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A morte de Paulo Henrique Amorim não é obra do acaso



morte Paulo Henrique Amorim


Paulo Henrique Amorim era o jornalista mais processado deste período digital. A ampla maioria das ações era movida por criminosos que não aceitavam ouvir o que ele falava. PHA estava sendo perseguido de maneira violenta.

Redação Pragmatismo

Três jornalistas que comentaram a morte de Paulo Henrique Amorim nesta quarta-feira (10) convergem em um ponto: a morte do editor do ‘Conversa Afiada’ não é obra do acaso.


“Combatendo com vigor na escuridão, seu coração não resistiu ao último golpe, o da Record”, escreveu a amiga e renomada jornalista Tereza Cruvinel, referindo-se ao afastamento de PHA de seu programa na TV Record após pressão do governo Bolsonaro.

“Paulo Henrique Amorim parte num momento péssimo. E provavelmente vítima dele e dos canalhas que o perseguiam. Ele foi o jornalista mais processado deste período digital. Na maioria das vezes por criminosos que não aceitavam que aquele baixinho carioca berrasse em alto e bom som o que lhes era merecido ouvir”, publicou Renato Rovai, editor da Revista Fórum e amigo pessoal de Paulo Henrique.


“Eu, aqui do meu canto, acho que Paulo foi ‘morrido’ por essa gente. Porque estava sendo perseguido de maneira violenta e recentemente, por pressão do governo, foi afastado da apresentação do Domingo Espetacular, da TV Record”, acrescentou Rovai.

Morte estudada

Para o jornalista gaúcho Moisés Mendes, a morte de Paulo Henrique Amorim precisa ser objeto de estudo. “Com suas circunstâncias, o contexto político e todos os seus significados, a morte de PHA deveria ser estudada já a partir de hoje à tarde nas escolas de jornalismo. Amorim foi morto pelo assassinato das grandes redações.”

“Hoje, as grandes redações são esvaziadas de qualquer possibilidade de resistência, porque são cada vez mais orientadas para serem cúmplices do poder. Amorim foi apenas um dos mais recentes expulsos do trabalho numa grande corporação […] Seu afastamento da TV Record ganhou manchetes porque ele era uma figura conhecida. Mas as redações passam por limpezas que a maioria não fica sabendo”, complementou Moisés.

O texto integral de Tereza Cruvinel sobre a morte de PHA pode ser lido abaixo. Os textos de Renato Rovai e Moisés Mendes podem ser lidos aqui e aqui.

por Tereza Cruvinel, em seu Facebook

“Obrigado, querida, disso entendemos nós dois: sobreviver”. Foi o que me disse Paulo Henrique Amorim no dia 24, em resposta à minha mensagem expressando solidariedade. Ele acabava de ser afastado do Domingo Espetacular pela TV Record, por pressão do governo intolerante, autocrático e autoritário de Bolsonaro.

Eu havia dito, na mensagem, que ele era um pilar da resistência e vítima do disfarçado e não comentado expurgo de jornalistas que vem acontecendo no país, afastando da mídia os combativos, os que não se vergam. “Eles passarão, nós passarinhos, ainda vamos gorjear”, eu disse ainda ele.

Paulo Henrique entendia mesmo de sobreviver. Eu, nem tanto. Combatendo com vigor na escuridão, seu coração não resistiu ao último golpe, o da Record. Não viveu para um dia gorjear , quando a luz finalmente voltar a iluminar o país com justiça, liberdade e democracia de verdade.

Falando e escrevendo, no estilo cortante que lhe era próprio e único, combateu o engodo, a mentira, a tempestade do ódio, o obscurantismo e o servilismo que tomou conta de boa parte da imprensa. Escandindo as palavras quando falava, ou construindo frases como quem amola a faca, PHA estava o tempo todo na trincheira.

Já fui tirada abruptamente por ato de força, quando o governo Temer interveio na EBC, logo depois do golpe do impeachment. Eu já não era presidente mas comentarista política e apresentadora na TV Brasil. O interventor Laerte Rímoli baniu imediatamente da rede pública uma penca de jornalistas.

Além de mim, Luiz Nassif, Paulo Moreira Leite, Emir Sader, Sidney Resende e outros mais. Havíamos feito uma cobertura intensa e pluralista da guerra contra Dilma, mostrando as duas faces do processo em curso. De repente, ficamos sem chão e sem voz. Imagine o que foi para PHA o golpe da Record, ele que há 14 anos apresentava o Domingo Espetacular.

Depois da covardia da Record, que cedeu à pressão dos que pediam a cabeça de PHA, ele continuou resistindo e combatendo no site Conversa Afiada e na TV Afiada. Ontem à noite ainda o li seu comentário sobre o áudio divulgado por The Intercept, em que o procurador Dallagnol festeja a liminar do ministro Fux impedindo Lula de dar entrevista antes do segundo turno da eleição.

“Hipócrita celebra a decisão de Fux que calou a imprensa “, escreveu ele, chamando agora Dallagnol de Dallainho. Já com data de hoje, outro texto falava da liberação de R$ 2,4 bi em emendas, pelo governo, para juntar votos a favor da reforma da Previdência. Paulo Henrique deve tê-lo escrito de madrugada, antes do infarto. Seu último dardo flamejante.

Caiu um pilar da resistência. Paulo Henrique não sobreviveu fisicamente, mas viverá no exemplo que deixou: como jornalista: não se calou nunca, não se vergou, não se vendeu, não se rendeu, não lambeu botas para preservar posições. Vai, PHA, você fez muito, travou o bom combate e se foi com dignidade.






