California Dreamin é o maior sucesso do The Mamas & The Papas
É praticamente impossível encontrar alguém que ainda não ouviu "California Dreamin", uma popular canção do grupo norte-americano The Mamas & the Papas, lançada originalmente em 1965.
A música é tão conhecida que ocupa a posição #89 na lista publicada pela revista Rolling Stone das 500 melhores canções de todos os tempos.
Liricamente expressa nostalgia e saudade do calor da Califórnia durante um inverno particularmente frio. No Brasil, foi a 21ª música mais tocada nas rádios em 1966 e agora você conhecerá mais detalhes desta grande obra:
Saudades do Sol: A Nostalgia de "California Dreamin''
A canção 'California Dreamin'' do grupo The Mamas & The Papas é um clássico da música folk rock que captura a essência da saudade e do desejo de escapar para um lugar mais quente e acolhedor.
Lançada em 1965, a música se tornou um hino para aqueles que anseiam por mudanças e por um refúgio das adversidades, especialmente as climáticas. A letra descreve um passeio em um dia de inverno, onde as folhas estão marrons e o céu está cinza, cenário que contrasta fortemente com o calor e o brilho associados à Califórnia.
Folhas marrons e céu cinza na canção California Dreamin
O refrão 'California dreamin' on such a winter's day' revela um desejo profundo de estar em Los Angeles, onde o narrador acredita que estaria seguro e aquecido. A Califórnia, conhecida por seu clima ameno e ensolarado, é idealizada como um paraíso distante da frieza do inverno.
A música também menciona uma parada em uma igreja, onde o narrador se ajoelha e finge orar. Essa ação pode ser interpretada como uma busca por conforto espiritual ou como uma crítica sutil à superficialidade de certos rituais religiosos, onde o pregador parece mais interessado no frio do que na fé genuína.
Busca por conforto espiritual na canção California Dreamin
A repetição das linhas sobre as folhas marrons e o céu cinza reforça a monotonia e o descontentamento com o ambiente atual, enquanto a possibilidade de partir para a Califórnia oferece um vislumbre de esperança e liberdade.
O contraste do céu cinza com o céu azul no mar da Califórnia
A música, com sua melodia cativante e harmonias vocais marcantes, tornou-se um símbolo da contracultura dos anos 60 e continua a ressoar com ouvintes que compartilham do mesmo anseio por um lugar onde possam se sentir mais vivos e em paz.
O Grupo The Mamas & The Papas
The Mamas & The Papas foi um grupo vocal formado na Califórnia, Estados Unidos, nos anos 1960, por John Phillips (responsável pelas composições do grupo), Michelle Phillips, 'Mama' Cass Elliot e Denny Doherty.
The Mamas And The Papas
Entre 1966 e 1968, alcançaram renomados sucessos nas paradas de todo o mundo com canções como "Monday, Monday" e "California Dreamin", até hoje suas canções mais conhecidas.
O The Mamas & The Papas foi uma das únicas bandas norte-americanas a conseguir manter o sucesso e a par de poder competir com a Invasão Britânica. O grupo gravou e se apresentou de 1965 a 1968, lançando cinco álbuns e legou dez sucessos entre os compactos mais vendidos.
O grupo teve bastante sucesso, que se deve as belas harmonizações vocais, acompanhamento em estúdio, de seus discos, por músicos profissionais, e a sua participação na contracultura sessentista.
O grupo também deixou um legado de excelentes releituras de vários sucessos de outros artistas dos anos 1960, como “I Call Your Name”, “Do You Wanna Dance?”, “My Girl” e “Twist and Shout”.
E nada melhor do que sonhar com a Califórnia em um dia lindo de verão em contraste com o rigoroso inverno retratado na canção. É a edição inédita da semana !
Referências & Pesquisa
NSDR : a técnica de repouso profundo sem dormir
O repouso profundo sem sono mergulha a pessoa em um estado de calma e reparação que traz grandes benefícios. Saiba em que consiste.
