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Veja, no vídeo abaixo, todos os senadores que votaram contra os trabalhadores e a favor da reforma trabalhista






Veja, no vídeo abaixo, todos os deputados federais que votaram
a favor de Michel Temer





Ora Deus, ora Lúcifer . . .




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Rosa Maria Feijó*

O ser humano é mesmo surpreendente, visto que é capaz de atos grandiosos como, também, de atos vis, provando sua dualidade, ora absorvendo Deus, ora absorvendo Lúcifer. 

Neste dia 11 de Julho de 2017, no Senado do Brasil, assistimos a hora e a vez do “ anjo caído ” levando 50 homens e mulheres a escutarem seu chamado tão inebriante, mas ilusório e de alto custo moral e espiritual. 

A Consolidação das Leis do Trabalho foi assinada em 1º de Maio de 1943, foi um dia, histórico, de festa, em contrapartida a este 11 de Julho de 2017, que será um dia, histórico, de pesar e tristeza pela perda de direitos trabalhistas que custaram lutas, suor, lágrimas e sangue durante os séculos XIX, XX e XXI, bastando um ano de Golpe de Estado para destruir direitos conquistados e aprimorados por quase dois séculos. 

É difícil precisar quanto tempo será necessário de sofrimentos, lutas, mais suor e mais lágrimas para revertermos este retrocesso, sendo rápido ou demorado na medida das escolhas daqueles que nos representam através do voto. 

Assim como esteve nas mãos de milhões a escolha dos " 50 " deste 11 de Julho de 2017, estará em nossas mãos, sem dúvida, um futuro melhor e mais justo.


* Editora deste Blog. 


PEC 55: Veja quem são os senadores que votaram contra os pobres, a favor dos ricos



senado pec 55 votação


Da Redação


Por 61 a 14, o Senado aprovou nessa terça-feira (29/11), em primeiro turno, a PEC 55.

“É a continuação do golpe”, como denunciou da tribuna o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Uma vergonha!”

Golpe de classe contra a população mais pobre, a educação e a saúde públicas, a favor do capital financeiro.

Na fotomontagem acima, estão nove dos senadores que votaram contra o povo: Marta Suplicy (PMDB-SP), Cristovam Buarque (PPS-DF), Ana Amélia (PP-RS), Álvaro Dias (PV-PR), José Agripino (DEM-RN), Fernando Coelho (PSB-PE) e os tucanos Aécio Neves (MG), Aloysio Nunes (SP) e Antonio Anastasia (MG).


Veja a lista completa de votação.



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Enquanto a polícia combatia manifestantes contra a PEC 55, do teto dos gastos, em frente ao Congresso Nacional na noite desta terça-feira 29, os parlamentares participavam de um coquetel do lado de dentro, ignorando a violência e a repressão; a foto do retrato do Brasil viralizou nas redes sociais.







Postado em Viomundo em 30/11/2016



Marcia Tiburi : o cinismo do golpe







O cinismo do golpe — Sobre máscaras e outras performances políticas





Por Marcia Tiburi, na Revista Cult


Podemos nos perguntar em que momento começou o golpe atual. O golpe tem base neoliberal e transita como uma “tecnologia econômica” na forma de um “rodízio” pelos países democraticamente fragilizados a partir de razões de mercado que agregam corporações e Estados internacionais e os grupos que continuam tratando o Brasil como colônia desde dentro. 

O processo de impeachment faz parte do golpe atual, que faz parte de uma sucessão, um “continuum” de golpes dados no Brasil ao longo da história.

O golpe de Dilma Rousseff é o terceiro grande golpe e tem motivos comuns com os golpes de Getúlio Vargas e de João Goulart, que entraram para a história como heróis. Dilma sobe ao mesmo panteão. E, como eles, estava do lado do povo.

Não há base jurídica para o impeachment da presidenta, mas as nefastas condições políticas são evidentes. Os donos do poder querem a parte que julgam sua. 

O povo, subestimado nesse processo, manipulado e aviltado, sabe que está sendo enganado ainda que a extensão da catástrofe social não seja de todos conhecida. O povo sabe que o golpe é contra ele mesmo, contra o próprio povo ainda que as televisões e jornais tradicionais queiram mostrar diferente e anestesiem a população para que ela fique dócil.

A máscara cínica

O golpe foi bem orquestrado, mas como toda mentira deixou falhas. No entanto, o golpe não é uma mentira qualquer. Na gradação da desonestidade, a mentira tende a ser mais direta e menos perversa do que as mentiras revestidas de cinismo como este golpe.