Abaixo veja o último vídeo gravado por Paulo Henrique Amorim em 08/07/2019












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Tsunami da Educação : Veja a agenda de manifestações



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Via Rede Brasil Atual:


Estudantes e professores vão cruzar os braços e ir às ruas nesta quarta-feira (15), em todo o Brasil, no Dia Nacional de Greve na Educação contra o corte de verbas nas universidades e institutos federais. Secundaristas, universitários, pós-graduandos, professores e trabalhadores da Educação estarão juntos na mobilização nacional. Segundo a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, a expectativa é de que a sociedade apoie e participe dos atos.
"Temos expectativa muito positiva porque a gente acha que Bolsonaro precisa entender que não é simples ignorar o clamor das ruas”, diz. "Ele vai provar o gosto da pressão popular nessa quarta-feira", acrescentou ela.
Em São Paulo, a manifestação será realizada no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, a partir das 14h. Todas as entidades estudantis estarão presentes. Já no Rio de Janeiro, os manifestantes realizarão uma caminhada no centro da capital, da Candelária até a Central, a partir das 15h.
O setor da educação universitária vai parar no Brasil inteiro. Até agora já são mais de 70 universidades que confirmaram a adesão à greve e aos atos que ocorrerão em todas as capitais. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, o corte de recursos da área "colocou lenha na fogueira" e ajudou a ampliar a adesão. "Somente juntos vamos fortalecer essa luta pelo direito social e humano a uma educação pública e de qualidade da creche à pós graduação", disse.

Confira a agenda completa de mobilizações:

Como acabaram com o Supremo Tribunal Federal e o Estado de Direito no Brasil


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Clã Bolsonaro tem um projeto: semear o terror para colher um Estado de Exceção






Mauro Lopes


O clã Bolsonaro está colocando em marcha seu projeto, à luz do dia, aos olhos do país. Eles, Jair, o chefe do clã, secundado por Eduardo, Flávio e Carlos têm um plano. Eles querem encerrar a experiência democrática no país e instalar um regime de acordo com sua maneira de ser e pensar as relações e o mundo -o fascismo. A simplicidade é espantosa e, ao mesmo tempo, um trunfo. Com a cumplicidade e complacência das elites, suas mídias, seus think tanks e a participação ativa do Judiciário e de expressivos segmentos do Legislativo, o plano está em marcha. Trata-se de semear o terror para obter, de uma sociedade em pânico, das instituições em frangalhos e das mídias embasbacadas, aprovação para um estado de exceção. 

Como isso será feito? Há duas operações em curso no momento.

1. A primeira é a transferência da embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém ou de um escritório de negócios oficial brasileiro na cidade. É uma decisão gravíssima. Desde 1947 a ONU determinou que Jerusalém fosse uma cidade com regime internacional, sem controle exclusivo de judeus, árabes ou cristãos. Jerusalém é de todos e não é de ninguém. A Cidade Sagrada do judaísmo, do cristianismo e do islamismo deveria ser um símbolo da convivência e da paz no mundo. Quase 3,5 bilhões de indivíduos, mais de metade da população global, seguem uma religião que tem locais sagrados nesta cidade. 

Em 1980, o governo de Israel investiu contra este projeto de paz e o Knesset (parlamento) aprovou uma lei declarando que uma "Jerusalém unificada e indivisível" seria a capital de Israel, sede do Knesset e onde outros países estabeleceriam suas embaixadas. No próprio ano de 1980, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada com catorze votos e abstenção dos EUA, declarou que a Lei de Jerusalém era nula e não deveria ser reconhecida. De fato, assim o foi. Nenhum país instalou sua embaixada na cidade.

O lobby judaico obteve do Congresso dos EUA uma decisão favorável à mudança da embaixada em 1995, mas a lei virou letra morta, pois os presidentes americanos postegaram a implementação da decisão. Donald Trump rompeu com o consenso e decidiu instalar a embaixada dos EUA na cidade, numa afronta ao Direito Internacional, aos muçulmanos e cristãos, numa atitude de provocação ao mundo árabe. Isolado, o presidente americano conseguiu que apenas Guatemala e Paraguai acompanhassem a decisão.

Desde a campanha o clã Bolsonaro vem anunciando que iria romper com a histórica posição do Brasil no Oriente Médio como um protagonista que sempre buscou soluções de paz e iria seguir a decisão de Trump, se vencesse as eleições. Uma vez vitoriosos os bolsonaros. houve quem imaginasse que a retórica eleitoral seria arquivada e o bom senso prevaleceria. Qual nada. Jair Bolsonaro avisou: o projeto segue em frente. Nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro confirmou a decisão na terça-feira (27), depois de um encontro com Jared Kushner, genro e conselheiro de Trump. Nesta quarta (28), foi a vez de Fávio Bolsonaro, eleito para o Senado pelo Rio de Janeiro. "É uma questão que está decidida", afirmou ele a jornalistas. Finalmente, nesta quinta (29) Bolsonaro pai afirmou que o tema esteve na agenda de seu encontro com o conselheiro de Segurança Nacional, John "senhor da guerra" Bolton.

