'O desumano está sendo perpetrado sob nossa supervisão', afirmou a atriz ao denunciar assassinatos em massa.
A atriz Tilda Swinton fez um forte discurso contra o plano de Donald Trump de invadir a Faixa de Gaza, expulsar palestinos e transformar a região em uma "Riviera do Oriente Médio", durante premiação no Festival de Berlim nesta quinta-feira (13). A atriz, que concorreu com Fernanda Torres ao Globo de Ouro pelo filme "O Quarto ao Lado", utilizou seu discurso para denunciar genocídios e extremismos políticos.
"Podemos seguir para o grande estado independente de cinema e descansar lá, um reino ilimitado, inatamente inclusivo, imune aos esforços de ocupação, colonização, posse ou o desenvolvimento da 'propriedade Riviera'. Um reino sem fronteiras e sem política de exclusão, perseguição ou deportação", afirmou a atriz, também fazendo alusão à política extremista de deportação em massa adotada por Trump.
A atriz ainda continuou seu discurso denunciando a ocorrência de assassinatos em massa "perpetrados pelo Estado e facilitados internacionalmente" e condenados por organizações que têm o objetivo de "monitorar coisas inaceitáveis para a sociedade humana". "Esses são fatos que precisam ser enfrentados", declarou.
"O desumano está sendo perpetrado sob nossa supervisão. Estou aqui para nomeá-lo, sem hesitação ou dúvida em minha mente, e para emprestar minha solidariedade inabalável a todos aqueles que reconhecem a inaceitável complacência de nossos governos viciados em ganâncias que que se tornam amigos de destruidores de planetas e criminosos de guerra, de onde quer que venham", completou Tilda.
Além da atriz, o presidente do festival, Todd Haynes, e o membro do júri deste ano Rodrigo Moreno, também fizeram críticas a Donald Trump e ao presidente argentino Javier Milei. “Estamos assistindo a essa avalanche de ações nas primeiras semanas de gestão. Preocupa muito”, disse Haynes sobre Trump.
"Acho que faz parte da estratégia criar uma sensação de instabilidade, choque, pois as pessoas têm muito receio da situação econômica. Temos que procurar formas de resistência dentro do nosso setor", defendeu o presidente.
Já Moreno, que é argentino, chamou Milei de fascista e maluco, e comentou sobre a dificuldade de fazer filmes diante do governo do presidente da Argentina. "É um pesadelo. Até o ano passado, tivemos uma lei forte, que nos permitia fazer muitos filmes, semelhante ao sistema francês. Foi isso que nos permitiu fazer este cinema argentino bonito e renovado nas últimas décadas. Agora, tudo foi cortado. No ano passado, nenhum filme foi produzido pelo Instituto Nacional de Cinema, uma tragédia", afirmou.
Ao lado de Netanyahu, Trump diz que quer tirar 'todos' os moradores de Gaza permanentemente
Por Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em Poder360
“Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.
Darcy Ribeiro
Existe uma guerra que estamos perdendo no mundo inteiro. E eu tenho dúvidas se gostaria de ganhá-la, tal como posta. Há um jogo muito claro na desumanização e em certa idiotização como método. As propostas de extrema-direita, mundo afora, jogam suas cartas em uma bizarrice calculada e planejada. Quem não se lembra do Trump fazendo imitações humilhantes de imigrantes, ainda no 1º mandato, e, aqui no Brasil, do Bolsonaroimitando uma pessoa com falta de ar, em plena crise de oxigênio na pandemia? E isso é acompanhado com alegria, até certa euforia, por seguidores fanáticos.
A agressividade vulgar dos 2 não é por acaso. Nada, por sinal, é por acaso. Há uma orquestração dirigida a um público específico. E como disse Nelson Rodrigues: “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.
