
O que é coloração pessoal
A análise de coloração pessoal ou, ainda, colorimetria é um teste que, a partir de tecidos, avalia a temperatura e a saturação da pele para descobrir qual é o tom e o subtom e, dessa forma, encontrar a cartela de cores ideal para extrair o melhor dela.
Os primeiros estudos sobre colorimetria foram desenvolvidos na entrada do século XX e foram potencializados por volta de 1920, pela escola artística Bauhaus. Foi apenas nos anos 40, no entanto, que Suzanne Caygill, estilista americana e artista plástica, criou o método de análise de cor. Desde então, ela nunca mais parou de estudar o tema, estabelecendo-se como a grande pioneira no assunto.
No mundo feito somente de imagens, ninguém consegue se ver, nem enxergar o outro.
Dificuldades à parte, o que interessa e importa é mostrar, colocar as imagens, é aparecer sem crer e nem acreditar no que vê.
Olhar, olhar e ver o mais que puder, mesmo não conseguindo enxergar nada, mesmo que a imagem não combine com o "ser".
O que importa é ficar em destaque e conseguir que muitos vejam, independente do que veem, é fundamental mostrar porque no mundo das imagens ninguém precisa enxergar nada ou entender o que vai além da Imagem, o que vai além de ver ou de se ver.
Puro deleite das faces, mil faces, dos corpos, mil corpos, dos nudes, mil nudes, mas ninguém se olha ou se interessa de verdade pelo ser humano que vê.
Há uma proibição combinada, ninguém pode interessar-se de verdade pelo outro, isso é um perigo, um risco. O combinado é superficialidade; quanto mais superficial, menos riscos, isso é o que muitos acreditam. Neste mundo existem regras: É preciso combinar que não existirá nenhum aprofundamento, porque quase ninguém está disposto a lidar com o que é real, só com irrealidade, virtual e superficial; ninguém quer lidar com falhas, frustrações, com os "nãos", muito menos com sofrimento e decepção. A maioria se contenta com superficialidade e imagem.
Um mundo “light” para quem não quer lidar com frustrações, nem com sentimentos reais; passa para outro link, outra página, outra imagem, passa rápido sem nenhuma reflexão, sem nenhum sofrimento, passa rápido para outro rosto, com camuflagem, só é preciso impressão e distância segura para pessoas vazias.
Você pode até ser de mentira, porque aqui, meu bem, ninguém está interessado em ser de verdade e muito menos ver você como realmente é. Relaxe!
Vista sua melhor roupa, ou fantasia, fale o que todos querem ouvir, não precisa revelar-se, por aqui ninguém consegue acessar interiores, nem se preocupar de verdade com os sentimentos dos outros.
Foge daqui, foge de lá, não existe preocupação com verdadeiras intenções, tudo é fugidio neste mundo só de egos e vaidades.
Sem reflexão, sem tantos sentimentos, somente momentos, rostos, corpos quase perfeitos, e se não forem... não importa, importa apenas o que se mostra.
Miragem, falta de coragem, sem nenhuma sensibilidade, somente ilusões e sensações.
Vivemos cada vez mais distantes uns dos outros, barreiras, medos, limites estranhos, receios grandes dos embates da vida comum, por isso as pessoas criam tudo para nada fugir ao controle, como se fosse possível viver uma vida perfeita, relações ideias, corpos e rostos sem marcas. Como se fosse possível congelar nas telas dos aparelhos as marcas do tempo, a passagem do tempo, a vida real. E não é possível congelar tudo, fazer tudo e todos ficarem perfeitos?
Viver automatizado, congelado, impactado por uma multidão de gente, contato, hipnotizado, o tempo todo alguém, conversa sem nexo, vazio, nada importa, só o que brota na futilidade do sentido que vai e vem.
O tempo passa e muita coisa sem nexo, sem propósito e o coração vazio sem nada e sem ninguém.
Vive-se o engodo de si mesmo, do outro e do mundo, mas vai em frente porque o show não pode parar.