A mudança da embaixada para Jerusalém está sendo vendida pelo clã Bolsonaro à opinião pública como uma questão ideológica, o que é uma estultície, porque não há um tema vinculado a visões ou concepções de mundo na questão; o Itamaraty manteve uma posição consistente em relação a Israel e à Palestina desde a década de 1940, tanto em governos conservadores como liberais ou de esquerda e assim foi até na ditadura militar. Além disso, o confronto aberto com os povos e países árabes em decorrência de uma eventual mudança compromete a economia brasileira. Os países árabes são grandes compradores de frango e carne bovina do Brasil. Em 2017, o superávit da na relação comercial com o mundo árabe foi de US$ 7,1 bilhões, mais de 10% do superávit total do Brasil (US$ 67 bilhões); enquanto isso, na relação com Israel o Brasil teve déficit de US$ 419 milhões. Ou seja, não há qualquer vantagem para a economia brasileira na inversão das relações do país no Oriente Médio. 

Então, qual a razão da insistência dos Bolsonaro, para além do alinhamento automático com Trump? Há uma lógica calculada e calculista: a mudança de posição do Brasil, se concretizada a transferência da embaixada, irá removê-lo da condição de pacificador e interlocutor privilegiado em toda a região, com árabes e israelenses, e lançará o país no centro do conflito, tornando-o um agente do odiado imperialismo norte-americano no mundo árabe. De promotor da paz a patrocinador do conflito. Este é o desejo dos Bolsonaro, este é o lugar onde querem que o Brasil esteja. Por um motivo simples: com o reposicionamento do país estará aberta a estrada para o discurso do "Brasil alvo do terrorismo". Os muçulmanos, que já são hostilizados pela extrema-direita brasileira, mas não são o principal alvo de seu ódio, serão elevados à condição de "inimigos da pátria".

O novo governo começará a caçar "terroristas" por todo o canto, com uma formidável caixa de repercussão: as empresas jornalísticas conservadoras, de direita e extrema direita, e a constelação de polos irradiadores de ódio nas redes sociais. Rapidamente, a sensação de insegurança irá se espalhar. O que faltará para o clamor por um Estado de Exceção? Um atentado. Mas isto é algo que, como demonstra a história brasileira, a direita pode conseguir com um estalar de dedos. Uma bomba em São Paulo ou no Rio será suficiente. Nem será preciso matar ou ferir alguém. Bastará a explosão. Há precedente. Em 1981, dois militares ligados aos porões da ditadura foram os protagonistas desastrados do frustrado ataque a bomba no Rio Centro, onde milhares de jovens reuniam-se num show, em 30 de abril, comemorativo do Dia do Trabalhador. O sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo capitão Wilson Dias Machado só não plantaram a bomba no local do espetáculo porque ela explodiu no colo do sargento, matando-o, e ferindo gravemente o capitão. O plano era executar o atentado e culpar a esquerda. Mesmo diante do fiasco, o Exército criou a farsa de um inquérito que foi arquivado e o caso só foi reaberto 18 anos depois. Apenas em 2012 vieram à luz documentos comprovando toda a trama dos serviços de informação do regime militar. Um dos autores do atentado, o capitão Wilson Machado, continuou sua carreira militar sem qualquer percalço, até ser reformado como coronel. Tanto ele como o sargento morto pertenciam ao DOI do I Exército, da máquina de repressão, tortura e morte da ditadura. É com esses segmentos militares que Bolsonaro guarda históricas ligações. Seu herói, Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores da história brasileira, pertencia ao DOI-CODI. O roteiro, portanto, não é difícil de ser entendido. 

Há um caminho para a disseminação do terror rascunhado a partir da mudança da embaixada para Jerusalém. O recuo para a mudança em etapas, com a abertura de um escritório de negócios do Brasil na Cidade Sagrada não muda o essencial do roteiro.

2. De maneira simultânea à ofensiva dos últimos dias para garantir a mudança da embaixada, o terceiro filho de Bolsonaro, o vereador carioca Carlos Bolsonaro, o grande líder da ação do clã nas redes sociais, soltou na noite de quarta (28) uma bomba em forma de twitter, afirmando que seu pai pode ser morto por quem está "muito perto" (leia aqui). A notícia de que o filho de um filho do presidente eleito e integrante de seu núcleo duro denunciou uma conspiração para matar o pai no interior de seu agrupamento de poder seria manchete de enorme repercussão em qualquer país do mundo. Mas a mídia conservadora olhou para o outro lado, fingiu não ter visto e apenas o 247, secundado pela mídia progressista, deu a merecida repercussão ao caso. No meio do dia, Bolsonaro falou sobre o caso. Poderia ficado quieto, poderia ter apaziguado, poderia ter dito que o filho se precipitara -poderia ter adotado diferentes posturas para esvaziar o assunto. O que fez Bolsonaro? Jogou ainda mais gasolina no fogo. "Minha morte interessa a muita gente" declarou o presidente eleito (aqui).

A versão de um "cerco" e de "ameaças à vida" de Bolsonaro está crescendo. Em 1 de novembro, o general Augusto Heleno, futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, anunciou que "a inteligência" teria descoberto planos para um suposto atentado "terrorista" (palavra usada por Heleno, leia aqui). No mundo político a história foi recebida com desdém e sorrisos de ironia, mas agora sabe-se que ela era parte de uma narrativa que está sendo construída e que caberá como uma luva na justificação para o o endurecimento do novo regime.

A história está sendo montada e ganhou novo impulso com o twitter de Carlos Bolsonaro.

"Inimigos externos", os "terroristas do Islã" e "inimigos internos", as "forças ocultas que desejam ver Bolsonaro morto" são as sementes do clima de terror que estão sendo lançadas à terra. A colheita pretendida é óbvia: o Estado de Exceção. É bom ficar de olhos e ouvidos abertos.



