Quando comecei a trabalhar na Globo do Rio de Janeiro, uma das minhas primeiras pautas foi na casa de Beth Carvalho, no Joá, em 1998. Ela abriu as portas da sua residência para que entrevistássemos um menino de oito anos, muito bom no cavaquinho, que ele queria promover.
Beth Carvalho não tinha nenhum interesse empresarial no menino, que de fato tocava muito bem. Era pura generosidade. Lá estava o menino tocando para a reportagem da Globo, sob o olhar do pai e aprovação de Beth. A sugestão da pauta foi dela.
Lembrei da cena quando soube hoje da morte de Beth Carvalho. Que perda! Beth Carvalho tinha consciência política e não se omitia — na esquerda, tem político que não deu um pio ou postou um tuíte ou retuitou algo para, pelo menos, reprovar a tentativa de golpe contra Nicolás Maduro.
Beth Carvalho, ao contrário, sempre se expôs. Nunca escondeu que tem lado, o lado do povo, como destacou Lula, em uma carta que enviou a ela, em setembro do ano passado, depois de tomar conhecimento de que Beth Carvalho havia feito um show deitada, em razão de um grave problema de saúde.
“Estou torcendo por você, como cantora, pessoa, e pelos seus compromissos ideológicos; e sobretudo pela coragem de estar sempre ao lado do povo”, escreveu Lula.
Beth admirava Che Guevara, privou da amizade de Leonel Brizola e de Fidel Castro, esteve com Nicolás Maduro mais recentemente, depois da morte de Hugo Chavez. Era autêntica e, como disse, generosa.
Uma valente, talentosa artista, mulher de esquerda, mulher de luta. Brava gente brasileira.
É como disse Freud: “Brincando pode-se dizer de tudo, até mesmo a verdade”. Por isso, o humor tem uma importância terapêutica, pois funciona como uma “válvula de escape”, que distensiona o acúmulo das nossas preocupações.
O humor serve como prova de um fato engraçado, que até então, estava travado. É como disse Freud: “Brincando pode-se dizer de tudo, até mesmo a verdade”. Por isso, o humor tem uma importância terapêutica, pois funciona como uma “válvula de escape”, que distensiona o acúmulo das nossas preocupações.
As risadas produzidas pelo humor atuam como placebo, uma palavra que vem do latim placere, que significa “agradar”, isto é, nos agrada rir quando alguém cai com graça ou quando achamos que conseguimos enganar um amigo numa “pegadinha”.
Assim, o humor segundo Freud é um dom precioso e teimoso, que consiste em um modo inteligente de lidar com o sofrimento enquanto protesto diante das adversidades e da morte. Aliás, o humor é rebelde, que ajudou o próprio Freud enfrentar as dificuldades da vida, em situações narradas em sua biografia por Peter Gay.
O humor é uma criação simbólica inesperada, que por meio da surpresa eclode em um sentido novo para a existência humana. Por exemplo, na cinematografia de Charles Chaplin, do Gordo e o Magro, de Mazzaropi, entre outros. E ainda, os filmes de suspenses que nos dão arrepios e as manifestações artísticas que nos inebriam, partindo da mesma narrativa cômica.
Portanto, o humor nos transforma em “gente sem frescura” que ri de si mesmo, que percebe que toda a verdade é incompleta e tem várias versões, considerando que humano em nós está em permanente construção, porque a vida apresenta suas imperfeições, e mesmo assim vale a pena dar boas risadas.
Esse é o caráter irradiante do humor, que se opõe à resignação masoquista, dos sujeitos diante dos imperativos morais e sociais. Por conseguinte, os humoristas são transgressores que revelam as nossas idiossincrasias, e são eles que derrubam com galhofas o establishment.
As piadas dos humoristas libertam os risos reprimidos, uma vez que os desejos e os afetos estão trancados dentro de nós, que precisam de gargalhadas para eclodir. Além disso, o humor é um desses caminhos em que princípio do prazer se impõe sobre o princípio da realidade, produzindo um efeito parche em nossa saúde emocional.