Sabemos que o melhor modo de mentir é sendo cínico. O mentiroso que mente para si mesmo não perde a compostura, tende a ganhar na força da expressão, mesmo quando a expressão é bizarra. Basta que ele se mantenha como está e finja não ouvir argumentos contrários.

O cinismo sempre foi uma tática de poder, tanto do poderzinho diário do qual fazem uso as pessoas comuns, quanto dos grandes poderes que implicam a ordem política no Brasil e no mundo. 

O cinismo é uma força bruta, uma força venenosa, que tem o poder de cancelar o pensamento e a ação do outro. Somos enredados no cinismo sem chance de escapar dele porque não sabemos o que fazer com quem mente descaradamente.

Ontem, uma cena muito curiosa foi protagonizada pela advogada Janaína Paschoal, que se tornou uma espécie de personagem emblemática do golpe ao apresentar-se chorando e rindo na hora de sua fala. O que essa encenação, em que afetos manipulados estão em jogo, vem nos dizer?

Assim como seu choro poderia expressar emoção, vergonha, medo, pena, o que seu riso vem nos dizer? O que a presença desses dois modos de aparecer ao mesmo tempo sinalizam para nós que a ouvimos? Por que chorar e sorrir ao mesmo tempo? Não podemos avaliar a pessoa em sua natureza ou essência, mas podemos tentar entender a função e o efeito da sua performance política em um momento tão crucial.

O sorriso da advogada na forma de um esgar, algo realmente muito curioso, levou muitas pessoas nas redes sociais a levantarem a semelhança com o sorriso do curinga tal como aparece em uma das versões do filme de Batman protagonizado pelo falecido ator Heath Ledger. Sabemos que esse personagem não ria naturalmente, mas ria para esconder seu ressentimento que ele tinha transformado em brutalidade e violência, arrogância e maldade.

Na performance da advogada, emoções altamente manipuladas revelam o que está em jogo no momento do golpe atual. O golpe é tão descarado que procura uma máscara. A advogada mostrou, tanto na face, com seu estranho riso, quanto na fala, o que está em questão. Ao dizer que entende como advogados internacionais chamam o que está acontecendo de “golpe”, ela conseguiu desmascarar-se. Ao lançar mão dos netos da presidenta, o que poderia ser apenas o jogo sujo do golpe apresentou-se em sua má retórica e falta de argumentos. 

Ao falar de Deus, tentou transformar o cinismo em recurso deixando notória a falta de respeito para com quem tem fé. Má fé no lugar da boa fé de uma população de mais de 50 milhões de votos que ainda acredita na democracia.

Muitas vezes, as mulheres são eleitas como musas, prática patriarcal comum, e Janaína Paschoal poderia ter se tornado a musa do golpe, mas ela acabou com a mascarada que os demais algozes, políticos, juristas, advogados, sustentam com todas as suas forças. Eles seguirão cínicos, mas o povo sabe que o são. O que o povo fará com isso? Essa pergunta tem o poder de mudar nosso destino.

A presidenta, duas vezes eleita, julgada uma vez na ditadura e julgada novamente sem ter cometido nenhum crime, ao contrário de seus algozes, manteve a compostura durante todo o tempo. 

Dilma Rousseff é, nesse momento, o emblema da democracia, incansável, justa, ciente, pronta para a luta infindável que a constitui.



marcia_tiburi    Marcia Tiburi - Escritora e Filósofa



Postado em O Cafezinho em 01/09/2016



Advogada do Golpe sorri como o vilão Coringa do filme Batman ...
 









Mais uma vez a Democracia Brasileira é golpeada !



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Dilma � derrubada pelo senado DCM Online



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61 Senadores Golpistas contra a Democracia e

 54 milhões de votos 








Bastidores da farsa


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A luta de Dilma, ontem e hoje, pelo Brasil, a democracia e o povo






Editorial - site O Vermelho em 25/08/2016

Começou nesta quinta-feira (25), no Senado, o julgamento do processo de impeachment contra a presidenta constitucional e sem crime de responsabilidade, Dilma Rousseff. Os patrocinadores do golpe judicial, político e midiático estão apressados e querem concluí-lo no próximo dia 31.