Postado em Brasil 247 em 29/11/2018








O nazifascismo se alastra e poderá ser legitimado pelo voto, infelizmente . . .






Alexandre Frota eleitor deputado federal

Quem criou Jair Bolsonaro?

Bolsonaro Presidente



Casta da Justiça é acima e fora da Lei !


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Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim

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Brasil acorda mais próximo de uma ditadura militar



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Infelizmente ...








O povo sabe . . .



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O suicídio do Reitor e a Operação Lava Jato












A morte do reitor e o estado policial



 Luís Nassif






A tragédia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que levou ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo é ilustrativa desses tempos tormentosos que o país atravessa, com o punitivismo entrando em todas as áreas e abrindo espaço para os tipos mais doentios e desequilibrados.


Os jornais cobriram a tragédia burocraticamente, tratando o volume de recursos fiscalizados – R$ 80 milhões dos cursos de educação à distância – como se fosse a corrupção final. E estabelecendo relações de causa e efeito com o suicídio, não permitindo o direito da dúvida ao reitor, mesmo depois de morto. Afinal, os que recebem a pecha de corrupto não tem direito nem à morte digna.

No entanto, é um episódio exemplar, de como o punitivismo criou uma nova legião, os agentes de controle, os templários da nova ordem, pessoas cuja métrica de avaliação é o rigor sem limites, não distinguindo pequenos delitos de grandes crimes, não entendendo outra forma de punição que não a da destruição total do inimigo.

Os órgãos de fiscalização e de repressão assumiram tal influência que passaram a se imiscuir em vários setores da vida do país, trazendo consigo altas doses de intolerância e de pensamento policialesco e abrindo espaço para personalidades desequilibradas, a verdadeira banalização do mal praticando a crueldade com a segurança de quem tem o Estado atrás de si.

Nos últimos tempos, começou a se disseminar a figura do corregedor da Universidade federal. Ali, plantou-se o ovo da serpente, do poder externo se sobrepondo ao da comunidade.

Em geral, as universidades padecem de problemas sérios de gestão. Muitas vezes pesquisadores competentes são transformados em chefes de departamento, sem nenhuma experiência nem paciência para lidar com problemas administrativos. Criadas para permitir buscar outras fontes de recurso, muitas vezes as fundações não têm a devida transparência na prestação de contas. Por outro lado, há um enorme cipoal burocrático que torna mais difícil ainda a gestão nas universidades e transforma o mero exercício contábil de prestação de contas em um inferno sem fim.

Em vez de aprimoramento nas formas de controle e de induzir as universidades a buscar gestores profissionais, decidiu-se pelo caminho burocrático, de criar uma corregedoria, figura esdrúxula, cujo titular responde administrativamente à reitoria e funcionalmente à CGU (Controladoria Geral da República). Trocaram a gestão pelo espírito policial. Some-se o punitivismo de juízes emulando Sérgios Moros, procuradores imitando a Lava Jato e delegados da PF sendo delegados da PF, e se terá a síntese da tragédia atual e das que ainda estão por ocorrer.

O corregedor policial

A figura central da tragédia da UFSC é o corregedor Rodolfo Hickel do Prado.

Foi Hinckel quem solicitou o afastamento do reitor, que encaminhou as denúncias à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal e, segundo rumores que correm por lá, instruiu uma professora a gravar uma conversa com o reitor.

Figura estranha à Universidade, Hinckel assumiu o cargo no ano passado, indicado pela reitora que saía. Imediatamente tratou de se transformar em um poder autônomo, colocando-se acima da reitoria e das demais instâncias administrativas, um comportamento que refletia, no microcosmo da Universidade, o clima persecutório que tomou conta do país, e o poder apropriado pelos cabeças-de-porta-de-cadeia ganhando um status até então inimaginável.

Alguns conflitos com o Centro Acadêmico do Centro Tecnológico da Universidade deixaram claro esse comportamento de Hinckel.

Houve dois episódios iniciais envolvendo estudantes.

Um, mais grave, foi de uma aluna que falsificou provas. Abriu-se um processo administrativo, que é julgado pelo colegiado do curso. A aluna foi suspensa por oito meses,

O segundo incidente foi uma cola, uma molecagem de um estudante, já reprovado, que copiou parcialmente o trabalho de um colega. O caso também foi apreciado pelo colegiado e o aluno punido com 30 dias de suspensão.

O Centro Acadêmico reagiu, julgando a segunda punição por demais severa e entrou com recurso e o caso foi para o Conselho da Unidade, espécie de 2a instância. Houve um parecer mantendo a punição.

A reação do corregedor foi típica de um perfil psicológico já estudado: se não punir exemplarmente o aluno, hoje é a cola, amanhã estará roubando e traficando.

No dia 16 de outubro, o CA da Produção publicou nota do Facebook onde dizia não concordar com o parecer. Na nota, denúncias de alunas sobre assédio sexual em uma das aulas do departamento.

Quatro dias depois, os alunos receberam ofício do Chefe de Departamento solicitando que fossem apresentados nomes. Os alunos suspeitaram que havia intenção de abafar o escândalo. Como estava em fim de ano letivo, as alunas não queriam deflagrar nada antes de encerrado o período.

Nesse ínterim, continuava em andamento o primeiro caso, da aluna que falsificou as notas. No dia 1o de novembro estava agendada reunião com a aluna e o advogado, para acontecer na sala da professora presidente da Comissão, no Centro Tecnológico.

O local foi alterado a pedido do corregedor.