No entanto, as piadas de “mau gosto” não refletem o verdadeiro sentido do humor, mas se configuram como bullying nas escolas e tal como as anedotas grosseiras no trabalho, onde alguns indivíduos pensam que podem ofender os outros, com a desculpa de que tudo não passou de uma brincadeira, tornando o mundo um lugar repulsivo de se viver.
Enfim, a terapia do riso, inclusive em tempos bicudos, é acessível através do cinema, arte, literatura e piadas entre amigos e familiares, que produz risadas benéficas para nossa saúde psíquica, inibindo as situações estressantes do cotidiano. É como afirmou o dramaturgo Oscar Wilde: “A vida é muito importante para ser levada a sério,” citação que parafraseei no título deste artigo.
Você já deve ter ouvido falar de pessoas que só sabem pensar “dentro da caixinha”*; pessoas que se limitam a pensar como os outros querem. Sendo assim, vale acrescentar que esse pensar dentro da caixinha na verdade resulta em condutas dentro da caixinha, ou seja, a liberdade de agir é cerceada ou limitada por paradigmas, pré-conceitos ou padrões, estipulados de fora para dentro por outrem. Muito do jogo político-social-econômico e até religioso de dominação classista é feito de modo a levar as pessoas a submeterem-se a alguma “caixinha”.
Você também já deve ter ouvido o ditado popular “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Pois bem, é preciso estar vigilante, posto que não existe apenas uma “caixinha”, elas são inúmeras. Às vezes, você corre o risco de fugir de uma e cair em outra igual ou de teor assemelhado, já que existem uma gama de mecanismos como a televisão, a publicidade e hoje as chamadas mídias sociais via internet, para induzi-lo a adentrar e amoldar-se a uma delas.
Para tornar mais clara essa reflexão vou citar algumas das “caixinhas” disponíveis. São elas a da mediocridade, do comodismo, do vitimismo, da autopiedade, da submissão, da exacerbação do sofrimento, do consumismo desvairado, do determinismo, do fatalismo, do inconformismo inútil, da rebeldia inconsequente, da desresponsabilidade, da ignorância, da arrogância, do egoísmo, da baixa autoestima, do reducionismo, etc.
E aí você deve estar se perguntando: “como escapar a essa armadilha? ”. A primeira resposta que me ocorre é aprendendo a pensar e agir conscientemente diferente. De preferência baseado no bom conhecimento adquirido e na valoração positiva das suas próprias vivências e perspectivas, pois, enquanto estiver pensando ou agindo de acordo com outrem você será igual, embora possa diferir em alguns tons. Pense nisso!
*Às vezes usa-se também o termo “pensar dentro da casinha”, o que é apenas uma variação sobre o mesmo tema.
Autor: Willes S. Geaquinto Psicoterapeuta, Consultor Motivacional. Com método próprio trabalha com a Terapia do Renascimento promovendo o resgate da autoestima, o equilíbrio emocional e solução de transtornos e fobias. Palestras e Cursos Motivacionais(relação de palestras no site). Contato: (35) 3212-5653 site: www.viverconsciente.com.br E-mail: willesterapeuta@bol.com.brVisite o Site do autor e leia mais artigos.
O modelo mais antigo de conservação da biodiversidade surgiu da relação que os povos indígenas mantêm com o meio ambiente. Ao longo de muitas gerações, esses grupos incorporaram em seus usos e costumes, mesmo em sua cosmovisão, os recursos naturais ao seu redor: os índios dependem deles para sobreviver, valorizam e protegem, e os conhecem como ninguém.
Historicamente, esses grupos mantiveram uma relação com o meio ambiente que não só garante a sua conservação, como também permite que a natureza forneça, de forma sustentável, os insumos de que necessitam para sobreviver. Sobre o assunto, Francisco Rilla, especialista em meio ambiente e governança, advertiu às Nações Unidas:
A compreensão do meio ambiente pelos índios é baseada em um sofisticado conhecimento coletivo de ecologia, bem como nas capacidades que lhes permitem gerir os seus territórios de forma que proteja o seu modo de vida e garanta a sustentabilidade dos recursos naturais.