Lidar com um longo dia de trabalho nem sempre é fácil. Às vezes sentimos que, no meio do dia, a mente não aguenta mais, temos dificuldade de concentração, nos sentimos irritados e demoramos mais para realizar tarefas simples. Algumas pessoas contornam esse problema tirando uma soneca, mas nem sempre é a melhor solução. Uma boa alternativa é o repouso profundo sem dormir.
Esta fórmula foi proposta por Andrew Huberman, um neurocientista de Stanford, que a sugere como uma forma de recuperar a nível físico e melhorar o funcionamento cognitivo. É especialmente interessante para empreendedores, CEOs e pessoas que carregam uma carga mental pesada ou trabalham sob pressão. No entanto, é útil para todos.
A técnica do repouso profundo sem sono: em que consiste?
Como o próprio nome explícito sugere, essa técnica propõe que a pessoa alcance um estado de calma profunda, semelhante ao sono, mas sem realmente adormecer. No processo, o cérebro entra em ondas teta e alfa, o corpo relaxa e a mente desacelera.
O non sleep deep rest (NSDR) é uma técnica semelhante à hipnose e à meditação e tem sua origem no Yoga Nidra. Isso acalma o corpo e a mente e convida a pessoa a focar sua atenção em certas sensações específicas.
Desta forma, ele consegue escapar do exterior (diminuindo a consciência do espaço e do tempo) e da tagarelice interior da mente que assedia com pensamentos e preocupações.
Quais são os benefícios do descanso profundo sem dormir?
Entrar nesse estado de sonho, mesmo que por curtos períodos, traz benefícios significativos. Conforme afirmado em uma revisão publicada em Sleep and Vigilance, entre as principais vantagens estão as seguintes:
Proporciona descanso físico e mental
Quando nos sentimos cansados, pensamos que, sentando-nos ou deitando-nos um pouco, resolveremos o problema. Mas a verdade é que existem vários tipos de fadiga e a mental não se combate imobilizando o corpo: temos de dar um descanso à mente.
Assim, depois de uma manhã de trabalho raciocinando, resolvendo problemas ou gerando ideias (em estado de onda beta), o descanso profundo sem dormir nos permite desacelerar nossos pensamentos e entrar naqueles estados cerebrais que proporcionam calma e restauração (Kumar & Joshi, 2009).
Reduzir o estresse
Por exemplo, no caso dos espanhóis, o estresse é uma doença endêmica que afeta 96% das pessoas de forma pontual e mais de 42% continuamente, de acordo com o VII Estudo CinfaSalud Percepção e hábitos da população espanhola em relação ao estresse.
Além disso, de acordo com um artigo publicado no Cell Reports Medicine, a respiração profunda (discutida no NSDR) proporciona uma diminuição da excitação física e psicológica, reduz a ansiedade e melhora o humor.
Assim, a frequência cardíaca diminui, a respiração fica mais completa à medida que a capacidade pulmonar aumenta e a atenção é focada. Tudo isso gera agradáveis sensações de relaxamento que nos protegem contra os efeitos do estresse.
Melhora o funcionamento cognitivo e a produtividade
Esse tipo de descanso também é uma ótima estratégia para aumentar a produtividade e o desempenho no trabalho, pois contribui para melhorar o funcionamento cognitivo.
Especificamente, promove a retenção de informações, melhora a memória e o aprendizado e promove a neuroplasticidade. Isso contribui para alcançar melhor desempenho e maior concentração durante as tarefas.
Na verdade, como sugere um artigo publicado nos Anais da Academia de Ciências de Nova York, as práticas meditativas podem ser uma excelente ajuda no tratamento de doenças neurodegenerativas.
Aumenta a criatividade e a motivação
O aspecto criativo, a mente aberta e o pensamento original também são favorecidos por essas curtas pausas. E isso se deve, por um lado, ao fato de o cérebro entrar em estado de ondas teta (associadas à criatividade) e, por outro, ao aumento de dopamina na via nigroestriatal do cérebro, área relacionada ao pensamento divergente.