O que espanta é que perdemos a discussão nas ruas. Hoje em dia, pelos tais valores da família, e em nome dela, toda sorte de sacrilégios são praticados pela extrema-direita. E vão dominando, com alguma docilidade, o mundo. Não existem mais limites que possam chocar. A posse de Trump no seu 2º mandato é uma sinalização de que os absurdos serão banalizados e há uma possibilidade real de termos um país extremamente poderoso, com ímpeto de dominar o mundo e subjugar os países livres.
Não satisfeito em baixar decretos racistas e fascistas no seu 1º dia como presidente, Trump dá agora sinais de insanidade com sua mania de grandeza. A primeira autoridade recebida no Salão Oval foi o genocida Netanyahu que, na realidade, consegue competir com Trump nos seus delírios fascistas. E a proposta norte-americana, logo depois do encontro, foi a de transformar a Faixa de Gaza numa “Riviera do Oriente Médio”, para ser um lugar de recreação e lazer, retirando todos os palestinos da região.
Não é uma brincadeira idiota de um menino mimado e desinformado; é uma promessa de um presidente dos EUA. O mundo tem que começar a impor limites nessas sandices. E ainda fez observações injuriantes, dizendo que os habitantes de Gaza já sofreram muito e que podem ser recebidos por países que tenham “sentimento humanitário” e “que gostem de imigrantes”. Um deboche cruel e desumano.
O plano macabro pode ser entendido agora em toda sua dimensão. Benjamin Netanyahu se prestou a fazer o trabalho sujo: cometeu genocídio contra os palestinos e destruiu toda a Faixa de Gaza. E então, vem Trump e declara que os palestinos não devem voltar para Gaza, pois os EUA vão retirar todos os moradores de maneira permanente. Faz uma chacota grave e propõe uma limpeza étnica, afirmando que a região “trouxe muito azar para as pessoas e que só experimentaram morte e destruição”. Morte e destruição financiadas por eles. Por isso, propõe tirar todas as pessoas de lá.
É isso mesmo que está sendo proposto. Israel ataca Gaza, destrói tudo de maneira cruel e bárbara. Mata mais de 45.000 pessoas, entre crianças, mulheres e civis. Agora, com o massacre consumado, o poderoso Exército dos EUA toma o território palestino e expulsa todos os habitantes para transformar o lugar em um paraíso americanoide de ostentação e hipocrisia.
Aquele pequeno território, na fronteira entre Egito e Israel, debruçado sobre o mar Mediterrâneo, vira uma Riviera no Oriente Médio para os ricos norte-americanos e para os supremacistas brancos do mundo todo. São 41 km de comprimento e 10 km de largura que podem se tornar um grande balneário de luxo. É assustador.
Enquanto acompanhava as notícias, atônito e estupefato, li que a senadora Damares foi confirmada como presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado. Dá uma saudade do personagem do Jô Soares, que dizia, ao acordar intubado de um longo coma e ver as novidades do mundo: “Tira o tubo”.
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa
“Agora, só existem 2 gêneros: masculino e feminino.”
–Donald Trump, no discurso de posse, em 20 de janeiro de 2025.
São assustadoramente previsíveis os primeiros atos do presidente Trump ao tomar posse. Ele fez justamente o que prometeu durante a campanha. Estados Unidos da extrema-direita, é isso.
Eu diria que é até mais do que o espírito dos republicanos; são os trumpistas. É a cara dessa leva de radicais que assola hoje parte do mundo. O Trump, devemos reconhecer, é a demonstração exata desse atraso e desse modo de encarar o mundo. E, parece evidente, os norte-americanos merecem exatamente o presidente que escolheu.
Em seu discurso de posse, Trump fez uma afirmação que define o tamanho da sua pequenez: “Agora, só existem 2 gêneros: masculino e feminino”. É muito impressionante a capacidade de um líder mundial falar algo com essa dimensão em relação a um tema tão sensível. É triste ver onde chegamos em termos de mediocridade e violência.
