Ainda estamos aqui. Por Moisés Mendes




Em novembro de 2012, o jornalista José Luís Costa, de Zero Hora, passou um dia sentado na 14ª Delegacia da Polícia Civil de Porto Alegre. Sua tarefa: copiar textos de mais de 200 folhas de papel do acervo macabro do coronel reformado do Exército Júlio Miguel Molinas Dias.

Molinas, ex-diretor do DOI-Codi, havia sido assassinado a tiros em 1º de novembro, na frente de casa, em Porto Alegre, e a polícia encontrara em seu escritório uma pasta com registros da ditadura.

Zé Luís copiou tudo à mão, sem pressa, da manhã à noite, porque o delegado Luis Fernando Martins Oliveira fizera um pedido: nada podia ser fotografado. Eram provas de crimes cometidos pelos militares.

A principal prova encontrada era o registro da entrada do ex-deputado Rubens Paiva no DOI-Codi, na Tijuca, no Rio, no dia 21 de janeiro de 1971. O papel estava lá. Um registro da ‘Turma de Recebimento’, com timbre do Exército.

Ficava provado que Paiva havia sido preso, um dia antes, sendo depois transferido de um quartel da Aeronáutica e ‘recebido’ em um dos mais famosos centros de repressão e tortura da ditadura. E nunca mais seria visto.

Zé Luís ganhou naquele ano o Prêmio Esso nacional de jornalismo, com uma série de reportagens publicada a partir dessa manchete de Zero Hora, de 22 de novembro de 2012: “Deputado Rubens Paiva ficou preso no DOI-Codi”.

Logo depois, no dia 27, o governador Tarso Genro entregou à psicóloga Maria Beatriz Paiva Keller, filha do ex-deputado, uma cópia do documento. A ditadura deixara o rastro de que havia assassinado o pai dela.

A morte do coronel Molinas, por dois policiais militares que tentaram furtar as armas que ele tinha em casa, levou à prova do que a ditadura nunca admitia. Na farsa dos militares, Paiva teria sido sequestrado e morto por companheiros da luta antiditadura, quando se dirigia para um depoimento no quartel da 3ª Zona Aérea, perto do Aeroporto Santos Dumont.

Mas o registro da Turma de Recebimento tinha detalhes dos objetos pessoais e das roupas de Paiva. Ele havia estado ali, onde torturavam e matavam presos políticos.

Molinas guardara, como souvenir do terror, o documento que registrava a prisão e outros papéis com anotações dos desmandos que cometiam em nome do combate à subversão.

O coronel não era o diretor do DOI-Codi em 1971. Assumiu a comando do centro de torturas algum tempo depois e se sentiu no direito de ser o guardião da papelada. Mas já era o chefão do DOI-Codi quando do atentado do Riocentro em 30 de abril de 1981.

Entre os papéis, o jornalista de Zero Hora encontrou uma espécie de diário manuscrito, no qual o coronel anotava articulações e conversas sobre a estratégia para livrar os militares da acusação de que haviam planejado o atentado. Havia até uma cartilha com lições sobre serviços de espionagem.

Quando deixou o Exército e foi morar em Porto Alegre, Molinas decidiu que tudo aquilo era dele. Guardou os papéis na pasta que o delegado achou na casa e um dia, já sabendo que ali estava o registro da entrada de Paiva, confiou ao jornalista.

Por que recontar tudo isso agora? Para que todos os que forem ver o filme ‘Ainda estou aqui’, de Walter Salles Júnior, sobre o drama da advogada Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, saibam que o jornalismo ainda resiste.

José Luís Costa lembra-se da pasta verde, de plástico. Lembra-se do que estava escrito na capa: DOI 1. E do endereço: Rua Barão de Mesquita nº 425. O Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) funcionava no Quartel do 1º Batalhão da Polícia do Exército.

Zé Luís lembra-se do choro de Maria Beatriz quando viu o documento no Palácio Piratini, em Porto Alegre. E do que ela disse aos jornalistas: “Tenho um pouco de medo de saber a verdade. Pode ter acontecido alguma coisa horrível com ele”.

Há coisas horríveis que nunca ficaremos sabendo sobre Rubens Paiva e todos os assassinados e desaparecidos da ditadura. Por que, quando e como mataram Rubens Paiva? Onde se desfizeram do seu corpo?