O julgamento de Dilma Rousseff esconde o objetivo verdadeiro do golpe posto em marcha pelos conservadores e a direita: colocar um ponto final no projeto democrático, nacional e desenvolvimentista inaugurado com a posse de Luís Inácio Lula da Silva na presidência da República em 2003, mantido depois de 2010 por Dilma Rousseff.

O alvo do golpe é destruir a democracia, os direitos do o povo e a soberania do Brasil. Há um indisfarçável desejo de desfigurar a Constituição de 1988 e eliminar direitos sociais, políticos e econômicos nela consagrados. E voltar à situação anterior à 1985, que prevaleceu durante a ditadura militar, para que o governo vigente e os vindouros submetam-se apenas aos interesses dos muito ricos da população e reservem os recursos públicos para o pagamento de juros para os especuladores e o grande capital rentista.

Ao mesmo tempo o governo ilegítimo de Michel Temer põe em marcha a submissão ao capital estrangeiro e ao imperialismo, ilustrada na intenção de destruir o Mercosul e os Brics e submeter a diplomacia brasileira aos interesses das grandes potências, sobretudo dos EUA. A entrega das riquezas nacionais – sobretudo o pré-sal e a Petrobrás – para petroleiras estrangeiras é outro objetivo dos golpistas.

É um novo capítulo da luta que sempre ocorreu no Brasil, desde a Independência mas sobretudo na República, entre os liberais (hoje chamados neoliberais), defensores da ampla liberdade para a ação do capital para favorecer os ricos, contra aqueles que, como José Bonifácio, Floriano Peixoto, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Lula e Dilma, lutaram pelo uso da força do Estado e do governo para legislar sobre a ação do capital, desenvolver o Brasil, melhorar a vida do povo e defender a soberania nacional. Neste sentido, o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff hoje iniciado no Senado é também o mais recente capítulo desse embate em defesa da nação soberana, do desenvolvimento e do bem estar dos brasileiros.

A novidade histórica deste julgamento é a coragem e o denodo da presidenta Dilma Rousseff, que não se dobra a nenhuma pressão e luta com determinação contra a violência do golpe que visa a amputar seu mandato para o qual foi eleita por 54 milhões de votos populares.

A presidenta tem coragem semelhante à de Getúlio Vargas que há 62 anos sacrificou a própria vida para denunciar os mesmos golpistas de hoje. Dilma vai além e, sendo afirmativa e lutadora, se coloca à frente da resistência democrática e popular contra a direita, os conservadores, contra a ação mentirosa e fraudulenta a que dão o nome de impeachment que tentam em vão disfarçar de legalidade.

Não é a primeira vez que Dilma se sacrifica na defesa da nação, da democracia e dos interesses populares. Ela era jovem quando enfrentou, faz quase 40 anos, a ditadura militar e seus torturadores.

Agora enfrenta outra vez as forças conservadoras e direitistas apegadas a um suposto combate à corrupção. As forças retrógradas são as mesmas, o combate é o mesmo, a combatente é a mesma – a luta pelo desenvolvimento e pela democracia e soberania nacional, cuja defesa se cristaliza, quatro décadas mais tarde, numa mesma pessoa – a hoje presidenta constitucional Dilma Rousseff.




Dilma no Senado : um filme de Frank Capra


reprodução


O paralelo entre Dilma e o filme de Capra é surpreendente. Espero mesmo que ela o assista e se inspire com essa obra-prima.


André Calixtre

Aproxima-se a semana decisiva do golpe. A democracia está no colo de 81 senadores e senadoras que, transformados em tribunal do impeachment sob presidência do análogo Supremo Federal, julgarão a acusação sem fundamento jurídico de crime de responsabilidade, introduzindo, mais uma vez, o perigoso voto de desconfiança parlamentarista em pleno regime presidencialista. Jogarão na vala não somente os 54 milhões de votos que reelegeram a primeira mulher presidenta do Brasil, mas todos os trinta anos de árduo processo histórico de redemocratização e construção de um Estado de Bem-Estar Social voltado para reduzir o inferno que as elites produzem no cotidiano dos trabalhadores, dos pobres, dos pretos, das mulheres e das minorias. No centro do conflito, uma mulher honesta vai enfrentar de cabeça e corpo erguidos a trupe de senadores que, muitos ao traí-la, já copulavam com os esquemas voltados para a retirada de um presidente eleito para executar um plano de governo indefensável nas urnas. No subterrâneo das negociações parlamentares, passam rios de interesses, e suas correntezas permanecerão escondidas aos olhos do cidadão comum.