Terminada a reunião, o corregedor chegou até os alunos do CA e começou a ameaça-los explicitamente. Dizia que estavam espalhando calúnias contra os professores. Exigia nomes. Os alunos explicaram que as colegas estavam esperando terminar o semestre para avançar com as denúncias.

Na 6a feira, a presidente do CA recebeu SMS intimando-a a se apresentar na corregedoria. Presentes na sala, apenas ela e o corregedor. Foi pressionada de todos os modos para entregar nomes. A moça permaneceu firme na postura de só entregar após encerramento do ano letivo.

Na semana seguinte, começou o terremoto. Mais de 100 alunas passaram a receber intimações, no meio das aulas, para que se apresentassem na corregedoria. Algumas das intimações interromperam aulas com provas de cálculo, o terror dos politécnicos.

O critério adotado pelo corregedor foram os cliques na nota do Facebook. Todas as alunas que “curtiram” a nota foram intimadas e submetidas a métodos policialescos. Para uma das primeiras convocadas, Hinckel informou haver denúncia de cola em sala de aula. A ameaça desestabilizou-a por inteiro. Ai o corregedor explicou que era brincadeira.

No total, foram intimados mais de 200 alunos, obrigando o CA a contratar um advogado para entrar na história. Criou-se um clima de terror amplo, com o entorno dos alunos entrando em pânico com as amaças.

O advogado abriu denúncia no Comitê de Ética da Universidade, para fugir do cerco do corregedor. Era nítido para os alunos que sua intenção era abafar o caso e transformar os alunos em réus. No auge do terror, os alunos procuraram o reitor Cancellier. O reitor recebeu-os prontamente, ligou para o corregedor, que foi até à sala.

- Olha, Rodolfo, você não tem poder coercitivo. Se alguém não atender a essa chamada, você não terá nada a fazer.

O corregedor sentiu-se desautorizado. Depois, circularam pela Universidades queixas de diversas pessoas sobre os problemas criados recorrentemente pelo corregedor, que atropelava procedimentos e não seguia os ritos da Universidade.

Certa vez, por conta própria Hickel chegou a afastar um professor de suas atividades. O chefe de gabinete da reitoria precisou retificar a medida, que havia sido publicada no Diário Oficial.

Essa sucessão de episódios ampliou o fosso entre o corregedor e a reitoria.

Pouco depois, foi apresentada a denúncia ao MPF e à Polícia Federal. Ali, começava a ser montada a tragédia.

A delegada Erika Marena, personagem do filme sobre a Lava Jato, fez o pedido de prisão preventiva e, no momento em que ocorreu, toda a imprensa de Florianópolis já estava a postos. Como sempre ocorre nesses casos, o MPF foi a reboque. Sem acesso aos autos, o procurador da República André Bertuol endossou burocraticamente o pedido. E a juíza Janaína Cassol Machado aquiesceu com a gana de carnívoros famintos.

Como não havia celas na PF, os prisioneiros foram submetidos a um amplo ritual de humilhação. Despidos, colocados em uniformes de presidiários, algemados e transportados para o presídio estadual. Até hoje, em Florianópolis, apenas dois tipos de personagem tiveram tratamento similar: traficantes e um empresário que respondia a mais de 60 processos. O empresário conseguiu responder aos processos em liberdade.

Em todo caso, a delegada Erika, o procurador Bertuol, a juíza Janaína, o próprio corregedor Rodolfo são personagens menores. O grande personagem é o espírito punitivista desses tempos de cólera, e uma imprensa sensacionalista, totalmente dissociada de princípios civilizatórios básicos, que acabou conferindo a mentes perturbadas o poder inaudito de assassinar reputações.

A morte física do reitor foi apenas um acidente de percurso. E os protagonistas, não mais que de repente, perderam a atração pelos holofotes.


Postado em Portal Luis Nassif em 03/10/2017







Ex-senador Nelson Wedekin: "Pior do que a desonra é a dor de quem não a merece"



Um dos discursos mais aplaudidos, muitas vezes de pé, pela comunidade universitária, familiares e amigos do reitor Luiz Carlos Cancellier, durante a solenidade fúnebre do Conselho Universitário da UFSC, foi proferido pelo ex-senador e advogado Nelson Wedekin.

Começou falando das "mãos visíveis e invisíveis que empurraram o reitor das alturas para a morte", destacou suas virtudes humanas e qualidades pessoais, acadêmicas e políticas e posicionou-se de forma crítica contra as arbitrariedades de sua prisão violenta e injusta.

Veja a íntegra do pronunciamento. Merece profunda reflexão de todos, especialmente, dos responsáveis diretos por esta dolorosa tragédia:

" Luiz Carlos Cancellier de Olivo, o Cao, está morto.
Nas estatísticas oficiais a morte de Cao será contada como suicídio.
Mas ninguém se iluda. Mãos visíveis algumas, que podem ser identificadas sem que seja necessário levar ninguém à prisão, e mãos invisíveis, muitas mãos invisíveis, o empurraram das alturas, de modo que os seus ossos se quebrassem, o sangue jorrasse na hemorragia incontrolável, e a vida se extinguisse rapidamente no choque terrível. Instantes depois do baque surdo, o coração cheio de bondade, de tolerância, de respeito ao próximo, parou de bater.
Que mãos eram essas? Mãos de quem talvez saiba o que é vingança, mas sabe pouco do que seja justiça. Mãos de quem só têm a si mesmo como honestos e virtuosos, senhores do bem e do mal, da reputação de quem mal conhecem e que não têm curiosidade de conhecer. Mãos de quem, tendo o poder de prender, ignoram a gravidade do delito suposto, e para quem tanto faz ter o cidadão ficha limpa ou antecedentes criminais. Mãos de quem, sendo ciosos da imagem de suas respectivas instituições, desprezam, entretanto, a imagem das demais, como deuses de um alcorão, uma bíblia fundamentalista.
Mãos de quem, tendo o poder de prender sem flagrante, e de começar uma investigação pela coerção, constrangimento e prisão dos suspeitos, não chegam a perceber que o método rústico revela a incapacidade de cumprir seus deveres e obrigações com inteligência, método e moderação.
Mãos de quem, ciosos de seu poder e autoridade, ao invés de exercê-los com critério, partindo do pressuposto inalienável de que o cidadão pode ser culpado, pode ter só parte de culpa, ou nenhuma culpa, pensando que seu juízo e sua intuição são infalíveis, só têm olhos para as evidências que confirmem as suas suspeitas.
Mãos de quem, ainda ontem frequentavam os bancos da faculdade, mas para quem a presunção da inocência - pináculo do estado de Direito, pilar da democracia, conquista da civilização - é um inútil ornamento da lei.
Mãos de quem não abrigam em seus corações nenhum sinal de bondade, de compreensão pelo outro, e em suas cabeças nenhum raciocínio a respeito da proporção dos seus atos, nenhuma projeção dos seus efeitos e suas consequências, para o ser humano, a instituição, a comunidade.
Mãos de quem em nada parecem saber que a prisão é, em toda circunstância, a não ser nas ditaduras, desonrosa. Em nada parecem saber que abate, constrange e humilha, aprisionar, examinar alguém em corpo nu, vesti-lo em roupa de prisioneiro, e que tudo isso adentra pelo terreno da barbárie, ainda mais quando se faz sem flagrante, sem a sentença, antes mesmo de ser réu.
Mãos de quem se aproveitam de uma época inglória e insana, de uma sociedade exaurida pelos escândalos públicos, e que em boa parte, têm espuma e sangue nos lábios, e para quem tudo é joio, e trigo só eles são, tendo na ponta da língua os chavões da época, de condenação geral aos bandidos de verdade, mas levando juntos os que passaram perto e os inocentes que têm o azar de atravessar o caminho.
Um pouco de humildade, um pouco de humanidade não lhes faria mal. Não conheço nenhum desses agentes da lei, e não desejo conhecê-los, porque tenho medo deles. Que autoridades são essas que ao invés de proteger nos causam medo e terror? Quem são eles, assim destituídos de humanidade e razão? É preciso agir com a mão assim pesada, com tal crueldade, com tal virulência e desumanidade?
Não se passa o país a limpo assim, senhores e senhoras. Digo de novo o que já escrevi: os senhores, as senhoras, estão jogando o bebê fora junto com a água do banho.
Mãos não só de autoridades, mas de uma imprensa que primeiro atira e só depois pergunta quem vem lá, quando e se pergunta. Uma imprensa que toma como verdadeira, em princípio, a palavra da autoridade, não mediada, não contextualiza. De blogueiros, ativistas e pessoas "comuns" que, raivosos, expelem argumentos chulos, pensamentos prontos, clichês preconceituosos, manifestações de atraso, ignorância, e ódio, muito ódio nas redes sociais Mãos de quem confunde moral com moralismo de baixo custo, que a todos rotula, por método, costume e um certo prazer sádico.
Cancellier almoçou lá em casa há menos de uma semana. Com o filho Mikhail, Ricardo Baratieri, Arlete e Nara Micaela. Ao final, nós estávamos reconfortados. Cancellier nos pareceu lúcido, fazendo um esforço genuíno para compreender que tinha sido vítima de uma dessas armadilhas do destino, uma coincidência infeliz. Ele parecia razoavelmente recuperado do golpe sofrido.
Um turbilhão que tudo arrasta, um vendaval que se solta, uma cilada da vida: assim pareceu Cancellier encarar o seu drama pessoal. Ele aparentava uma calma estranha, uma misteriosa resignação. Quando soube de sua morte ontem, compreendi imediatamente: ele já havia engendrado o seu destino, fingiu serenidade, para que ninguém quisesse interromper o plano que já tinha traçado. Alguém já disse que não há pior vergonha do que a de não ter feito o que lhe imputam. Muito pior que a desonra, é o sentimento de quem não a merece.
Podem ficar tranquilos todos e cada um dos mais de cem agentes públicos e autoridades do Estado que, de alguma forma contribuíram para desenlace trágico, dando ou cumprindo ordens, assinando as portarias, os despachos, cumprindo as frias formalidades da "lei", que este homem singular, Cancellier, que não cultivou em vida a raiva, a mágoa, o ressentimento, também não os levará para a eternidade.
Conduziram ao camburão, abriram as portas do cárcere um homem que não queria mal a ninguém, que não fazia mal a ninguém. Um homem de coração generoso e aberto, um democrata na teoria e mais ainda na prática, um homem de diálogo e conciliação, um campeão da harmonia e da paz. Ah, Cancellier, como você, querido amigo e querido irmão fará falta, ainda mais nesta terra brasileira nunca tão dilacerada pela dissensão e a intolerância, apequenada nos conflitos políticos de uma República abastardada, no facilitário do ódio, na insensatez arrogante de muitas das suas elites.
Como fará falta sua voz calma e pacificadora, em busca da palavra certa em favor do diálogo e do entendimento, na instituição que você respeitou, protegeu e amou mais do que qualquer outro, a quem você emprestou o seu talento e capacidade de trabalho, esta Universidade Federal de Santa Catarina, o palco involuntário de uma tragédia que marcará para sempre e indelevelmente a sua história.
Abraço caloroso, Mikhail, Júlio, Acioly, Cristiane, familiares, amigos. Choremos o passamento de Cao Cancellier e sigamos o seu exemplo, de uma vida dedicada ao bem, à justiça, à liberdade e à paz entre os homens. Descanse Cao em algum lugar, na dimensão possível. E rezemos para que esta tragédia que nos causa tamanho torpor, tal comoção, que nos fere tão fundo na alma, de alguma maneira seja uma lição que nos afaste da barbárie, nos contagie com um pouco de fraterna humanidade, nos dê força para enfrentar esta provação.
Abraço sentido e caloroso, reitora Alacoque, pró-reitores, diretores, servidores e alunos. Universidade, se bem interpreto o pensamento do amigo e irmão que se foi de forma tão despropositada, é lugar onde se privilegia o conhecimento e o saber, a extensão e pesquisa. É o lugar dos crentes e dos ateus, dos socialistas e dos liberais, da direita e da esquerda, dos negros, indígenas e brancos, dos pobres e dos ricos, das mulheres e dos homens, dos héteros e dos homossexuais. Aqui se encontram, convivem e aprendem para a vida e a cidadania, todas as tribos da comunidade nacional e planetária.
Todos os que se acham superiores moralmente, politicamente, esqueçam. Somos todos iguais ou parecidos em defeitos e qualidades. Experimentem, como o Cao fazia o tempo todo, calçar de vez em quando as sandálias da humildade. A Universidade não é o lugar apropriado para a guerrilha política, para o "nós" contra "eles". Aqui podem e até devem se bater as facções, as narrativas históricas, mas ninguém é dono do futuro e só uma busca é possível e legítima: a de uma sociedade próspera, justa, livre e fraterna. Universidade rima com verdade e liberdade.
Nelson Wedekin "