Essa é uma alegação falsa e perigosa, mas é a verdadeira expressão do grupo que assume os EUA. Só uma sociedade falsa e hipócrita pode apoiar uma atitude política que divide mortalmente as pessoas. Essa declaração define o grau de belicosidade que enfrentaremos. O atraso. A perseguição. O apoio à violência.
Mundo afora, vários adeptos estão em estado de pura felicidade, inclusive no Brasil. Os bolsonaristas, mesmo aqueles que fizeram o papel ridículo de ir à posse para ficar rezando no hall do hotel e depois assistir à cerimônia pelo telão, devem segurar suas expectativas sob alguns aspectos.
Claro que eles podem celebrar a vitória da extrema-direita. Porém, os que projetam alguma relação dos atos relativos ao perdão aos invasores do Capitólio com o nosso 8 de Janeiro devem se atentar para um pequeno e fundamental detalhe: lá, o Trump ganhou; aqui, o Bolsonaro perdeu. Quem banca o jogo é quem vence.
Com a vitória, o presidente estadunidense tem o direito de fazer todas as insanidades que está realizando, até porque os norte-americanos votaram exatamente nessas bizarrices. Agora, não são mais bravatas e promessas que pareciam estranhas. Não. No dia da posse, Trump assinou dezenas de decretos e começou a colocar em prática parte dos seus compromissos da extrema-direita, cumprindo o que falou na campanha.
Já declarou, de maneira clara e inequívoca, que não precisa do Brasil e da América Latina. Nesse sentido, decretou emergência nacional na fronteira com o México e vai usar as Forças Armadas contra os estrangeiros. O papel militar nas fronteiras será brutal.
Também endureceu a lei contra a imigração, inclusive aumentando penas e as hipóteses de deportação; assinou um decreto específico contra ameaças estrangeiras; e tentou acabar com o direito à cidadania norte-americana para nascidos de imigrantes ilegais e de pessoas sem residência permanente nos EUA. Na última decisão, o Judiciário do país foi diligente e suspendeu a medida, que julgou ser “flagrantemente inconstitucional”.
Trump ainda aumentou o rigor do controle migratório e busca enfrentar o que ele considera uma “invasão” ao país, orientando o procurador-geral a incentivar a pena de morte. Por incrível que possa parecer, há uma decisão governamental no sentido de aumentar as hipóteses de matar em nome do Estado. O que seria o reconhecimento do fracasso é, na verdade, um elogio à barbárie.
Algumas medidas terão grande efeito em diversos países em razão do enorme poder dos EUA. Foi formalizada, novamente, a saída do Acordo Climático de Paris.
A pretexto de fortalecer a liberdade de expressão, já assinou decreto que incentiva o vale-tudo nas plataformas digitais. Esse é um ponto que define os novos tempos: o completo aval para se valer indiscriminadamente de uma pretensa liberdade em nome do abuso. O fim das relações institucionais e dos direitos constitucionais em nome de uma falsa impressão de ampla liberdade de expressão.
Determinou a saída do país da OMS e é possível prever o caos sanitário que ocorrerá com a hipótese de novas pandemias. Flertou com o autoritarismo ao provocar o Golfo do México. E –o que é a cara desse governo– reforça por decreto a meritocracia no funcionalismo, encerrando as contratações federais com base em etnia, sexo ou religião. Além disso, acabou com os programas ligados à diversidade e à inclusão, incluindo-se os de justiça ambiental. É a desordem prometida sendo rigorosamente cumprida.
Registro de ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 – Foto: Reprodução
Só faço 1 registro sobre o perdão concedido aos criminosos que assaltaram o Capitólio, em 21 de janeiro de 2021, na ação que foi considerada a maior ofensa contra as polícias norte-americanas, inclusive com a morte de policiais. Primeiro, é um direito constitucional do presidente e que não tem sequer que ser submetido a nenhum outro poder nos EUA. Ao que consta, 1.500 pessoas foram beneficiadas. É importante ressaltar que 1.250 pessoas já foram condenadas e várias, 940, assumiram a culpa, em penas que chegam a 22 anos de cadeia.