Tudo se parece com um filme de Frank Capra, de 1939, chamado “Mr Smith goes to Washington”, cuja tradução brasileira é o inusitado título “A mulher faz o homem”. O título brasileiro não cai bem à proposta principal do filme, mas casa perfeito com o momento atual no Brasil. Capra é conhecido por suas obras primas de otimismo e crença na vitória da bondade dos homens livres, e nesse filme discute um valor fundamental à formação dos Estados Unidos: o Caráter intrínseco da democracia e sua capacidade de resistir, com o valor dos homens comuns, à república corrupta e à tirania dos poderosos. Capra é o principal mago da ideologia liberal americana no cinema, e mostra com maestria, no filme, a batalha de Jefferson Smith, chefe de escoteiros de um pequeno estado norte-americano, indicado pelo Governador ao Senado para substituir um senador que havia morrido. O Governador queria nomear um fantoche, mas, por um motivo absolutamente prosaico, após uma conversa de jantar com os filhos que conheciam os feitos de Smith, e sob pressão do partido para não nomear um político inexpressivo, resolve dar uma chance ao escoteiro. 

Em Washington, Smith reencontra o amigo conterrâneo de longa data de seu pai, o antigo Senador Joe Paine, e percebe que sua indicação nada passou de um reforço a um esquema corrupto para a construção de uma barragem no parque nacional em que atua o grupo de escoteiros. O esquema era financiado pelo empresário Jim Taylor, que mantinha no bolso parte expressiva do senado, o governador de seu estado, e inclusive o amigo Paine. Ao se recusar participar da infâmia, Smith é retaliado com toda a força disponível pelo empresário Taylor, que usa o Sen. Paine para acusar Smith de corrupção e promove um bloqueio midiático na região eleitoral do senador para impedir qualquer visão distinta dos fatos. Paralelamente, conclui-se processo sumário de cassação do mandato de Smith, liderado pelo próprio Sen. Paine, restando apenas a aprovação do pleno.

Impedido de defender-se, e traído pelo maior amigo de seu pai, Sen. Smith é aconselhado pela assessora legislativa Clarisse Saunders (a mulher que faz o homem), apaixonados, a defender-se diretamente na tribuna do Senado, pelo tempo que for necessário. A reação imediata do Senado foi chamar uma obstrução de quorum, a qual Clarisse consegue reverter obrigando o Vice-presidente da República, que nos Estados Unidos preside o Senado, a convocar todos os senadores para ouvir a defesa de Smith. Embasado em um dispositivo regimental que permite a fala de um senador a tribuna por tempo indeterminado, Smith profere um discurso de mais de 24 horas de duração, retardando sua cassação enquanto seus pequenos aliados escoteiros tentam romper o bloqueio da opinião pública promovido pelo poderoso Taylor. No entanto, as mobilizações fracassam e, após um dia e meio de discurso ininterrupto, Smith, exausto de sua defesa, desmaia em plenário, encerrando sua fala regimental. O crime teria sido perfeito, não fosse o colapso mental que a atitude de Smith provocou no velho Sen. Paine que, ao ver o desmaio do amigo, tentou suicídio na antessala da câmara alta e, não conseguindo, confessou para todos os parlamentares, bestializados, os verdadeiros esquemas que o empresário Taylor mantinha na casa, inocentando Smith e salvando a democracia da corrupção dos homens. 

No Brasil, o golpe aproxima-se do impeachment a cada passo novo dado, todos que nele tocam se contaminam radioativamente. A cena idílica de uma luta do bem contra o mal se traduz na disposição da presidenta de enfrentar as hienas cara a cara. Pena que não vivemos um filme de Capra, mas quisera eu sonhar com uma virada epopeica em que, envergonhados dos reais interesses que os moviam, senadores antes leais a Dilma arrependessem de suas traquinagens com a democracia e restabelecessem a ordem e a lei dos cidadãos comuns. Porém, a confluência de uma legislatura moribunda - cujos parâmetros de poder modificaram-se radicalmente com a proibição do financiamento empresarial de campanha, porém seus mandatos permanecerão intactos até 2018 - com a agenda perdida de um punhado de Jim Taylor permitiu um golpe institucional para apear do poder o controle do povo sobre o destino da nação que dificilmente será revertido. 