Vejam o filme e pensem na luta de Eunice e dos filhos e pensem também no jornalismo que ainda sobrevive porque tem perguntas a fazer, como Eunice fazia, e não desiste de encontrar respostas.

Pensem que aos criminosos impunes da ditadura, dos grandes chefes aos torturadores, não poderão se juntar os ainda impunes civis e militares da tentativa de golpe liderada por Bolsonaro. Não podem, não devem, não irão se juntar.

Pela luta e pela memória de Rubens Paiva, de Eunice e de todos os que foram e são perseguidos pelo fascismo, ainda estamos aqui.











A profundidade sentimental nas canções do Bee Gees

 


A cada amanhecer a vida se refaz e as oportunidades se apresentam. Setembro vou e Outubro chegou com a primavera... Essa vem embalando os dias, enquanto a esperança se reaviva. E para acompanhar essa " dança" nada mais oportuno do que relembrar a canção “How Deep Is Your Love”, a favorita do Bee Gees.

Mesmo que os cenários sejam oscilantes, a única alternativa é continuar apostando na vida. Entre o otimismo e o pessimismo está o equilíbrio, próprio de quem não se ilude e nem perde a oportunidade de visualizar a luz que está lá adiante.

E para acompanhar essa ascenção, a trilha sonora é importante. Canções que transmitem calma e emoções genuínas fazem bem para a alma. Então nada melhor do que conhecer um pouco da trajetória desse trio.

A Carreira de sucesso do Bee Gees

Bee Gees, um dos trios mais famosos do mundo, formado pelos irmãos Maurice, Barry e Robin Gibb, nasceu ainda na década de 1950, na Austrália – embora sejam naturais da Ilha de Man.

Bee Gees

Depois de descobrir o talento e harmonia entre os filhos, o pai Hugh Gibb incentivou os irmãos a fazerem apresentações em shows de calouros. O reconhecimento veio pouco tempo depois, na década de 1960, quando assinaram contrato com a Festival Records.

Eles gravaram a faixa “Wine And Women” – que os destacou – e conseguiram lançar, em 1965, o primeiro álbum, intitulado The Bee Gees Sing and Play 14 Barry Gibb Songs. O segundo disco, chamado Spicks And Specks, foi divulgado em 1966 e chamou atenção na Austrália pela canção-título.

Já na Europa, como uma banda oficial, os artistas contrataram mais dois integrantes para assumirem a bateria e a guitarra: Colin Petersen e Vince Melouney, respectivamente. Em 1967, os Bee Gees estrearam o terceiro álbum de estúdio deles, nomeado Bee Gees’ 1st, e estouraram com o single “To Love Somebody”. Depois veio “Massachusetts”, presente no disco do ano seguinte, Horizontal.

Ainda em 1968, chegou às lojas o quinto álbum da banda, com o título Idea. O material foi um dos mais bem-sucedidos da carreira deles e revelou os hits “I’ve Gotta Get A Message To You” e “I Started A Joke”.

A passagem do tempo na carreira do Bee Gees

Já em 1969, com a chegada do álbum Odessa, promovido pelos singles “First Of May” e “Lamplight”, também veio a demissão do guitarrista Vince e a grande polêmica entre os irmãos Robin e Barry, que disputavam liderança de voz. Robin decidiu deixar o grupo. Pouco depois, o baterista Colin também se despediu.

Barry e Maurice seguiram fazendo algumas músicas, que resultaram no disco Cucumber Castle. O single deste trabalho foi “Don’t Forget To Remember”. Em meados de 1970, os irmãos se reconciliaram, Robin retornou a banda e os Bee Gees passaram a ser, oficialmente, um trio. A volta foi marcada pelo álbum 2 Years On, que contou com a faixa “Lonely Days”.

Um ano depois, os músicos lançaram Trafalgar, responsável pelo single “How Can You Mend A Broken Heart?”. A canção assumiu o primeiro lugar nas paradas de vários países. Em 1972, foi a vez de “Run To Me”, parte do disco To Whom It May Concern, conquistar a Europa e a América Latina. Run To Me eu já editei aqui no meu canal no YouTube. É uma canção maravilhosa! Ouça um pouquinho:


Depois destes sucessos, os artistas enfrentaram uma fase bastante difícil na carreira, sem alcançar notoriedade nos novos lançamentos. Os irmãos Gibb se mudaram para os Estados Unidos em 1973 e divulgaram o álbum Mr. Natural – que também não triunfou, mas marcou a mudança no estilo musical do grupo, voltado mais para o soul.