Este mesmo neurotransmissor ( dopamina ) é responsável pela motivação, reforço e determinação, por isso a prática do NSDR pode fornecer o impulso necessário para focar e atingir determinados objetivos.
É útil para combater a insônia
Por fim, embora pareça paradoxal, descansar sem dormir é uma boa ferramenta para quem sofre de insônia. E é que, embora durante sua prática o objetivo não seja adormecer, ajuda a controlar ou regular melhor a ativação do próprio corpo e mente e a capacidade de relaxar.
Como aplicar a técnica do repouso profundo sem dormir?
A execução dessa prática é simples e não requer preparo excessivo. Basta que a pessoa se deite de costas em uma superfície confortável, feche os olhos e comece a praticar a respiração lenta e profunda.
Com a ajuda de um guia virtual (um áudio que oferece instruções precisas) você irá escanear seu corpo em sua mente, sentindo o contato com a superfície e focando sua atenção nas diferentes áreas do corpo; Desta forma, a pessoa entra em um foco intenso, a fim de entrar no estado de relaxamento.
Recomendações finais
Não há um tempo específico para realizar esta prática, 10 minutos podem ser suficientes, mas é possível estender para meia hora ou até uma hora, dependendo do tempo disponível ou de suas próprias necessidades. No entanto, é aconselhável praticar todos os dias à mesma hora e criar uma espécie de rotina que nos permita ser regulares.
Com o hábito, é possível que o descanso profundo sem dormir se torne o melhor aliado para combater o cansaço e o esgotamento mental,renovar a concentração, a motivação e ser mais criativo, além de rodutivo.Então, por que não tentar?
Toques espirituais para corações que cantam
Eu fui lá em cima e peguei uma estrelinha.
Carreguei-a em meu colo, como um bebê luz.
Eu fui lá em cima e peguei uma estrelinha. Carreguei-a em meu colo, como um bebê luz.E ela me perguntou:
"Para onde você me leva?"
E eu lhe disse: "Para o céu do meu coração."
Então, ela riu e me pediu uma canção de ninar. E eu cantei para ela, como cantam as estrelas.
E, assim, viemos juntos do céu, num raio de luz.
E, agora, ela está dormindo dentro de mim. Sim, ela entrou em meu coração... E ambos se fundiram.
Ah, eu tenho uma estrela-bebê em meu peito.
E um Grande Amor brilhando tanto...
P.S.: Por amor, semeamos estrelas. E elas vão por aí... Brilhando e rindo.
Às vezes, elas entram em outros corações...
E pedem canções de ninar, em espírito. E quem canta para elas, sente algo mais. Sim, algo mais...
Um Amor. Uma Luz. Ah, isso não se explica, só se sente...
(Dedicado a Fernando Pessoa e a todas as pessoas que carregam estrelinhas em seus corações, sem jamais deixarem de sonhar e cantar o Amor e a Luz.)
- Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma.
- Notas:* Este texto foi extraído do livro "Vida e Imortalidade da Consciência (Há Algo Mais... Um Amor, Uma Luz)", publicado pela Edições Mahatma, de Lisboa, Portugal. linkObs.
Abaixo a música que eu estava ouvindo enquanto reeditava estas linhas. Only a Dream in Rio" - do vocalista americano James Taylor (com Milton Nascimento e Naná Vasconcelos).
Nota ( Rosa Maria - Editora do Blog )
No começo dos anos 80, James Taylor estava passando por uma fase muito difícil na carreira e na vida pessoal. Seus discos vendiam pouco, seu casamento com Carly Simon terminou, seus amigos John Belushi e Dennis Wilson morreram precocemente e ele se perdia cada vez mais no vício em heroína.
Deprimido, ele já pensava em se aposentar da música quando foi convidado pra tocar no Rock In Rio de 1985. Ele aceitou e se surpreendeu muito com a resposta das 300 mil pessoas que acompanharam seu show e sabiam as letras de suas músicas.