O paralelo entre Dilma e o filme de Capra é surpreendente. Espero mesmo que essa mensagem possa chegar à presidenta e, nas suas noites de preparação para o dia 29, tenha um tempo para assistir e se inspirar com essa obra-prima, se é que ela já não o tenha feito. Dois detalhes, no entanto, divergem profundamente a situação atual da película: Dilma não foi traída por quem a indicou ao posto máximo da nação; e, no filme, o Vice-Presidente, ao presidir o Senado, exerceu um papel fundamental ao assegurar o direito de tribuna do Sen Smith e assessorar gentilmente o processo de emergência da verdade pelo mecanismo infalível da democracia, e não derrubá-la a golpes de marretas e porretes, buscando exercer um poder que, legitimamente, nunca lhe pertenceria. 


PS: quem quiser assistir ao filme, está em cartaz no Netflix. Agradeço à cinéfila e companheira Daniela Freddo pela maravilhosa indicação.



Postado em Carta Maior em 23/08/2016



Uma Poesia e o Golpe







Roteiro



Parar. Parar não paro.

Esquecer. Esquecer não esqueço. 

Se caráter custa caro 

pago o preço. 


Pago embora seja raro.

Mas homem não tem avesso 

e o peso da pedra eu comparo 

à força do arremesso. 


Um rio, só se for claro.

Correr, sim, mas sem tropeço. 

Mas se tropeçar não paro 

- não paro nem mereço. 


E que ninguém me dê amparo

nem me pergunte se padeço.

Não sou nem serei avaro 

- se caráter custa caro 

pago o preço. 



Autor : Sidonio Muralha (Lisboa, 28 de julho de 1920 - Curitiba, 8 de dezembro de 1982), escritor português, viveu na África e depois no Brasil em exílio voluntário fugindo da Ditadura de Salazar. 



Para entendermos o contexto da poesia Roteiro é necessário um breve relato da História de Portugal.

Antonio Salazar assumiu o poder, em 1932, como chefe de governo (Primeiro Ministro), implantando a ditadura salazarista. Seu governo durou até o ano de 1968.

Impôs uma nova carta constitucional com traços explicitamente inspirados nos ditames do fascismo italiano. O novo documento estabeleceu a censura dos meios de comunicação, a proibição dos movimentos grevistas e a criação de um sistema político unipartidário. A partir de então, se instalava uma das mais duradouras ditaduras criadas na Europa.

Somente com a morte de Salazar, acontecida em 1970, um movimento revolucionário de caráter liberal tomou conta do cenário português. Em 1974, o movimento de transformação política atingiu seu auge com a deflagração da chamada Revolução dos Cravos. Somente após esse episódio, Portugal conseguiu dar fim a um dos mais trágicos momentos de sua história.

Por Rainer Sousa
Mestre em História



Nota

A poesia acima é a preferida do Senador Roberto Requião (PMDB-PR), que é contra o Golpe de Estado (travestido de Impeachment) e a favor da Democracia e do respeito aos votos que elegeram a Presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014.

Agora são 23 horas e 40 minutos deste dia 9 de Agosto. A sessão no Senado continua, desde às 9 horas da manhã.

A maioria dos Senadores são Golpistas e com seus "discursos" estão tentando convencer a si próprios que não estão promovendo um Golpe e que a Presidenta cometeu crimes, portanto deve ser retirada do cargo para o qual foi eleita por mais de 54 milhões de brasileiros.

O Senador Roberto Requião, em seu lúcido e claro discurso, leu a poesia Roteiro. 

Creio que ele quis mostrar como age um homem de caráter em contraposição àqueles que não têm caráter algum, e que estão no Congresso Brasileiro em benefício próprio e a serviço do Capital, ignorando, completamente, o Povo Brasileiro.







Senador Roberto Requião : Com a água suja da lava-jato jogam fora a soberania nacional e os direitos trabalhistas







~

Castro Alves estaria defendendo hoje como ontem a Liberdade !







O poema Navio Negreiro, escrito em 1868, faz parte do livro “Os escravos”, de Castro Alves

Recitado pela primeira vez pelo autor, então com 21 anos, no Teatro São José, em São Paulo, tornando-se uma importante peça na campanha abolicionista que começava a ganhar corpo em todo o país. 

A última parte da poema fala da nossa Bandeira e a infâmia da Escravidão e da falta da Liberdade. 

Poderíamos transportar seus magníficos versos para descrevermos os dias 17 de Abril e 12 de Maio de 2016, quando senhores e senhoras do Congresso Brasileiro usaram nossa Bandeira, para justificarem, também, algo infame, o Golpe em nossa Democracia e em nossa Liberdade.