Não importa o que verdadeiramente você sente, por aqui é tudo artificialidade e falta de coragem, escolha o seu personagem e busque a melhor performance e vá em frente.
A principal razão pela qual não aceitamos o nosso corpo é a pressão social para que sejamos o que os outros querem ver. Dessa maneira, aprendemos a nos desvalorizar e até a nos maltratar por não nos encaixarmos nos parâmetros do olhar alheio.
Por que não aceitamos o nosso corpo? Um dos efeitos do culto a um tipo específico de beleza é que acabamos duvidando de nós mesmos e não aceitando o nosso próprio corpo. Se acreditarmos na perigosa ideia de que precisamos ser fisicamente perfeitos para sermos valorizados ou garantir o nosso valor, o resultado pode ser um dos sofrimentos mais inúteis da vida.
É verdade que, atualmente, existem muitas pessoas no mundo que valorizam os outros pelo seu físico. Também é verdade que uma pessoa bonita tem mais facilidades na vida: desde mais opções de conquista amorosa até melhores ofertas de emprego. Não poderia ser de outro modo em um mundo que deseja hipertrofiar os nossos olhos.
A decisão que cada um deve tomar envolve escolher entre duas opções: aceitar essa lógica passivamente ou estabelecer limites. Em termos de aparência física, todos nós temos um ou muitos defeitos. No entanto, o problema surge quando começamos a medir a importância desses defeitos com a visão da sociedade. Como regra, é nesse ponto que não aceitamos o nosso corpo.
“O belo é aquilo que é inteligível sem reflexão.”
– André Maurois –
Por que devemos ser perfeitos?
Na verdade, a pergunta do título está mal formulada. Não deveria ser “por que devemos ser perfeitos?”, mas “por que devemos ser perfeitamente iguais ao modelo de beleza que o mercado nos impõe?” Obviamente, cumprir esses requisitos traz vantagens, mas tentar alcançá-los pode nos causar muitos danos.
O mais comum deles é que não aceitamos o nosso corpo, precisamente porque o avaliamos a partir desse modelo de perfeição que nos foi imposto. Somos muito visuais, e o tempo todo nos enviam imagens de pessoas que representam esse ideal de beleza. Portanto, não é incomum olharmos no espelho e nos sentirmos decepcionados.
Esse ideal físico vem nos filtrando, provavelmente desde sempre, continuamente. É por isso que é tão difícil resistir a ele. Acabamos pensando que o “normal” é ser fisicamente perfeito e que, se não somos, temos um tipo de anormalidade. A realidade nos mostra exatamente o oposto.
Aceitamos ou não o nosso corpo?
Quando não aceitamos o nosso corpo, desenvolvemos o hábito de nos criticarmos, principalmente quando olhamos no espelho. Adquirimos o hábito de descobrir defeitos e avaliá-los, sendo muito críticos. Tenho um rosto muito redondo, orelhas “de abano”, pernas muito magras, um bumbum muito grande. Ou talvez seja o nariz… Quanto custa uma rinoplastia? Esse exercício de autoflagelação nos deixa frustrados.
Também podemos optar por perceber que temos um defeito (como todos) e então tentamos escondê-lo. Colocamos saltos altos para parecer mais altos ou compramos uma cinta para que os efeitos das dez sobremesas que comemos nessa semana não sejam vistos. E quando olhamos no espelho, omitimos o exame desses “pequenos problemas” que não podemos esconder de nós mesmos.
Muitas vezes, não aceitamos o nosso corpo precisamente porque não somos capazes de olhar profundamente para aquela imagem que o espelho nos mostra. No entanto, quanto mais tentamos ignorar ou ocultar um defeito físico, mais importância ele adquire em nossa mente. Aceitar a nós mesmos significa reconhecer o que é belo e também os nossos defeitos. É simples assim.
Por que não nos aceitamos fisicamente?