A reação do público foi tão boa que o show foi estendido e o show seguinte (do cantor George Benson) teve que ser encurtado. Dois dias depois, quando ambos iriam tocar novamente, Benson sugeriu que os shows fossem invertidos para que James pudesse brilhar.
A resposta positiva do público o energizou e o ajudou a retomar a carreira e se livrar das drogas nos anos seguintes. Essa música, "Only a Dream in Rio", é uma homenagem a esse dia que mudou sua vida.
E por falar em Amor e Estrelas, não me canso de ver o vídeo abaixo. Amo a música Perhaps Love ( Talvez o Amor ) de John Denver. Cantada por John Denver e Placido Domingo.
Acredite na força que você tem
Uma das coisas mais complexas da vida é sair do casulo e alçar novos voos... A evolução faz parte da vida e mesmo que doa, o final pode ser gratificante...
"Mudar... Tá aí algo difícil para algumas pessoas.
Mudar a aparência, mudar as atitudes, mudar de opinião, de ideia, mas, principalmente, mudar a consciência. Se ver como um ser em evolução.
Mudar velhos hábitos. Mudar tudo que atrasa o riso, que atrasa o passo... Tudo que pode impedir sua transformação em um ser melhor.
Para mudar é preciso, antes de tudo, o reconhecimento de que aquilo que você é e faz já não é bastante para sua felicidade.
A transformação do botão de rosa em flor é a sua maior evolução
Mudar, muitas vezes, dói. Todo reinício é difícil, mas no fim é gratificante.
Afinal, evoluir faz parte da vida.
Você não está aqui para ser a mesma coisa até o fim da vida.
Mudar é sinal de inteligência, de coragem. E, acima de tudo, de força.
Acredite na força que você tem."
A canção do Passanger - Let Her Go - é a transformação que você precisa ouvir:
A canção "Let Her Go" foi oficialmente comercializada como um single do álbum “All the Little Lights”, realizado no dia 24 de fevereiro de 2012, e foi lançada separadamente pouco tempo depois, no dia 24 de julho do mesmo ano.
Essa foi a produção responsável por elevar a carreira do cantor Michael Rosenberg, nome original de Passenger, que atingiu sucesso astronômico com a faixa.
Passenger é extremamente talentoso e sua voz emociona
O estúdio Linear Recording, em Sidney, recebeu em 2011, o próprio Passenger, junto do produtor Chris Vallejo, para conceber a canção. Por conta de poucas pessoas envolvidas na produção, a música incorpora um ritmo bem mais intimista, e por isso é incorporado ao gênero acústico, além do folk rock e indie pop.
A letra é especialmente feita como uma poesia melancólica, e descreve o fim de um relacionamento. Quem performa grande parte dos instrumentos também é Passenger, e provou a diversidade do musicista.
Enfim, confira o vídeo que editei nesta semana e inscreva-se em meu canal no YouTube. Garanto que vai se emocionar profundamente. Até mais gente linda!
Referências: Texto entre aspas de Josy Maria
Atriz e ativista norte-americana Susan Sarandon discursou na manifestação a favor da Palestina no Washington Square Park
Publicado por Julio Cesar Silva
Sob chuva, a atriz e ativista norte-americana Susan Sarandon discursou na manifestação a favor da Palestina no Washington Square Park, em Nova York, neste sábado (2).
Para a multidão, ela fez duras críticas aos ataques israelenses aos civis em Gaza e Rafah e citou também as pessoas que fecham os olhos para a escalada do conflito no Oriente Médio.
“Nosso inimigo é o ódio, o racismo, a colonização. O inimigo é o silêncio de quem desvia o olhar. Falar verdades inconvenientes pode custar muito. Mas você não está sozinho. Ninguém é livre, até que todos nós sejamos livres. Palestina Livre!”, afirmou.
A atriz teve seu contrato recindido com a United Talent Agency (UTA) após uma sequência de discursos em defesa da população palestina no fim de 2023. Recentemente, Susan saiu em defesa das falas de Lula sobre o conflito em Gaza.