Postado em Conversa Afiada em 04/10/2017








7 de Setembro de 2017, Dia da Independência do Brasil : Nada a comemorar



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O imperialismo é o inimigo



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Postado em Conversa Afiada em 04/09/2017



Os sonhos e a cara do Brasil



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Como a Globo tentou destruir o PT, a Dilma e prender o Lula






Não dispersar esforços, dinheiro e tempo : tudo contra o inimigo único



Paulo Henrique Amorim

Num furo de reportagem, o Conversa Afiada revela os princípios que organizaram e organizam o trabalho da Globo Overseas e do Gilberto Freire com “i” para dar o Golpe e mantê-lo no poder:

1. Princípio da simplificação e do inimigo único

A Globo se concentrou em destruir o PT: derrubar a Dilma e prender o Lula.

O resto não interessa.

O inimigo é único.

Não dispersar esforços, dinheiro e tempo: tudo contra o inimigo único.


2. Princípio do contágio

A Globo mostrou como o PT contagiou tudo e transformou tudo em pecado e vicio.


3. Princípio da Transposição

Transpor, levar todos os males e vícios a este inimigo único: tudo é culpa dele.

O avião que cai em Congonhas, a colisão com o jatinho Legacy sobre a Amazônia, o zica, a chuva, a falta de chuva...


4. Princípio da exageração e da desfiguração

O PT, Dilma e Lula foram culpados de TUDO MULTIPLICADO POR DEZ !

A Míriam Leitão diz que a culpa – DE TUDO ! - é da Dilma, até hoje, em 28 de agosto de 2017 !


5. Princípio da vulgarização

A Globo transformou tudo o que o PT, a Dilma e o Lula fizeram em algo torpe, vulgar, safado, sujo, enlameado… fácil de descobrir e localizar.


6. Princípio da orquestração

A Globo transformou boatos, delações premiadas do Moro, disse-me-disse, fake news – tudo virou notícia que se oficializou no Diário Oficial, o jornal nacional !


7. Princípio da renovação

A Globo tinha uma “notícia” nova, “original” sempre: uma no Mau Dia Brasil, outra no Hoje, outra novíssima no jornal nacional e uma requentada, às quatro da manhã, com o William Traaack.


8. Princípio do verossímil

Usar e abusar do depoimento de especialistas que referendam a falsidade, a suposta “ informação ”. Especialistas que acham qualquer coisa de qualquer assunto. Eles dão credibilidade às mentiras. Especialistas preferidos são os “ economistas de bancos ” e de “ consultorias ” - embora nunca saiba quem se consulta com elas...


9. Princípio do silêncio

A Globo ocultou - não vem ao caso – toda informação que não fosse conveniente à destruição do único inimigo.


10. Princípio da transferência

A Globo potencializou um fato presente com um fato passado: se o PT roubou no mensalão do Presidente Barbosa, roubou mais ainda na Lava Jato do Moro! O Moro multiplicou o Barbosa por mil, no jornal nacional !


11. Princípio da Unanimidade

A Globo fez parecer que “ todo mundo ”, o “ Brasil inteiro ” e “ a sociedade sadia ”, as jovens recatadas e do lar estavam indignadas com o que jorrava e jorra da Lava Jato!


Em tempo: esses princípios aí reproduzidos da Carta Maior são os que Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda de Hitler, seguia, religiosamente…








Texto e vídeo postados em Conversa Afiada em 28/08/2017



Obs : Querendo entender os termos salientados com links basta clicar neles.