É importante frisar que não existe absolutamente nenhuma relação entre o ato do presidente empossado e o que ocorre no Brasil. Aqui, com a independência e a soberania asseguradas, vamos julgar os responsáveis pela tentativa de golpe no 8 de Janeiro. Já existem 371 pessoas condenadas pela Suprema Corte. O país inteiro aguarda o processo contra Bolsonaro e os seus chefes mais imediatos.
Nada do que ocorreu nos EUA pode influenciar o Judiciário brasileiro. O Brasil pode dar aula e exemplo de como manter íntegra a democracia interna em tempos de severa crise.
É bom lembrarmos de Clarice Lispector:
“Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer sentimento”.
A música “Amazing Grace” foi escrita pelo ex-traficante de escravos John Newton, em 1773, para ilustrar um sermão de Ano Novo. A canção é considerada um hino cristão e um dos mais relevantes de todos os tempos.
A história de “Amazing Grace” é marcada por uma transformação pessoal de Newton, que passou a acreditar em Deus e a se opor ao tráfico de escravos.
Como surgiu a música?
Newton compôs a canção para ilustrar um sermão de Ano Novo em 1773.
A melodia da canção é considerada uma cantiga regional africana, que os escravos cantavam em forma de lamento.
A melodia é baseada na escala pentatônica, que tem origem no mundo oriental e africano.
A história de John Newton
Newton foi um ex-traficante de escravos que se tornou cristão e abolicionista, após ter sido levado à ilha Plantain, perto da costa de Serra Leoa, em 1745, onde foi escravizado.
Newton morreu no final de 1807, nove meses depois da abolição do comércio de escravos no Império Britânico.
A repercussão da música
“Amazing Grace” é um hino conhecido internacionalmente e cantado por estrelas como Elvis Presley, Aretha Franklin e Andrea Bocelli.
A história de Newton foi retratada em um musical da Broadway e no filme Newton's Grace.
Tramam contra a democracia no Brasil para atingir os BRICs. O encontro do embaixador do Estado Genocida de Israel se encontra com o genocida Bolsonaro para tramar contra o governo Lula, a democracia e os BRICs. Fica cada vez mais claro o Jogo de Sombras em andamento. O Brasil está cercado de trevas e o futuro se mostra sombrio. O astrólogo Carlos Harmitt analisa o astral desse momento de infâmia da humanidade. Confira!
Resistindo a reconhecer seu declínio, desde a saída caótica do Afeganistão ao medíocre desempenho na pandemia, os EUA insistem em fugas para a frente.
A soberania da Ucrânia não pode ser posta em causa. A invasão da Ucrânia é ilegal e deve ser condenada. A mobilização de civis decretada pelo presidente da Ucrânia pode ser considerada um ato desesperado, mas faz prever uma futura guerra de guerrilha. Putin deveria ter presente a experiência dos EUA no Vietnã: o Exército regular de um invasor, por mais poderoso que seja, acabará por ser derrotado, se o povo em armas se mobilizar contra ele. Tudo isto faz prever incalculáveis perdas de vidas humanas inocentes. Ainda mal refeita da pandemia, a Europa prepara-se para um novo desafio de proporções desconhecidas. A perplexidade perante tudo isto não poderia ser maior.
A pergunta é esta: como e por quê chegamos aqui? Há trinta anos a Rússia (então União Soviética) saía derrotada da Guerra Fria, desmembrava-se, abria as suas portas ao investimento ocidental, desmantelava o Pacto de Varsóvia, o correspondente soviético da OTAN, os países do Leste Europeu emergiam da subordinação soviética e prometiam democracias liberais numa vasta área da Europa. O que se passou desde então para que o Ocidente esteja hoje de novo a defrontar a Rússia? Dada a diferença de poder entre a Rússia e as potências ocidentais em 1990, a resposta mais imediata será que tal se deve à total inépcia dos líderes ocidentais para capitalizaram os dividendos do colapso da União Soviética.