Confira o vídeo:
"Nosso inimigo é o ódio, o racismo, a colonização. O inimigo é o silêncio de quem desvia o olhar. Falar verdades inconvenientes pode custar muito. Mas você não está sozinho. Palestina Livre!"
— FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) March 3, 2024
Susan Sarandon. De arrepiar. Na chuva, pra lavar a alma dos palestinos e de todos nós. pic.twitter.com/ygd3wMkAxU
Após muito esforço e trabalho bem feito vem a recompensa !
O comovente VÍDEO em que a mãe se emociona ao descobrir que filha foi aprovada em medicina
A estudante Ana Luiza Costa Leite, de 21 anos, viralizou nas redes sociais ao compartilhar um vídeo em que conta para sua mãe que foi aprovada em medicina.
Nas imagens, a jovem surpreendeu a mãe ao aparecer no trabalho dela para anunciar sua aprovação no curso pela Universidade de Rio Verde (UniRV), em Goiás. Alinne Borges, de 41 anos, não teve outra reação a não ser chorar.
“Ela ficou emocionada porque sabe o quanto foi difícil. Ela via o quanto eu chorava e ficava estressada de exaustão, por tanto estudar e ainda dormir pouco”, disse a estudante ao g1.
Veja o vídeo:
🥹 Filha chega de surpresa no trabalho da mãe para contar que passou em medicina
— Metrópoles (@Metropoles) March 2, 2024
Que lindo! A estudante Ana Luiza passou no vestibular de medicina e não segurou a emoção, foi pessoalmente contar para sua mãe, no trabalho da big querida pic.twitter.com/DXYDry1ZKk
A saga de Jesus : o palestino perseguido por Israel
Devido à sua origem palestina, Jesus também foi acusado de “terrorismo”, mesmo sem nunca ter utilizado qualquer tipo de arma. Era “persona non grata” em Israel.
Jesus nasceu em Belém, cidade localizada em um território palestino ilegalmente ocupado por Israel. Como a região não era amistosa para recém-nascidos, haja vista o crescente número de ataques israelenses que matavam, principalmente, crianças; os pais de Jesus – Maria e José – consideraram melhor migrar para o Egito. Na época, uma ministra de Israel, inclusive, chegou a afirmar estar orgulhosa com as “ruínas na Palestina” provocadas pelo exército israelense.
Aos 30 e poucos anos, depois de viver em diferentes campos de refugiados, Jesus voltou à região. Como muitos migrantes, foi tentar a sorte em Israel, mais precisamente em Jerusalém, outra área ilegalmente ocupada. A ele se juntaram doze indivíduos, depois chamados “discípulos”, também pertencentes à classe baixa. Por causa da origem humilde, eram constantemente importunados pela polícia. Além disso, por serem palestinos, tinham o status de cidadãos de segunda classe, assim como todos aqueles que não fossem brancos e israelenses. Com frequência eram acusados de formar uma “organização terrorista”.
Inconformado com a ordem vigente, Jesus, acompanhado de seus amigos, começou a pregar, pacificamente, em favor da justiça social, tanto em Israel quanto na Palestina. A princípio, as autoridades israelenses não levaram a sério os discursos de Jesus, consideravam só mais um “comunista”, “cabeludo utópico” e “subversivo”.
No entanto, à medida que cresceu a popularidade de Jesus entre os pobres, ele passou a incomodar os poderosos e os autointitulados “cidadãos de bem”. Seus discursos pacifistas contrastavam com as ideias de um conhecido líder que defendia o armamento da população, mais conhecido por seus fanáticos seguidores como “mito”.
Em duas ocasiões, como Israel proibiu a entrada de ajuda humanitária para os palestinos, Jesus promoveu a multiplicação de pães e peixes para alimentar as multidões que o acompanhavam. Os cidadãos de bem viram aquilo com desconfiança, pois, para eles, é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe.
Certa vez, ao impedir que uma mulher acusada de adultério fosse apedrejada, Jesus foi rotulado como “defensor de bandido”. Um dos homens que ameaçou iniciar o apedrejamento chegou a dizer à mulher, supostamente adúltera, que só não a estuprava porque ela não merecia.
