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A morte de Paulo Henrique Amorim não é obra do acaso



morte Paulo Henrique Amorim


Paulo Henrique Amorim era o jornalista mais processado deste período digital. A ampla maioria das ações era movida por criminosos que não aceitavam ouvir o que ele falava. PHA estava sendo perseguido de maneira violenta.

Redação Pragmatismo

Três jornalistas que comentaram a morte de Paulo Henrique Amorim nesta quarta-feira (10) convergem em um ponto: a morte do editor do ‘Conversa Afiada’ não é obra do acaso.


“Combatendo com vigor na escuridão, seu coração não resistiu ao último golpe, o da Record”, escreveu a amiga e renomada jornalista Tereza Cruvinel, referindo-se ao afastamento de PHA de seu programa na TV Record após pressão do governo Bolsonaro.

“Paulo Henrique Amorim parte num momento péssimo. E provavelmente vítima dele e dos canalhas que o perseguiam. Ele foi o jornalista mais processado deste período digital. Na maioria das vezes por criminosos que não aceitavam que aquele baixinho carioca berrasse em alto e bom som o que lhes era merecido ouvir”, publicou Renato Rovai, editor da Revista Fórum e amigo pessoal de Paulo Henrique.


“Eu, aqui do meu canto, acho que Paulo foi ‘morrido’ por essa gente. Porque estava sendo perseguido de maneira violenta e recentemente, por pressão do governo, foi afastado da apresentação do Domingo Espetacular, da TV Record”, acrescentou Rovai.

Morte estudada

Para o jornalista gaúcho Moisés Mendes, a morte de Paulo Henrique Amorim precisa ser objeto de estudo. “Com suas circunstâncias, o contexto político e todos os seus significados, a morte de PHA deveria ser estudada já a partir de hoje à tarde nas escolas de jornalismo. Amorim foi morto pelo assassinato das grandes redações.”

“Hoje, as grandes redações são esvaziadas de qualquer possibilidade de resistência, porque são cada vez mais orientadas para serem cúmplices do poder. Amorim foi apenas um dos mais recentes expulsos do trabalho numa grande corporação […] Seu afastamento da TV Record ganhou manchetes porque ele era uma figura conhecida. Mas as redações passam por limpezas que a maioria não fica sabendo”, complementou Moisés.

O texto integral de Tereza Cruvinel sobre a morte de PHA pode ser lido abaixo. Os textos de Renato Rovai e Moisés Mendes podem ser lidos aqui e aqui.

por Tereza Cruvinel, em seu Facebook

“Obrigado, querida, disso entendemos nós dois: sobreviver”. Foi o que me disse Paulo Henrique Amorim no dia 24, em resposta à minha mensagem expressando solidariedade. Ele acabava de ser afastado do Domingo Espetacular pela TV Record, por pressão do governo intolerante, autocrático e autoritário de Bolsonaro.

Eu havia dito, na mensagem, que ele era um pilar da resistência e vítima do disfarçado e não comentado expurgo de jornalistas que vem acontecendo no país, afastando da mídia os combativos, os que não se vergam. “Eles passarão, nós passarinhos, ainda vamos gorjear”, eu disse ainda ele.

Paulo Henrique entendia mesmo de sobreviver. Eu, nem tanto. Combatendo com vigor na escuridão, seu coração não resistiu ao último golpe, o da Record. Não viveu para um dia gorjear , quando a luz finalmente voltar a iluminar o país com justiça, liberdade e democracia de verdade.

Falando e escrevendo, no estilo cortante que lhe era próprio e único, combateu o engodo, a mentira, a tempestade do ódio, o obscurantismo e o servilismo que tomou conta de boa parte da imprensa. Escandindo as palavras quando falava, ou construindo frases como quem amola a faca, PHA estava o tempo todo na trincheira.

Já fui tirada abruptamente por ato de força, quando o governo Temer interveio na EBC, logo depois do golpe do impeachment. Eu já não era presidente mas comentarista política e apresentadora na TV Brasil. O interventor Laerte Rímoli baniu imediatamente da rede pública uma penca de jornalistas.

Além de mim, Luiz Nassif, Paulo Moreira Leite, Emir Sader, Sidney Resende e outros mais. Havíamos feito uma cobertura intensa e pluralista da guerra contra Dilma, mostrando as duas faces do processo em curso. De repente, ficamos sem chão e sem voz. Imagine o que foi para PHA o golpe da Record, ele que há 14 anos apresentava o Domingo Espetacular.

Depois da covardia da Record, que cedeu à pressão dos que pediam a cabeça de PHA, ele continuou resistindo e combatendo no site Conversa Afiada e na TV Afiada. Ontem à noite ainda o li seu comentário sobre o áudio divulgado por The Intercept, em que o procurador Dallagnol festeja a liminar do ministro Fux impedindo Lula de dar entrevista antes do segundo turno da eleição.

“Hipócrita celebra a decisão de Fux que calou a imprensa “, escreveu ele, chamando agora Dallagnol de Dallainho. Já com data de hoje, outro texto falava da liberação de R$ 2,4 bi em emendas, pelo governo, para juntar votos a favor da reforma da Previdência. Paulo Henrique deve tê-lo escrito de madrugada, antes do infarto. Seu último dardo flamejante.

Caiu um pilar da resistência. Paulo Henrique não sobreviveu fisicamente, mas viverá no exemplo que deixou: como jornalista: não se calou nunca, não se vergou, não se vendeu, não se rendeu, não lambeu botas para preservar posições. Vai, PHA, você fez muito, travou o bom combate e se foi com dignidade.