Política dos EUA de Guerra ao Terror resultou em 900 mil mortes, estima estudo (Foto: TECH. SGT. Donald S. Mcmichael/Creative Commons)
Robert Bridge
O Ocidente tomou uma posição extrema contra a Rússia por causa de sua invasão à Ucrânia. Essa reação expõe um alto grau de hipocrisia, considerando que as guerras lideradas pelos EUA no exterior nunca receberam a resposta punitiva que mereciam.
Se os eventos atuais na Ucrânia provaram alguma coisa, é que os Estados Unidos e seus parceiros transatlânticos são capazes de atropelar um país em estado de choque – Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria, para citar alguns dos pontos críticos – com impunidade quase total. Enquanto isso, a Rússia e Vladimir Putin estão sendo retratados em quase todas as principais publicações da mídia hoje como a segunda vinda da Alemanha nazista por suas ações na Ucrânia.
Primeiro, vamos ser claros sobre uma coisa. A hipocrisia e os padrões duplos por si só não justificam a abertura das hostilidades por nenhum país. Em outras palavras, só porque os países do bloco da OTAN vêm abrindo caminho de destruição arbitrária em todo o mundo desde 2001 sem sérias consequências, isso não dá à Rússia, ou a qualquer país, licença moral para se comportar de maneira semelhante. Deve haver uma razão convincente para um país autorizar o uso da força, comprometendo-se assim com o que poderia ser considerado “uma guerra justa”. Assim, a pergunta: as ações da Rússia hoje podem ser consideradas “justas” ou, no mínimo, compreensíveis? Deixarei essa resposta para o melhor julgamento do leitor, mas seria inútil não considerar alguns detalhes importantes.
"Tudo acontece de forma tão veloz que não nos apercebemos do tsunami que se forma e já engole o Brasil", escreve Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia
Leiam as três imagens :
Esse é o quadro real, meus queridos.
Tudo acontece de forma tão veloz, tão avassaladora, e a máquina de fumaça das fake news nos distrai e confunde de tal forma, que não nos apercebemos do tsunami que se forma e já engole o Brasil, nossas vidas, os projetos e sonhos de futuro.
Distrai-se o povo crédulo com o discurso da "independência para não se vacinar", enquanto nos inoculam o vírus da escravidão, da vassalagem, da falta de alternativas para nossa juventude, que em breve estará migrando como os miseráveis do Norte da África, naqueles barcos frágeis, superlotados de fugitivos da fome, da miséria, da violência, que são repudiados quando chegam enfim à costa dos países desenvolvidos.
O quadro que percebo para nosso amanhã é o mais tenebroso: as FFAA batendo continência sabuja para um ditadorzinho de plantação de bananas, com sua família corrupta se exibindo em carrões, jatinhos, iates e viagens internacionais, como os Trujilo dos antigos tempos.
Uma família anacrônica, uma corrupção-ostentação fora de época, um deslumbramento de novos-ricos incultos, que mal conseguem articular uma frase. É o bolsonarismo "Ofélia", produzindo emergentes às toneladas, por segundo.
E não me refiro apenas ao beócio do momento no Planalto. Caso emplaquem o juiz-ladrão será a mesma coisa. Pois isso (vou repetir) é um PRO-JE-TO de destruição de uma nação linda, rica, com militares submissos aos estrangeiros - dóceis com eles, ferozes conosco.
Vemos os bilionários se multiplicarem, como ilhas, cercados de fome e de dor por todos os lados, isentos de impostos, com os bancos públicos de fomento a seu serviço exclusivo.
Enquanto os soldadinhos de chumbo fecham os olhos em sua obediência trágica (para nós) e regiamente paga (para eles).
Esse meu discurso, que sai assim vomitado, é uma chamada à consciência de todos os brasileiros, para que eu não tenha depois que escutar "eu não sabia", "eu não imaginava".