Eles não desistiram. Em 1975, desenvolveram um material extremamente bem trabalhado e tiveram de volta o topo dos rankings internacionais. Chegou às lojas Main Course, dono dos hits “Fanny”, “Nights On Broadway” e “Jive Talkin”.

No ano de 1976, começou a “Era Disco” da banda, com o álbum Children Of The World, integrado por “You Should Be Dancing” – que apresentou ao mundo o famoso falsete de Barry. Sim, essa também editei com muito orgulho. Que era maravilhosa!


O verdadeiro estouro ainda estava por vir. Os cantores foram convidados para participar da trilha sonora do filme “Os Embalos de Sábado à Noite”, de 1977. Foi quando “More Than A Woman”, “How Deep Is Your Love” e, é claro, “Stayin’ Alive” viraram febre.

Sobre o lançamento de “How Deep Is Your Love”

" How Deep Is Your Love " é uma balada pop escrita e gravada pelos Bee Gees em 1977 e lançada como single em setembro daquele ano. Foi finalmente usada como parte da trilha sonora do filme Saturday Night Fever.

Foi um hit número três no Reino Unido e na Austrália. Nos Estados Unidos, chegou ao topo da Billboard Hot 100 em 25 de dezembro de 1977 e permaneceu no Top 10 por 17 semanas.

"How Deep Is Your Love" ficou em 375º lugar na lista da Rolling Stone das 500 melhores canções de todos os tempos . Em um especial da TV britânica exibido em dezembro de 2011, foi eleita a canção favorita dos Bee Gees pela ITV. Durante a entrevista dos Bee Gees para a revista Billboard em 2001, Barry disse que esta era sua canção favorita dos Bee Gees.

O significado da canção favorita dos Bee Gees

A canção 'How Deep Is Your Love', é uma expressão poética do amor profundo e resistente. Lançada em 1977, a música se tornou um clássico da era disco, mas sua mensagem transcende os limites de uma única época, tocando corações por gerações.

A letra fala de um amor que é sentido intensamente, tanto na luz do sol da manhã quanto na chuva torrencial, simbolizando a presença constante e reconfortante do ser amado em todas as circunstâncias.

A música também aborda a necessidade de demonstração e reafirmação desse amor. O refrão 'How deep is your love?' não é apenas uma pergunta retórica, mas um apelo para que o parceiro mostre a profundidade de seus sentimentos, em um mundo que muitas vezes tenta desvalorizar e desfazer os laços afetivos.

A profundidade dos sentimentos em How Deep Is Your Love

A referência a 'um mundo de tolos' que tenta 'nos derrubar' pode ser interpretada como uma crítica àqueles que não compreendem ou valorizam o amor verdadeiro, sugerindo que o relacionamento pertence apenas aos dois envolvidos, isolado das influências externas.

Musicalmente, os Bee Gees são conhecidos por suas harmonias vocais distintas e a capacidade de capturar emoções complexas em melodias cativantes. 'How Deep Is Your Love' é um exemplo perfeito dessa habilidade, com sua melodia suave e letras que falam diretamente ao coração.

A música não apenas questiona a profundidade do amor, mas também celebra sua existência e a importância de preservá-lo contra as adversidades. É uma ode à conexão humana mais profunda e um lembrete de que, no final, o amor é o que realmente nos pertence. Tomara que aprecie a primeira edição de outubro. Até mais!


Referências e pesquisa:












Leonel Radde fala sobre a eleição de Trump nos Estados Unidos

 


@leonelradde UM PSEUDO FASCISTA NA CASA BRANCA. Trump voltou à Casa Branca, provando o quanto o fascismo é preocupante. O crescimento do fascismo é significativo pelo mundo todo. No Brasil, muitos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro estão empolgados.  Assista minha fala na tribuna nesta quarta-feira. #leonelradde #eleicoesamericanas #bolsonaropreso #antifascistasiempre ♬ som original - Leonel Radde



Saiba o que é o “namoro solo”, a nova tendência da Geração Z



Uma nova tendência entre os jovens da Geração Z vem ganhando força e gerando polêmica: o "namoro solo", ou "solo dating".

Uma nova tendência entre os jovens da Geração Z vem ganhando força e gerando polêmica: o “namoro solo”, ou “solo dating”. Ao invés de buscar um relacionamento romântico ou esperar pela companhia de alguém, muitos jovens estão optando por se conhecerem e se curtirem sozinhos. 