Não é fácil dar uma resposta para essa pergunta, mas poderíamos dizer que não aceitamos o nosso corpo porque criamos um olhar maldoso para nós mesmos. Em vez de nos olharmos com os nossos próprios olhos, o fazemos como se fôssemos juízes de um concurso. Existem muitos poderes interessados em que nos olhemos assim, e talvez não tenhamos percebido.
A indústria da beleza pré-formatada ganha milhões e milhões de dólares graças à guerra que mantemos com o espelho. Graças também a todos aqueles que nos olham com os olhos de um juiz de concurso de beleza e decidem desqualificar o que veem. Aqueles que nos julgam também têm os seus conflitos com o espelho e, para aliviar a sua autocrítica, decidem nos criticar.
O pior de tudo é que, às vezes, somos grosseiros com nós mesmos. Nos tratamos muito mal quando não aceitamos o nosso corpo; quando não aceitamos a nossa imperfeição, tão nossa, tão humana, tão digna de respeito porque ela nos pertence. E daí se você não se parece com o que os outros querem ver?
A principal razão pela qual não aceitamos o nosso corpo é a pressão social para que sejamos o que os outros querem ver. Dessa maneira, aprendemos a nos desvalorizar e até a nos maltratar por não nos encaixarmos nos parâmetros do olhar alheio.
Por que não aceitamos o nosso corpo? Um dos efeitos do culto a um tipo específico de beleza é que acabamos duvidando de nós mesmos e não aceitando o nosso próprio corpo. Se acreditarmos na perigosa ideia de que precisamos ser fisicamente perfeitos para sermos valorizados ou garantir o nosso valor, o resultado pode ser um dos sofrimentos mais inúteis da vida.
É verdade que, atualmente, existem muitas pessoas no mundo que valorizam os outros pelo seu físico. Também é verdade que uma pessoa bonita tem mais facilidades na vida: desde mais opções de conquista amorosa até melhores ofertas de emprego. Não poderia ser de outro modo em um mundo que deseja hipertrofiar os nossos olhos.
A decisão que cada um deve tomar envolve escolher entre duas opções: aceitar essa lógica passivamente ou estabelecer limites. Em termos de aparência física, todos nós temos um ou muitos defeitos. No entanto, o problema surge quando começamos a medir a importância desses defeitos com a visão da sociedade. Como regra, é nesse ponto que não aceitamos o nosso corpo.
“O belo é aquilo que é inteligível sem reflexão.”
– André Maurois –
Por que devemos ser perfeitos?
Na verdade, a pergunta do título está mal formulada. Não deveria ser “por que devemos ser perfeitos?”, mas “por que devemos ser perfeitamente iguais ao modelo de beleza que o mercado nos impõe?” Obviamente, cumprir esses requisitos traz vantagens, mas tentar alcançá-los pode nos causar muitos danos.
O mais comum deles é que não aceitamos o nosso corpo, precisamente porque o avaliamos a partir desse modelo de perfeição que nos foi imposto. Somos muito visuais, e o tempo todo nos enviam imagens de pessoas que representam esse ideal de beleza. Portanto, não é incomum olharmos no espelho e nos sentirmos decepcionados.
Esse ideal físico vem nos filtrando, provavelmente desde sempre, continuamente. É por isso que é tão difícil resistir a ele. Acabamos pensando que o “normal” é ser fisicamente perfeito e que, se não somos, temos um tipo de anormalidade. A realidade nos mostra exatamente o oposto.
Aceitamos ou não o nosso corpo?
Quando não aceitamos o nosso corpo, desenvolvemos o hábito de nos criticarmos, principalmente quando olhamos no espelho. Adquirimos o hábito de descobrir defeitos e avaliá-los, sendo muito críticos. Tenho um rosto muito redondo, orelhas “de abano”, pernas muito magras, um bumbum muito grande. Ou talvez seja o nariz… Quanto custa uma rinoplastia? Esse exercício de autoflagelação nos deixa frustrados.
Também podemos optar por perceber que temos um defeito (como todos) e então tentamos escondê-lo. Colocamos saltos altos para parecer mais altos ou compramos uma cinta para que os efeitos das dez sobremesas que comemos nessa semana não sejam vistos. E quando olhamos no espelho, omitimos o exame desses “pequenos problemas” que não podemos esconder de nós mesmos.