Além de celebrar as atividades de conservação das comunidades indígenas, é necessário reconhecer e reforçar o papel que esses grupos desempenham no presente e no futuro da biodiversidade do planeta.
Estima-se que atualmente a população indígena consista de aproximadamente 370 milhões de pessoas, distribuídas em setenta países, e que ocupam quase um quarto do território mundial. E é exatamente neste território habitado pelos povos indígenas que se concentra 80% de toda a biodiversidade do planeta, o que nos mostra a importância dos povos indígenas no trabalho de preservação da natureza.
O papel dos grupos indígenas na conservação do meio ambiente foi amplamente documentada e endossada nos últimos anos. Também foi demonstrado que, nos casos em que esses grupos têm o direito de posse legal sobre essas terras e, sobretudo, com o apoio do governo para gerenciá-la, os resultados obtidos são muito superiores se comparados a outros instrumentos de conservação – como sugere um amplo Estudo que analisou os casos de seis países da América Latina.
Considerando tudo o que foi explicitado, é inevitável concluir que, no âmbito dos esforços e políticas de conservação da biodiversidade, deve-se priorizar o reconhecimento, avaliação e fortalecimento do trabalho realizado pela população indígena em todo o mundo. Respeitar sua governança tradicional e incentivar sua participação no desenho de novas políticas e ferramentas será um fator determinante nas aspirações de preservar o que resta de nossa herança biocultural.
80% da biodiversidade é protegida pela população indígena no mundo, E o resto de nós é responsável por apoiar e complementar essa tarefa que já vem sendo realizada ancestralmente.
A vigília mais longa da História agora virou filme. O mini-documentário " Bom dia, Presidente Lula ! " retrata a persistência da Vigília Lula Livre, que se fixou em Curitiba nos arredores da Polícia Federal desde que o ex-presidente foi trazido para cumprir esta prisão política.
A resistência destes quase 400 dias é relatada através de um mosaico de rostos que constroem a mobilização no seu cotidiano. Muitos e muitas, principalmente, mulheres, guerreiros e guerreiras vieram de longe, de outros estados, para tecer com o fio da História a luta pela liberdade do Lula.
Eles garantem: a Vigília só termina com o ex-presidente sendo libertado e voltando às batalhas pelos mais pobres do país.
O filme é um curta-metragem de duração de 14 minutos, idealizado e produzido pelo Comitê Lula Livre. A narrativa é acompanhada de muita música, elemento cultural que energiza aqueles que se mantém em vigília.
“ Essa é a única morte que nos pode dar força diante das outras mortes ” (Libânio)
Todas as mortes são para nós um absurdo, porque a morte é o nada que entra na nossa história, e seria nada mesmo, se não houvesse essa morte de Jesus que deu sentido a todas as outras mortes. Só por isso valeu a morte de Jesus. Diante dos sofrimentos e da morte somos convidados a olhar para este Homem que assumiu a morte para estar conosco, para estar ao nosso lado; é nessas horas que vamos encontrá-Lo.
Sexta-feira Santa é convite a entrar e mergulhar no mistério desse Homem que, ao mesmo tempo, assumiu nossa humanidade ao extremo e nos mostrou a face misericordiosa de Deus Pai.
Jesus não escapou de nenhuma experiência nossa, Ele não fugiu das experiências que tecem o nosso cotidiano, Ele as viveu a cada dia de modo humano. E de repente essa experiência humana chega a seu extremo, ao extremo da dor e do sofrimento.
Carregar a cruz não é um ato dolorista nem um ato suicida, é um ato de entrega da própria existência.
