Frases típicas de vó ! Você provavelmente já ouviu alguma delas …
Ana Carolina Conti Cenciani
As avós são seres maravilhosos, vitais para o crescimento dos netos, são uma fonte inesgotável de amor, entendimento, carinho, sabedoria e conselhos. Mas, junto de tudo isso ganhamos um pacote de comentários cômicos e supersticiosos e que todo mundo provavelmente já escutou.
A ‘casa da vó’ é uma das melhores lembranças da infância e é por isso que hoje apresentamos 20 frases típicas dessas avós incríveis, que com suas palavras transmitiram suas experiências e lições aos pequenos.
Frases típicas de vó ! Você provavelmente já ouviu alguma delas …
O clássico “ Vai comer sim ! ” quando você se nega a comer alguma coisa do prato.
Ainda na refeição: “ Quem come quieto almoça e janta ! ”
“ Desvira esse chinelo, menino. Quer que sua mãe morra ? ”
“ Ou caga ou sai da moita ”
“ Remédio pra doido é outro doido na porta ! ”
“ Ô meu filho, não faz careta com esse vento. Já pensou se não volta? Você vai ficar com a cara feia para sempre.”
“ Se você quiser casar,nunca deixe ninguém varrer seu pé, viu minha filha ? ”
Continuando as superstições…
“ Nossa fia, sua orelha está vermelha. Deve ter alguém falando mal de você, cuidado.”
“ Menina, fecha esse guarda-chuva dentro de casa. Isso dá azar ! ”
“ Para de falar isso ! Bate na madeira três vezes pra afastar essa desgraça.”
(Caindo uma tempestade) “ Corre, meu filho ! Vai cobrir os espelhos se não vai atrair raio.”
“ Só quando eu morrer você vai sentir falta da vó ”. As frases em terceira pessoa são clássicas !
“ Pega aqui pra vó não ter que abaixar ! ”
(Você saindo do banho descalço) “ Menino ! Quer ficar com a boca torta ? Vai logo colocar uma chinela.”
“ Ai minha nossa Senhora ! Você engoliu o chiclete? Vai ficar grudado no seu estômago, minha filha.”
“ Meu filho, nunca tome manga com leite, viu? Isso pode te matar ”
“ Para de brincar com o fogo, menino. Quer fazer xixi na cama? ”
“ Esse menino tá demorando muito pra começar a falar. Vamos colocar um pintinho pra piar aqui perto da boca dele, quem sabe dá um jeito.”
E a mais clássica : “ Nossa senhora, minha filha. Tá carregada ein? Vem aqui que a vó vai te benzer.”
E aí, você se identificou com alguma?
Capela
Quanta saudade sinto da
Nossa casinha
Bem pertinho da pracinha
Da matriz lá do lugar
Ainda criança
Eu vibrava de alegria
ouvindo a melodia
Dos sinos a tocar
Quanta saudade
Das fogueiras de São João
Dos arvoredos
Enfeitados de balão
Daquela gente com pés no chão
Feliz rezando
A bandinha ia tocando
No final da procissão
E aos domingos
Levantava bem cedinho
Vestia o meu terninho
E corria pra capela
Rezava apenas uma Ave-Maria
Porque o que eu queria era estar
Pertinho dela
Quanta saudade das
Gangorras de cipó
Quando escondia
Os chinelos da vovó
Da escolinha
9, 8, 16
Ai meu Deus que bom seria
Ser criança outra vez
E aos domingos
Levantava bem cedinho
Vestia o meu terninho
E corria pra capela
Rezava apenas uma Ave-Maria
Porque o que eu queria era estar
Pertinho dela
Quanta saudade das
Gangorras de cipó
Quando escondia
Os chinelos da vovó
Da escolinha
9, 8, 16
Ai meu Deus que bom seria
Ser criança outra vez
Ai meu Deus que bom seria
Ser criança outra vez
Ai meu Deus que bom seria
Ser criança outra vez.
Meus oito anos
Casimiro de Abreu
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
De despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor!
Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d´estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias de minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberto o peito,
– Pés descalços, braços nus –
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
[…]
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!