O dono do posto lava jato



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Dono de posto denuncia delegado 

Marcio Anselmo ! 



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O delegado Anselmo é um veterano do Banestado (Reprodução: G1)





" Ele disse que me envolveria com o narcotráfico..."





O delegado Márcio Anselmo é da categoria dos delegados da Polícia (sic) Federal (sic) que apoiou o candidato Aécio gângster e Mineirinho: Aécio, o queridinho dos operadores da Lava Jato.

O delegado Anselmo - mostrou a Carta Capital - é suspeito de forjar provas.

O delegado Anselmo honra jornalistas com processos judiciais - que perderá, irremediavelmente.

O delegado Anselmo faz parte da equipe que investigou o Banestado, onde se destacaram ele, o Imparcial Moro de Curitiba, o Procurador Santos Lima - e o doleiro Youssef, que dela se beneficiou, como se beneficiou da Lava Jato...

(Essa turma de funcionários públicos tem uma certa queda pelo Youssef: se necessário lhe concederá uma terceira delação premiada?)

Outro notável membro da equipe de delegados da Lava Jato é o inesquecível Moscardi Grillo, responsável pela criminosa operação Carne Fraca - estará ele ainda em atividade?

(Grilo é outro que processa jornalistas...)

O delegado Anselmo se inscreve, agora, num dos capítulos sinistros da gênese da Lava Jato:


O doleiro Carlos Habib Chater foi o primeiro preso da Operação Lava Jato, após busca e apreensão no seu posto de combustíveis em 2014. O dono do Posto da Torre, localizado em Brasília, cumpriu um ano e sete meses de prisão em regime fechado e ficou um ano no semiaberto. Chater optou por não fazer delação premiada, mas afirma em entrevista ao UOL ter sido "ameaçado" pelo ex-chefe da Polícia Federal, Márcio Anselmo, para delatar.

"Ele disse que me envolveria com o narcotráfico, que eu ficaria mais de 20 anos na cadeia, que me livraria [da prisão] em uma semana caso eu dissesse quem eram os agentes público ou os políticos que recebiam [propina] aqui [no Posto da Torre]", conta. Procurado pelo UOL, o delegado Márcio Anselmo não se manifestou sobre as acusações de Chater (veja mais informações abaixo).

A PF apontou o Posto da Torre como o "caixa eletrônico da propina". O estabelecimento começou a ser investigado em 2008, após suspeita de lavagem de dinheiro do ex-deputado José Janene (morto em 2010). Chater nega ilícitos.

Ele cumpre pena em liberdade desde outubro, quando voltou a administrar o 'Posto da Lava Jato', como ficou conhecido. O empresário recusa a alcunha de doleiro, mas reconhece ter operado ilegalmente na conversão de moedas na década de 1980.

A Polícia Federal interceptou conversas dele com o doleiro Alberto Youssef sobre suposta lavagem de dinheiro. Chater exalta o "amigo", mas nega ter operado propina de Youssef.

Leia abaixo a entrevista de Chater ao UOL:

Nos anos 1990, o senhor foi investigado por operações ilegais de câmbio e lavagem de dinheiro. A acusação voltou com a Lava Jato. Por quê?

[Risos] Eu tenho que dar risada, porque até hoje eles não conseguiram mostrar onde houve a lavagem de dinheiro. Nem na lavanderia nem na casa de câmbio. Inclusive, essa questão de doleiro é porque, no Brasil, depois que você ganha uma pecha ninguém tira. Eu não fazia câmbio há simplesmente 20 anos. Em 1991, quanto tive o problema, isso a mídia também não coloca, eu era credenciado pelo Banco Central [para ter casa de câmbio]. O BC simplesmente retirou o credenciamento sem nunca ter me avisado. Aí me prenderam em flagrante, quando eu estava exercendo uma atividade que imaginava lícita. Isso também ninguém nunca colocou [na imprensa]. Tanto é que eu não tive uma condenação. Fui absolvido [na verdade, prescreveu]. O BC até hoje nunca apresentou qualquer assinatura que eu tivesse ciência de que tinha sido descredenciado.

Por que o BC lhe prejudicaria? 

Foi uma questão muito mais política do que técnica. Na época envolvia o ex-senador Romeu Tuma [morto em 2010], que era conhecido da família. Havia um problema dentro da Polícia Federal e acharam por bem que o compadre do Tuma, que era meu pai, talvez deveria pagar o pato por uma briga política.

Como explica a acusação da PF de que 375 contas suas teriam movimentado ilegalmente R$ 10,8 milhões entre 2007 e 2014?

Como eles podem ter provado que eu lavei tanto dinheiro, se fui condenado por uma lavagem de R$ 460 mil numa das sentenças? Numa lavagem de US$ 120 mil [convertidos nos R$ 460 mil] que só o juízo de primeira instância localizou e criou o mecanismo para dizer que foi lavagem. Cadê o restante do dinheiro? Cadê essas lavagens, onde estão? Por que talvez a mídia não foca um pouco mais nessas questões de pegar um processo e perder um pouco mais tempo para dar uma analisada? Acho que é uma questão até interessante.

Mas o juiz Sérgio Moro o condenou no total a 9 anos e 9 meses, pena confirmada em 2ª instância.

Foi uma condenação completamente injusta. Acho que o Brasil está combatendo ilegalidades com outras ilegalidades. Mas cumpri o que tinha de cumprir [1 ano e 7 meses em regime fechado e 1 ano no semiaberto]. Agora é olhar para frente.