Vamos nos manter aqui entrincheirados, enquanto nos deixam, esgrimindo com as palavras, alvejando com a realidade nua e crua.
Escutem, reflitam, participem. Não vamos sucumbir passivamente, como o gado que vai para o corte.
"Tudo acontece de forma tão veloz que não nos apercebemos do tsunami que se forma e já engole o Brasil", escreve Hildegard Angel, do Jornalistas pela Democracia
Leiam as três imagens :
Esse é o quadro real, meus queridos.
Tudo acontece de forma tão veloz, tão avassaladora, e a máquina de fumaça das fake news nos distrai e confunde de tal forma, que não nos apercebemos do tsunami que se forma e já engole o Brasil, nossas vidas, os projetos e sonhos de futuro.
Distrai-se o povo crédulo com o discurso da "independência para não se vacinar", enquanto nos inoculam o vírus da escravidão, da vassalagem, da falta de alternativas para nossa juventude, que em breve estará migrando como os miseráveis do Norte da África, naqueles barcos frágeis, superlotados de fugitivos da fome, da miséria, da violência, que são repudiados quando chegam enfim à costa dos países desenvolvidos.
Goiana conta como ajudou ‘por acaso’ a salvar criança que era torturada pela mãe e padrasto nos EUA: ‘Instinto de mãe'
Gerente estaria de folga, mas precisou trabalhar no lugar de colega. No restaurante, ela viu hematomas no corpo do menino, que estava com a família no local.
Por Guilherme Rodrigues, G1 GO
20/01/2021
A goiana Flaviane Pimenta Carvallho, de 45 anos, é gerente de um restaurante em Orlando, nos Estados Unidos, e ajudou a salvar a vida de um menino de 11 anos que era torturado pela mãe e padrasto. Ela contou ao G1 que estava de folga, mas precisou trabalhar no lugar de um colega que ficou doente. Durante o expediente, ela desconfiou do comportamento de uma família e notou hematomas no rosto da criança. Com isso, escreveu em um papel perguntando se o menino precisava de ajuda, que respondeu balançando a cabeça que sim, após negar inicialmente.
“Me posicionei para que a família não percebesse. Peguei um papel e escrevi perguntando se estava tudo bem. Ele respondeu que sim. Escrevi perguntando se tinha certeza, ele balançou novamente a cabeça dizendo que sim", relata.
A gerente disse que insistiu em questionar o menino porque ele ficava olhando o tempo todo com uma fisionomia abalada.
"Eu não desisti e escrevi 'Do you need help?' , em português: 'Você precisa de ajuda?'. Ele balançou a cabeça que sim e fechou os olhos. Foi instinto materno”, contou a goiana.
O caso aconteceu na noite de 1º de janeiro. Segundo a goiana, a família chegou ao restaurante por volta das 23h, com o menino e uma menina, que era filha do casal.
A gerente disse que, de início, já estranhou o fato de eles terem ido jantar muito tarde, pois, segundo ela, as crianças dos EUA costumam fazer suas refeições mais cedo. Ela contou ainda que era uma noite de calor e, mesmo assim, o menino vestia moletom com capuz.
Gerente escreveu em papel perguntando se menino que era torturado pela mãe e padrasto precisava de ajuda — Foto: Flaviane Pimenta / Arquivo Pessoal
“Todos chegaram e tiraram a máscara, menos o menino. Eles conversavam, riam e brincavam, e o menino ficava calado o tempo todo. Achei muito estranho o comportamento e comecei a observar”, contou.
Segundo a goiana, a família pediu três pratos de comida e o menino ficou sem. Como ela é gerente do restaurante, foi até a mesa para conferir se estava tudo certo ou se faltava algum pedido feito pelo casal. Conforme a gerente, o padrasto foi “ríspido” ao responder que o menino comeria em casa.
Naquele momento, ela disse que o garoto olhou para ela, foi quando percebeu que tinha um corte na sobrancelha dele.