Abaixo veja o último vídeo gravado por Paulo Henrique Amorim em 08/07/2019












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Conhecendo Fernando Haddad

















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Resultado de imagem para fernando haddad e Lula








Sonho Impossível  

( Em português não é bem uma tradução e sim uma versão brasileira da original em inglês )


Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender

Sofrer a tortura implacável 
Romper a incabível prisão 
Voar num limite improvável 
Tocar o inacessível chão 

É minha lei, é minha questão 
Virar este mundo, cravar este chão 
Não me importa saber 
Se é terrível demais 
Quantas guerras terei que vencer 
Por um pouco de paz 

E amanhã se este chão que eu beijei 
For meu leito e perdão 
Vou saber que valeu 
Delirar e morrer de paixão 

E assim, seja lá como for 
Vai ter fim a infinita aflição 
E o mundo vai ver uma flor 
Brotar do impossível chão 















Mino e o necrológio da democracia


CAPACARTACUNHA


Postado em Tijolaço em 06/05/2016

Jornalista Mino Carta : "Esse é o pior golpe que o Brasil sofre"


:


Uma das imagens deste dia 17 de Abril : a satisfação e alegria do Vice Presidente Michel Temer com o Golpe, em andamento, contra a Presidente Dilma e a Democracia.














Os interesses dos Estados Unidos por trás do Impeachement / Golpe !



Os ensaístas do golpe
















Mino Carta : Lula é o maior Presidente do Brasil e Fernando Henrique é um blefe !



Dois grandes Jornalistas : Paulo Henrique Amorim e Mino Carta

Vídeo imperdível !






A opinião dos brasileiros, de acordo com as últimas pesquisas do Datafolha, de que o Presidente Lula foi o maior a ocupar o cargo é compartilhada pelo jornalista Mino Carta, da Carta Capital.

Em entrevista exclusiva a Paulo Henrique Amorim, Mino chega a lembrar de Getúlio Vargas para enaltecer o petista que governou o país por dois mandatos, de 2003 a 2010.

“O Lula fez o melhor governo do Brasil Republicano desde sempre. Já o Vargas, a meu ver, é o maior estadista brasileiro, pois ele teve um projeto de Brasil, de estadista”, disse o diretor de redação da Carta Capital na última segunda-feira (20).

“O projeto do Lula se dá em outro momento, evidentemente. Ele teve a felicidade de durar os oito anos e conseguiu tirar da miséria 30 milhões de brasileiros”, continuou Mino.

Nascido na Itália e no Brasil desde 1946, o jornalista que fundou, além da Carta, as revistas Quatro Rodas, Veja e criou o Jornal da Tarde, definiu o PT como um partido igual aos outros após chegar ao poder e lembrou a trajetória do partido idealizado por Lula, em plena ditadura militar, quando fez uma entrevista com o então metalúrgico para a IstoÉ, em fevereiro de 1978.

“O PT nasceu em circunstancias favoráveis à criação de um partido de esquerda. Na época das greves que tentavam apagar o peleguismo. Foi uma ideia de Lula criar um partido dos trabalhadores. O PT conseguiu criar uma ideia de partido autentico, de fato. E a ideia inicial do partido foi cumprida. Mas, eleito o Lula, com o PT no poder, ele passou a se comportar como todos os outros”, opinou.

Ao falar da trajetória de Lula, Mino o comparou ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“O Fernando Henrique é um blefe total, um inativo, mistificador, que ganhou uma fama imerecida. Ninguém nunca leu um livro do FHC. A única coisa que alguém registra como importante na vida dele não é obra dele, que é a Teoria da Dependência, que ele confirmou na prática”, declarou Carta ao Conversa Afiada.

Na entrevista, Mino ainda discorreu sobre o Governo Dilma, o Brasil da Casa Grande e Senzala e Daniel Dantas, quem chama de “o dono do Brasil”. Sobre o tema, o entrevistado revela bastidores da Operação Satiagraha e da prisão de Dantas em 2005, que contou com pressões de políticos, e o recebimento de um telefonema do ministro da Justiça à época, Tarso Genro.

Abaixo, outros trechos da entrevista:

O Brasil da Casa Grande e Senzala:

O Lula tirou 30 milhões ou mais da senzala.

Estar na senzala não é só uma questão material.

Ao tirá-los de lá, não lhes entregou a consciência da cidadania. Eles são mentalmente escravos.

O povo brasileiro é de uma infantilidade dolorosa e despido de consciência política.

Não tem noção de seu poder. É de uma covardia avassaladora.

Governo Dilma:

Nós [Carta Capital] apoiamos a Dilma, mas acho que o Lula escolheu mal. 

Não tenho duvida quanto a boa fé e a retidão da Dilma.

Mas o Governo da Dilma foi um desastre.

Em primeiro lugar, ela não soube se cercar das pessoas que poderiam ajudá-la a governar.

O José Eduardo Cardozo [ministro da Justiça] é um cretino. Isso é um desastre ferroviário para não dizer aéreo.

O Belluzzo e o Delfim Neto choram até hoje por terem aprovado o Mercadante [ministro da Casa Civil] na Universidade de Campinas

Daniel Dantas:

Ele manda no país. 

Ele está por trás de tudo. Pegue qualquer operação policial, inclusive as que não ocorreram.

A maior bandalheiras dos últimos tempos foi a Privataria Tucana e por trás de tudo estava o Dantas.

Os últimos 20 anos da história do Brasil têm o Dantas como protagonista.

Gilmar Mendes:

É uma das razões pela qual gostaria de ir embora.

Ele é a demonstração de Justiça em um país da Casa Grande e Senzala.

Ele trabalha para a Casa Grande.


Postado no Conversa Afiada em 23/04/2015