A prática, que viralizou nas redes sociais, incentiva as pessoas a aproveitarem sua própria companhia em atividades que antes eram associadas a encontros românticos.

O que é namoro solo?

No conceito de namoro solo, o objetivo é parar de esperar um parceiro para fazer atividades prazerosas e começar a realizá-las de forma independente. Desde levar um livro para ler em um café, ir ao cinema sozinho ou até jantar em um restaurante, o namoro solo estimula o autoconhecimento e o prazer da companhia própria. Nas redes sociais, vídeos com a hashtag #solodating somam milhões de visualizações, mostrando como a prática vem crescendo e sendo abraçada por jovens de várias partes do mundo.

Para esses jovens, o namoro solo representa uma forma de explorar novos caminhos e sair da pressão social de encontrar um par.


Por que o namoro solo ganhou popularidade?

Há várias razões por trás do sucesso do namoro solo. Em tempos em que a liberdade e o empoderamento pessoal são valorizados, o conceito de auto-cuidado e auto-suficiência ganhou espaço. Para muitos, trata-se de um modo de demonstrar amor-próprio e entender melhor o que realmente traz felicidade, longe das expectativas tradicionais de um relacionamento.

O solo dating também reflete uma tendência de priorizar a saúde mental e emocional. Para muitos jovens, estar em um relacionamento não é mais um objetivo de vida, mas sim uma escolha que só vale a pena se trouxer bem-estar. O namoro solo é uma oportunidade de auto-exploração e, ao mesmo tempo, um caminho para encontrar sentido em outras experiências, como amizades e laços familiares.


A polêmica: Uma fuga de relacionamentos?

Apesar de toda a positividade, o namoro solo também divide opiniões. Algumas pessoas o veem como uma forma de evitar a vulnerabilidade e a complexidade dos relacionamentos amorosos. Outros ainda questionam se a tendência pode resultar em um isolamento maior e na dificuldade de se conectar com outras pessoas.


Curiosamente, essa tendência também está alinhada com as novas descobertas sobre a felicidade de mulheres solteiras. Estudos recentes indicam que as mulheres, em média, são mais felizes quando estão solteiras, encontrando satisfação na autonomia e em relações de amizade e familiares. O namoro solo reflete esse desejo de liberdade e pode ser visto como uma extensão natural dessa nova percepção de felicidade.


Para muitos, o namoro solo é apenas uma fase, enquanto para outros é uma escolha duradoura. Em qualquer caso, ele representa uma mudança no modo como a Geração Z enxerga relacionamentos e o amor-próprio. 

Em um mundo onde as possibilidades são infinitas, estar solteiro – e feliz – é cada vez mais uma escolha consciente, e não uma espera por alguém.



Veja no link abaixo o que é a Geração Z :







Para uma vida com qualidade

 


Para falar de qualidade de vida, precisamos colocar o foco na pessoa. Pensar e agir em função das suas necessidades, seus direitos e seu bem-estar a fim de ajudá-la a alcançar uma vida que vale a pena viver.

Viver e viver com qualidade não são a mesma coisa. Esse pequeno sobrenome que damos à vida é o que nutre a verdadeira felicidade e satisfação pessoal. Embora a qualidade de vida tenha sido mais trabalhada no mundo da deficiência intelectual, é um aspecto que afeta a todos nós.

Você já parou para refletir sobre o que realmente significa qualidade de vida? O que significa viver com qualidade? Significa apenas ter saúde física e mental? Você poderia ter uma vida digna e sem doenças, mas com pessoas ao seu redor que fariam e decidiriam tudo por você?

Esta última questão é muito interessante e o ponto de partida desse conceito. Muitas vezes pensamos que uma “vida boa” é ter pessoas que fazem tudo por você. Pessoas que limpem você, que cozinhem para você, que deem para você tudo o que você gosta, etc. No entanto, é possível ser realmente feliz e se sentir útil dessa forma?


O que significa qualidade de vida?

Antes de dar alguns passos em direção ao bem-estar, devemos parar e pensar no que significa ser feliz, como podemos saber se nossa vida tem qualidade ou não e do que precisamos para melhorar essa qualidade. O primeiro passo que teríamos que dar seria entender o que realmente significa a qualidade de vida.