Muitas vezes, não aceitamos o nosso corpo precisamente porque não somos capazes de olhar profundamente para aquela imagem que o espelho nos mostra. No entanto, quanto mais tentamos ignorar ou ocultar um defeito físico, mais importância ele adquire em nossa mente. Aceitar a nós mesmos significa reconhecer o que é belo e também os nossos defeitos. É simples assim.
Por que não nos aceitamos fisicamente?
Não é fácil dar uma resposta para essa pergunta, mas poderíamos dizer que não aceitamos o nosso corpo porque criamos um olhar maldoso para nós mesmos. Em vez de nos olharmos com os nossos próprios olhos, o fazemos como se fôssemos juízes de um concurso. Existem muitos poderes interessados em que nos olhemos assim, e talvez não tenhamos percebido.
A indústria da beleza pré-formatada ganha milhões e milhões de dólares graças à guerra que mantemos com o espelho. Graças também a todos aqueles que nos olham com os olhos de um juiz de concurso de beleza e decidem desqualificar o que veem. Aqueles que nos julgam também têm os seus conflitos com o espelho e, para aliviar a sua autocrítica, decidem nos criticar.
O pior de tudo é que, às vezes, somos grosseiros com nós mesmos. Nos tratamos muito mal quando não aceitamos o nosso corpo; quando não aceitamos a nossa imperfeição, tão nossa, tão humana, tão digna de respeito porque ela nos pertence. E daí se você não se parece com o que os outros querem ver?
Tirou os anúncios de 2 famosas revistas femininas – veja o que sobrou
O assunto não é exatamente novidade, mas nem por isso é menos interessante. Produzido pelo YouTuber Oskar T.Brand, o vídeo ‘Fique Bonita : A Verdade Feia nas Revistas de Beleza’ começa mostrando a quantidade de anúncios em 2 revistas femininas – Elle e Cosmopolitan.
Removendo os anúncios e os artigos patrocinados, restaram apenas 62 de 426 páginas da Elle e 86 de 244 da Cosmopolitan.
“Na verdade elas não são revistas, são catálogos de produtos”, diz Oskar, que segue falando sobre como os temas abordados nessas publicações afetam a autoestima feminina.
“85% do conteúdo das revistas de beleza é dedicado a fazer com que você se sinta imperfeita e inadequada”, denuncia.
Ao mostrar a quantidade excessiva de manipulação que as imagens das revistas recebem, Oskar lembra que a rede de lojas H&M recentemente admitiu usar, em seus anúncios, imagens de corpos femininos gerados no computador, tamanha é a obsessão pela dita ‘perfeição’.
Outro problema apontado pelo vídeo é a falta de representatividade, já que em média as modelos têm 21 anos, pesam 25% menos e são 7cm mais altas do que a média.
Oskar vai além e diz que “essas revistas deveriam ser ilegais – elas são fundamentalmente anti-mulheres e anti-você”.
Radicalismos à parte, o fato é que o público está de olho no discurso da mídia e não está mais disposto a aceitar esse universo paralelo que muitas publicações ainda insistem em idolatrar.
A internet deu voz aos imbecis e palco aos que sempre sonhavam com a fama.
Diz “a lenda” que quanto maior a exposição, menor a autoestima; o que me leva a concluir que cada K de curtidas recebidas esteja substituindo um ano de terapia.
Não! Não está substituindo, está mascarando; afinal é bem menos doloroso se esconder dentro de um personagem ou de um avatar virtual que se cria a ter que enfrentar a libertadora realidade.
Feliz mesmo é quem consegue viver no anonimato em tempos nos quais parece coisa de outro mundo viajar e não fazer sequer um check in.
O mundo anda fútil, raso, descartável. Tudo é sujeito a filtro, photoshop e á tecla excluir.
Não gostou, apaga.
Apaga-se cada capítulo da vida como se fosse um mero erro de digitação.