Ao visitar o templo de Jerusalém, Jesus observou a verdadeira face do uso comercial da religião. Um dos sacerdotes vendia águas ungidas, segundo ele, com propriedades que curavam doenças. Outro, comercializava toalhas supostamente milagrosas. Já um líder religioso, mais ousado, vendia terrenos no céu. Tal como na música de Zé Geraldo, naquele templo, Deus também não podia entrar. Em contrapartida, seu maior “rival”, Lúcifer, era sempre bem-vindo. Furioso, Jesus se esforçou para expulsar os vendilhões do templo.
Por lá também havia um estranho ritual de idolatria a uma espécie de roda primitiva (muitos séculos depois, com os avanços tecnológicos, os adeptos dessa seita passaram a ter outro objeto de culto: um pneu de caminhão).
Pelo histórico de Jesus em defesa da justiça social, denúncias do massacre de seu povo, gestos de caridade e falas constantes contra os ricos; parlamentares conservadores, integrantes do Movimento Israel Livre (MIL), propuseram a criação de uma CPI contra o palestino. Os “cidadãos de bem” não suportavam os atos de um “cidadão do bem”. Tornava-se inadmissível que um sujeito que não discriminava a “escória da sociedade” permanecesse impune.
No entanto, era preciso ir além! Desse modo, com o auxílio de Roma (a potência imperialista de então), para melhor perseguir Jesus, surgiu a “Operação Lava-pés” (em alusão ao rito praticado entre Jesus e seus discípulos). À frente da operação estava um juiz treinado pelos romanos, exclusivamente para forjar provas para condenar Jesus, por “tentativa de subverter a ordem” (mais tarde, pelos “bons serviços prestados”, ele seria alçado ao posto de ministro da Justiça de Israel).
Devido à sua origem palestina, Jesus também foi acusado de “terrorismo”, mesmo sem nunca ter utilizado qualquer tipo de arma.
Posteriormente, um dos discípulos – chamado Judas – acertou um acordo de delação premiada com a Operação Lava-pés, traindo Jesus. Para esse papel, ele recebeu trinta moedas (não por acaso, por tal atitude, Judas passou para a história como “o primeiro capitalista”).
Acusado de tentar subverter a ordem, Jesus foi levado a julgamento e, como esperavam os cidadãos de bem, foi condenado à pena máxima: crucificação. Mesmo sem provas, mas com convicções.
Antes de ser crucificado, por pressão dos anteriormente citados seguidores do mito, Jesus passou por várias sessões de tortura. Soube-se que, anos depois, no parlamento israelense, o mito se referiu ao militar que comandou aquelas sessões de tortura como “o pavor de Jesus”.
Ao finalizar a leitura da sentença, o juiz afirmou categoricamente que Jesus era “persona non grata” em Israel.
Já durante a Via-Crúcis, Jesus foi bastante hostilizado por pessoas que vestiam as cores nacionais de Israel (azul e branco) e tinham como hábito um estranho culto de dançar em torno de um pato dourado.
Do mesmo modo, aqueles indivíduos que tentavam atenuar o sofrimento do palestino injustamente condenado, ouviam xingamentos típicos do cidadão de bem: “passando pano para bandido”, “tá com pena leva pra casa”, “mimimi” e “defensor dos direitos dos manos”.
No Calvário, outros dois homens foram crucificados ao lado de Jesus: Dimas e Gestas (o “bom” e o “mau” ladrão, respectivamente). O primeiro era um palestino condenado por roubar alimentos em um comércio israelenses para dar o que comer à sua família. Gestas, um rico agiota, só foi condenado por ter se indisposto com alguns poderosos de Israel (seus antigos comparsas).
Por fim, às 15 horas de uma sexta-feira, Jesus faleceu na cruz. Os cidadãos de bem, em êxtase, comemoram durante dias. Afinal de contas, para eles, “bandido bom é bandido morto”.
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