Os autores Schalock e Verdugo, expoentes máximos desse modelo, explicam que uma pessoa pode ter qualidade de vida quando suas necessidades são satisfeitas e ela tem a oportunidade de enriquecer sua vida nas áreas que seriam importantes. O que significa isso? Como saber se nossas necessidades são satisfeitas?

Podemos decompor o que significa qualidade e dividir sua semântica em partes menores para enxergar melhor seu significado completo. Para fazer isso, podemos dividir a qualidade de vida em oito dimensões ou áreas que todos deveriam cultivar. As dimensões da qualidade de vida são o bem-estar emocional e material, as relações pessoais, o desenvolvimento pessoal, o bem-estar físico, a autodeterminação, a inclusão social e os direitos.

Os pilares que sustentam a felicidade das pessoas são independência, participação social e bem-estar físico e mental. Se um desses pilares for quebrado ou enfraquecido, a satisfação da pessoa também pode ser prejudicada.

A importância daqueles que nos rodeiam

Os seres humanos não vivem em bolhas, isolados dos outros. Não podemos compreender a qualidade de vida sem levar em conta as pessoas ao nosso redor. Isso inclui tanto pessoas próximas a nós quanto outras que talvez nem sequer conhecemos, mas que de uma forma ou de outra nos influenciam.

A família, as pessoas com quem você mora, os amigos e colegas de trabalho são pessoas com as quais você interage diariamente. Com elas você ri, cria momentos felizes, recebe apoio nos momentos tristes, aproveita o seu tempo livre e compartilha a maior parte da sua vida.

Não podemos esquecer que vivemos cercados de outras pessoas ou grupos que também acabam influenciando o nosso dia a dia. As pessoas que fazem parte da comunidade, como a mulher que nos atende no supermercado, a professora da academia, o vizinho do lado, etc., também exercem impactos na nossa vida.

Além disso, todos fazemos parte de uma cultura que segue certas leis ou regras sociais. Essas normas impactam nossa maneira de ver a vida, nossos valores, nossas crenças e o significado do que nos rodeia. O que em uma determinada cultura pode ser considerado algo positivo em outra pode ser visto de forma muito negativa.

Passos que nos aproximam de uma vida com qualidade

Dependendo de onde estivermos, a maneira de melhorar a qualidade de vida assume uma forma ou outra. Quando falamos do sistema social e cultural, os passos necessários serão a modificação das políticas sociais, os direitos e a igualdade, bem como a existência de um suporte econômico para que se possa avançar.

Quando falamos de qualidade de vida nas empresas ou organizações que nos rodeiam, temos que direcionar o foco para a mudança organizacional, as políticas internas e externas, as atividades e a formação direcionadas à inclusão dessa visão na organização.

Se o que queremos é exercer um impacto na qualidade de vida de uma pessoa, teremos que nos concentrar nas oito dimensões que comentamos. Um dos modelos mais úteis para melhorar a qualidade de vida de outras pessoas é o planejamento centrado na pessoa.


Planejamento centrado na pessoa

O planejamento centrado na pessoa ou PCP se baseia em focar na pessoa, posicionando-a bem no centro daquilo que queremos observar. Esse olhar deve sempre levar em conta que o ser humano é único, tem direitos inalienáveis, é um ser independente com gostos e preferências próprias.

Conhecer e entender o que a pessoa sente, quais são seus pontos fortes, suas aspirações e capacidades será essencial no processo de melhoria da qualidade de vida. É necessário dar voz à pessoa, empoderá-la e atender as suas necessidades e as necessidades das pessoas ao seu redor.

Satisfazer as dimensões da qualidade de vida da pessoa, cuidar de quem está ao seu redor e nos apoiar nos pilares da autodeterminação, da participação social e do bem-estar são os passos que devemos dar para começar a trilhar esse longo caminho que chamamos de qualidade de vida.


Bibliografia

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.

Todos somos todos. Derechos y calidad de vida de las personas con discapacidad intelectual mayores necesidades de apoyo. Informe ejecutivo

El concepto de calidad de vida en los servicios y apoyos para personas con discapacidad intelectual. Schalock y Verdugo.

Modelo de calidad de vida aplicado a la atención residencial de personas con necesidades complejas de apoyo.

Discapacidad e inclusión. Manual para la docencia, Schalock y Verdugo. 2013

Calidad de vida. Manual para profesionales de la educación, salud y servicios sociales. Schalock y Verdugo. 2003.

Planificación centrada en la persona. Guía FEAPS. 20007


 Escrito e verificado por a psicóloga Andrea Pérez.