Não sou desse tempo.
Sou do tempo do anonimato, das estrelas de TV e da revista, de fotos tiradas com filme Kodak, flash e sem possibilidade alguma de correção. Fotos estas que eram guardadas em um pequeno álbum cuja capa era de papelão e no qual havia páginas plásticas para que se guardassem as fotos que seriam mostradas aos amigos, à família ou um dia encontradas por quem fosse limpar a gaveta anos depois.
Sou do tempo no qual éramos ninguém e que “aparecer” era coisa da coluna social aos domingos na imprensa escrita.
Saudade do tempo no qual a insignificância e o amadorismo eram permitidos.
Saudade do tempo no qual bonita mesmo era Marilyn Monroe que nunca fez sequer um botox.
Saudade de quando essa vitrine virtual não existia e as pessoas eram obrigadas a viver no seu tempo, espaço e nas suas relações reais porque tinham a possibilidade de abrir a caixa de e-mails apenas uma vez por semana.
Saudade de quando Matrix era apenas um filme, visto que hoje existem seres humanos vivendo “várias vidas” e fazendo scripts e enredos que não existem para uma platéia hipnotizada.
Uma postagem com a receita de um xarope natural para seu filho recebe cinco visualizações enquanto os tutoriais sobre maquiagem e unhas decoradas ultrapassam os três dígitos em segundos.
Estou velha e esta minha rabugice é porque vivi em um mundo no qual não se inventava desculpas para os filhos porque se tinha horário no cabeleireiro e na academia.
No meu tempo apenas na adolescência a gente sonhava com a calça da Zoomp porque depois amadurecíamos, enfrentávamos a vida adulta e aprendíamos que as etiquetas devem ficar do lado de dentro das roupas. Hoje somos cabides, vitrines, mancebos nos quais se penduram as roupas, bolsas e sapatos.
No meu tempo as mulheres de quarenta, cinqüenta e sessenta anos tinham rugas e coisas para contar, hoje elas disputam com menininhas de dez anos qual o melhor selfie e não conseguem sequer cozinhar sem que exibam os pratos.
Perdeu-se o fluxo natural e sagrado do desabrochar, florescer e amadurecer…
Não temos mais sequer para quem rezar. Até a fé se tornou modismo; uma hora apegada ao “refinamento intelectual” budista, noutrora na vibe pop cristã envolta no arquétipo do padre bonitão.
As mães não sentem sequer o cheiro das lancheiras de seus filhos, pois, preferem acompanhá-los pelo aplicativo “câmera escondida” talvez esperando alguma absolvição por suas ausentes presenças.
Às vezes sinto medo, noutras vezes tristeza, e ainda em outras sinto saudade, mas acima de tudo sinto inveja de quando eu também era liberta dos quase quinze Ks que curtem os meus pitacos sobre tudo isso.
Com o evento da internet que aproximou as pessoas de uma forma global, as redes sociais tornaram-se veículos da exposição pessoal e do culto às aparências, onde a intimidade, em muitas situações, é revelada de forma caótica ao expor uma realidade carente de valores.
Numa interação onde quase tudo é possível, o fantasioso e o ilusório avançam conquistando mentes e esvaziando um conteúdo resultante de conhecimentos adquiridos a respeito de si mesmo, do outrem e do mundo à sua volta.
Essa lacuna elaborativa sobre a experiência vivencial - ou existencial - a partir do eu, cede lugar ao ego desprovido da capacidade de reflexão sobre as lições e possíveis aprendizados que a vida costuma oferecer a todos nós.
Nesta lógica, o narcisismo encontra terreno fértil e progride ao eleger a aparência ou a idolatria do corpo como "top model" da vitrine vital, que esconde em seus bastidores, um eu fragilizado, carente de valores que promovem o self, a essência.
Absolutamente nada contra a vaidade, que quando controlada num patamar consciente, faz bem à autoestima, portanto, à saúde física, mental, sexual e espiritual.