“Eu fiquei apreensiva e passei a observar muito. Teve uma hora que ele se movimentou e, de longe, consegui ver mais roxos no braço dele”, contou.
Padrasto preso no restaurante
A gerente disse que, quando o menino respondeu que precisava de ajuda, não pensou duas vezes em acionar a polícia. Ela contou que três policiais chegaram ao restaurante e começaram a conversar com a família. Em certo momento, um dos agentes pediu para conversar com o menino distante do casal, foi quando ele revelou as marcas pelo corpo.
“O policial levou a criança para fora do restaurante para conversarem sozinhos. Depois de um tempo, o detetive pediu para que ele tirasse a máscara e o moletom. O menino estava todo roxo, no rosto e nos braços também”, contou a goiana.
Ainda conforme a gerente do restaurante, o padrasto saiu do estabelecimento preso. Já criança foi levada por uma ambulância até uma unidade de saúde para receber atendimento médico.
Na última terça-feira (12), a polícia fez uma coletiva de imprensa e divulgou que a mãe também havia sido presa. Na ocasião também relataram que a criança já tinha sido amarrada de cabeça para baixo, torturada com cabo cabo de vassoura e deixada sem alimentação pelo casal. Segundo a goiana, as crianças estão com familiares delas.
Flaviane Pimenta Carvallho, de 45 anos, ajudou a salvar a vida de uma criança que era torturada pela mãe e padrasto, nos EUA — Foto: Reprodução / Instagram
Sentimento de alívio
Flaviane afirma que se sente aliviada em ter conseguido, “por acaso”, salvar a vida do menino. Ela acredita que foi um “propósito de Deus” na vida dela, pois nem deveria ter trabalhado na ocasião.
“Me sinto aliviada porque essa criança está bem agora, fora de risco. Fico feliz por isto, mas eu também tenho um sentimento de revolta muito grande porque acho que nenhum ser humano deve passar por isso. Aqueles que deviam proteger e cuidar queriam matá-lo", desabafa.
Natural de Goiânia, a gerente mora nos Estados Unidos há 13 anos e tem duas filhas, de 18 e 22 anos. Segundo ela, o instinto materno a fez ser forte e denunciar o casal. A goiana, que está sendo considerada uma heroína, espera que sua atitude sirva de exemplo para que as pessoas denunciem casos de agressões contra crianças.
“Único motivo de eu estar falando com a imprensa é para incentivar que as pessoas fiquem mais atentas, ajudem, chamem uma autoridade quando virem casos de agressão. Isso pode mudar a vida de uma pessoa. Salvar uma vida”, contou.
Goiana conta como ajudou ‘por acaso’ a salvar criança que era torturada pela mãe e padrasto nos EUA: ‘Instinto de mãe'
Gerente estaria de folga, mas precisou trabalhar no lugar de colega. No restaurante, ela viu hematomas no corpo do menino, que estava com a família no local.
Por Guilherme Rodrigues, G1 GO
20/01/2021
A goiana Flaviane Pimenta Carvallho, de 45 anos, é gerente de um restaurante em Orlando, nos Estados Unidos, e ajudou a salvar a vida de um menino de 11 anos que era torturado pela mãe e padrasto. Ela contou ao G1 que estava de folga, mas precisou trabalhar no lugar de um colega que ficou doente. Durante o expediente, ela desconfiou do comportamento de uma família e notou hematomas no rosto da criança. Com isso, escreveu em um papel perguntando se o menino precisava de ajuda, que respondeu balançando a cabeça que sim, após negar inicialmente.
“Me posicionei para que a família não percebesse. Peguei um papel e escrevi perguntando se estava tudo bem. Ele respondeu que sim. Escrevi perguntando se tinha certeza, ele balançou novamente a cabeça dizendo que sim", relata.
A gerente disse que insistiu em questionar o menino porque ele ficava olhando o tempo todo com uma fisionomia abalada.
"Eu não desisti e escrevi 'Do you need help?' , em português: 'Você precisa de ajuda?'. Ele balançou a cabeça que sim e fechou os olhos. Foi instinto materno”, contou a goiana.