E existe um povo que a bandeira empresta

P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia! ...

E deixa-a transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria! ...

Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,

Que impudente na gávea tripudia?! ...

Silêncio! ... Musa! chora, chora tanto

Que o pavilhão se lave no teu pranto ...


Auriverde pendão de minha terra,

Que a brisa do Brasil beija e balança,

Estandarte que a luz do sol encerra,

E as promessas divinas da esperança ...

Tu, que da liberdade após a guerra,

Foste hasteado dos heróis na lança,

Antes te houvessem roto na batalha,

Que servires a um povo de mortalha! ...


Fatalidade atroz que a mente esmaga!

Extingue nesta hora o brigue imundo

O trilho que Colombo abriu na vaga,

Como um íris no pélago profundo! ...

 Mas é infâmia de mais ... Da etérea plaga

Levantai-vos, heróis do Novo Mundo ...

Andrada! arranca este pendão dos ares!

Colombo! fecha a porta de teus mares!




Retrato do poeta e abolicionista brasileiro Castro Alves (1847-1871)

Arquivo ABL

Castro Alves é considerado um dos maiores poetas brasileiros.

Seus poemas estão entre os mais lidos no país. 

Grande parte deles se caracteriza pelo espírito humanista e pelo ideal de liberdade. 

Por sua luta abolicionista, tornou-se conhecido como “Poeta dos Escravos” e “Poeta da Abolição”.




" Falar em herança maldita é falta de vergonha na cara "


:


Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) dispara contra a tentativa do PMDB de criar o discurso da "herança maldita", lembrando que foi o parlamento, comandado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que sabotou o governo Dilma, lançou pautas-bomba e impediu medidas de ajuste, como a volta da CPMF, ou seja, foi criada pelo próprio PMDB. "Fizeram tudo para inviabilizar o governo da presidenta Dilma. Agora, que querem aumentar o déficit orçamentário, uma das causas alegadas para o impeachment, dizem que têm uma herança maldita. Tenham vergonha na cara, isso é falta de caráter. Herança maldita são vocês, golpistas !", discursou nesta sexta-feira 20 no Senado; assista.



247 – A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) rebateu nesta sexta-feira 20, em discurso no plenário do Senado, a tese de que o PMDB recebeu uma "herança maldita" ao assumir o governo da presidente afastada Dilma Rousseff. "Falar em herança maldita é falta de vergonha na cara", bradou a senadora, que lembrou que foi o próprio PMDB quem contribuiu para a atual situação.


"Fizeram tudo para inviabilizar o governo da presidenta Dilma. Pautas-bombas, atraso na votação de medidas enviadas ao Congresso, articulação na mídia. Agora, que querem aumentar o déficit orçamentário, uma das causas alegadas para o impeachment, dizem que têm uma herança maldita. Tenham vergonha na cara, isso é falta de caráter. Herança maldita são vocês, golpistas!", afirmou Gleisi.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convocou uma sessão conjunta da Câmara e do Senado para a próxima terça-feira 24 a fim de votar projeto que propõe a alteração da meta fiscal. O presidente interino, Michel Temer, pretende fazer um pronunciamento a fim de "contar" à população sobre a real situação que teria recebido o governo das mãos de Dilma.

Com o discurso da "herança maldita", na avaliação de Gleisi, Michel Temer "tenta justificar que ele não vai dar conta do recado ou que não vai conseguir implementar aquilo que ele prometeu e que os golpistas que o apoiaram prometeram quando fizeram o impeachment da presidenta". Assista seu discurso:








Vídeos de alguns Senadores que lutaram pela Democracia na madrugada de 12 de Maio e imagens do povo apoiando a Presidente Dilma em sua saída após o Golpe de Estado





Povo em frente ao Palácio do Planalto, apoiando a Presidenta Dilma em sua saída após o Golpe de Estado, às 11 horas da manhã de 12/05/2016 



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Foto: Lula Marques/Agência PT


















Vídeo: Ciro chama Temer de 'conspirador fdp'


Michel Temer e Eduardo Cunha





A pergunta do Senador Lindbergh ao relator Anastasia:

"V. Exª quer cassar a presidenta por algo que o senhor fez como governador?" 






É para estes dois políticos corruptos

 que irão entregar 

a Presidência e a Vice-Presidência do Brasil












PSDB é o partido da oposição ao Brasil







Só rindo : a marcha dos patetas em Caracas ! Gastando o dinheiro público com palhaçadas !