O problema está na hipervalorização de si mesmo inserido no contexto vital repleto de situações reveladoras de fragilidades e limitações aptas a emergir à luz da consciência, mas que permanecem nas sombras da inconsciência pela sutil ação do mecanismo de autoboicote.
Quando privilegiamos as aparências, embora nossas "dores" continuem a incomodar internamente, é porque estamos desfocados de nós mesmos, à espera de que a ilusão nos conforte e alivie a sensação de sofrimento.
Desconhecemos que a ilusão e o sofrimento são energias psíquicas codependentes e inseparáveis. E quando estamos desfocados dos significados da vida, a dimensão da matéria nos envolve e nos consome, pois encontramo-nos desconectados da essência, ou seja, do simples, belo e verdadeiro que visualizamos ao trilhar o caminho do autoconhecimento.
Neste sentido, após as sessões regressivas de memória, tenho observado como certas pessoas ficam atônitas com as revelações sobre si mesmas. Muitas custam a elaborar que foram atrizes ou atores no palco da vida, isto é, que representaram no culto às aparências e desperdiçaram um tempo precioso por não terem assumido um eu mais verdadeiro, ligado à essência.
O culto às aparências é um exemplo do vazio de valores que pode tornar-se a vida, quando o que mais importa são as disputas que ocorrem nos bastidores da sociedade, que aponta quem é o mais rico, bonito ou charmoso. Situação que promove a alienação a um alto grau de risco para quem se dedica aos jogos da futilidade e da ilusão.
Na busca de valores que cultuam as aparências ou disseminam a competitividade "no quem tem mais" ou "é o mais bem vestido e poderoso da festa", perdemos valioso tempo e fechamos os olhos para o despertar de nossas consciências na procura da felicidade possível.
Portanto, buscar a verdade a partir de si mesmo, é a orientação que flui naturalmente no alvorecer do milênio em curso.
Basta, para isso, observarmos o confuso cenário nacional e internacional, onde a violência implícita e explícita chegou a um patamar alto. Realidade que vem despertando consciências no sentido do ser humano tornar-se um agente de mudanças num mundo em constante transformação.
"O Mito da Caverna", uma metáfora criada por Platão, é parte constituinte do livro VI de "A República" (obra em que o filósofo nos leva a refletir acerca dos princípios éticos, políticos, estéticos e jurídicos que seriam os pilares de uma sociedade ideal). A dicotomia realidade/aparência é o que veremos no texto "O Mito da Caverna e o Conhecimento que Liberta", de Tônia Amanda Paz dos Santos.
O senso comum é uma das formas de conhecimento primário do ser humano. Através de nossas experiências e tradições, buscamos elementos que expliquem a realidade. No entanto, é desejável que esta etapa seja superada, isto é, devemos desejar realizar a passagem gradativa do senso comum para um conhecimento mais racional, organizado e sistematizado, capaz de fornecer respostas cada vez mais elaboradas para os problemas cada vez mais complexos de nossa existência.
Quando nos acomodamos com as respostas prontas oferecidas pelo senso comum, alimentamos a nossa ignorância e acabamos correndo o risco de sermos facilmente iludidos e de nos tornar vítimas daqueles que detém o conhecimento e o utilizam como forma de submeter o outro.
É o que acontece com as ideologias, que tem o poder de nos fazer aceitar mesmo falsas verdades que vão ao encontro (contra) aos nossos próprios interesses.
Por outro lado, quando temos a coragem de sair da zona de conforto, representada pela caverna, com todas as suas sombras, isto é, com todas as percepções que fazemos da realidade, podemos nos sentir perplexos diante da constatação de nossa própria ignorância.
Por isso, a busca pelo conhecimento é, antes de tudo, uma atitude corajosa, afinal, quantos já não foram julgados e condenados por se negarem a sair de sua própria caverna?
Portanto, o desenvolvimento do pensamento crítico permite que adquiramos maior autonomia sobre decisões e atitudes tão necessárias em nossa interação com o mundo em que vivemos, ou seja, tornar-nos seres capazes de pensar por si próprios e não meros expectadores da vida.