O caso aconteceu na noite de 1º de janeiro. Segundo a goiana, a família chegou ao restaurante por volta das 23h, com o menino e uma menina, que era filha do casal.
A gerente disse que, de início, já estranhou o fato de eles terem ido jantar muito tarde, pois, segundo ela, as crianças dos EUA costumam fazer suas refeições mais cedo. Ela contou ainda que era uma noite de calor e, mesmo assim, o menino vestia moletom com capuz.
Gerente escreveu em papel perguntando se menino que era torturado pela mãe e padrasto precisava de ajuda — Foto: Flaviane Pimenta / Arquivo Pessoal
“Todos chegaram e tiraram a máscara, menos o menino. Eles conversavam, riam e brincavam, e o menino ficava calado o tempo todo. Achei muito estranho o comportamento e comecei a observar”, contou.
Segundo a goiana, a família pediu três pratos de comida e o menino ficou sem. Como ela é gerente do restaurante, foi até a mesa para conferir se estava tudo certo ou se faltava algum pedido feito pelo casal. Conforme a gerente, o padrasto foi “ríspido” ao responder que o menino comeria em casa.
Naquele momento, ela disse que o garoto olhou para ela, foi quando percebeu que tinha um corte na sobrancelha dele.
“Eu fiquei apreensiva e passei a observar muito. Teve uma hora que ele se movimentou e, de longe, consegui ver mais roxos no braço dele”, contou.
Padrasto preso no restaurante
A gerente disse que, quando o menino respondeu que precisava de ajuda, não pensou duas vezes em acionar a polícia. Ela contou que três policiais chegaram ao restaurante e começaram a conversar com a família. Em certo momento, um dos agentes pediu para conversar com o menino distante do casal, foi quando ele revelou as marcas pelo corpo.
“O policial levou a criança para fora do restaurante para conversarem sozinhos. Depois de um tempo, o detetive pediu para que ele tirasse a máscara e o moletom. O menino estava todo roxo, no rosto e nos braços também”, contou a goiana.
Ainda conforme a gerente do restaurante, o padrasto saiu do estabelecimento preso. Já criança foi levada por uma ambulância até uma unidade de saúde para receber atendimento médico.
Na última terça-feira (12), a polícia fez uma coletiva de imprensa e divulgou que a mãe também havia sido presa. Na ocasião também relataram que a criança já tinha sido amarrada de cabeça para baixo, torturada com cabo cabo de vassoura e deixada sem alimentação pelo casal. Segundo a goiana, as crianças estão com familiares delas.
Flaviane Pimenta Carvallho, de 45 anos, ajudou a salvar a vida de uma criança que era torturada pela mãe e padrasto, nos EUA — Foto: Reprodução / Instagram
Sentimento de alívio
Flaviane afirma que se sente aliviada em ter conseguido, “por acaso”, salvar a vida do menino. Ela acredita que foi um “propósito de Deus” na vida dela, pois nem deveria ter trabalhado na ocasião.
“Me sinto aliviada porque essa criança está bem agora, fora de risco. Fico feliz por isto, mas eu também tenho um sentimento de revolta muito grande porque acho que nenhum ser humano deve passar por isso. Aqueles que deviam proteger e cuidar queriam matá-lo", desabafa.
Natural de Goiânia, a gerente mora nos Estados Unidos há 13 anos e tem duas filhas, de 18 e 22 anos. Segundo ela, o instinto materno a fez ser forte e denunciar o casal. A goiana, que está sendo considerada uma heroína, espera que sua atitude sirva de exemplo para que as pessoas denunciem casos de agressões contra crianças.
“Único motivo de eu estar falando com a imprensa é para incentivar que as pessoas fiquem mais atentas, ajudem, chamem uma autoridade quando virem casos de agressão. Isso pode mudar a vida de uma pessoa. Salvar uma vida”, contou.