Ao contemplar o Crucificado, muitos questionamentos vão surgindo:
– a Cruz é sinal de solidariedade ou sinal de poder, sinal de libertação ou sinal de opressão, sinal de rebeldia ou sinal de submissão, sinal dos vencidos ou sinal dos vencedores…?
– Perguntamo-nos se é a Cruz dos condenados deste mundo ou a cruz dos que condenam, a Cruz dos crucificados da terra ou a cruz dos que continuam crucificando como em outro tempo crucificaram a Jesus?
A primeira coisa que descobrimos ao contemplar o Crucificado do Gólgota, torturado injustamente até à morte pelo poder político-religioso, é a força destruidora do mal, a crueldade do ódio e o fanatismo da mentira. Precisamente aí, nessa vítima inocente, nós seguidores de Jesus, vemos o Deus identificado com todas as vítimas de todos os tempos. Está na Cruz do Calvário e está em todas as cruzes onde sofrem e morrem os mais inocentes. A partir da Cruz, Deus não responde o mal com o mal; Ele não é o Deus justiceiro, ressentido e vingativo, pois prefere ser vítima de suas criaturas antes que verdugo.
O Crucificado nos revela que não existe, nem existirá nunca um Deus frio, insensível e indiferente, mas um Deus que padece conosco, sofre nossos sofrimentos e morre nossa morte.
Despojado de todo poder dominador, de toda beleza estética, de todo êxito político e de toda auréola religiosa, Deus se revela a nós, no mais puro e insondável de seu mistério, como amor e somente amor.
Nós cristãos contemplamos o Crucificado para não esquecer nunca o “amor louco” de Deus para com a humanidade e para manter viva a recordação de todos os crucificados da história.
Jesus não morreu por vontade divina nem para expiar nossos pecados, senão que foi condenado como herege e subversivo, por elevar a voz contra os abusos do templo e do palácio, por colocar-se do lado dos perdedores, por ser amigo dos últimos, de todos os caídos.
Na contemplação da Paixão fazemos memória comovida de Jesus, e ao “fazer memória” confessamos que Ele está vivo, revivemos Sua vida, O ressuscitamos na vida. Não buscamos argumentos lógicos e dog-máticos, mas sinais de vida em toda Sua vida e também em Sua morte. Descobrimos, como afirma a teóloga Mercedes Navarro, que “Jesus morreu de vida”: de bondade e de esperança lúcida, de solidariedade alegre, de compaixão ousada, de liberdade arriscada, de proximidade curadora…
“Morreu de vida”: isso foi a Cruz, e isso é a Páscoa. E é por isso que tem sentido recordar Jesus, olhando nas chagas de sua Cruz as pegadas de sua vida.
Os relatos dos evangelistas nos recordam que nós cristãos somos seguidores de um Crucificado.
A leitura orante do relato da Cruz de Jesus nos faz abrir os olhos para ler também nossa própria vida e a vida de toda a humanidade. Não se trata meramente de uma referência externa, presa ao passado, mas de uma mensagem de sabedoria permanente, que transcende o tempo e o espaço.
“ Porque os judeus pedem sinais, os gregos procuram sabedoria, ao passo que nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos, mas para aqueles que são chamados é Cristo, força de Deus e sabedoria de Deus ” (1Cor. 1,22-24)
Situar-se, pois, diante do Crucificado, acarreta diversas conseqüências para nossa vida; podemos destacar as seguintes:
Denúncia: a Cruz nos fala de uma aliança de poderes, religioso e político, que acabaram cruelmente com a vida de um inocente. Isso ocorreu com Jesus e, por desgraça, ocorre ao longo de toda a história humana. Crer no Crucificado implica denunciar ativamente todo tipo de opressão contra os inocentes.
Compromisso: para nós que cremos em Jesus, todo e qualquer “crucificado” – seja qual for o motivo de sua cruz – é alguém sagrado, que suplica nossa compaixão ativa e nossa solidariedade eficaz. Como diz Jon Sobrino, não podemos crer no Crucificado de um modo coerente se não estamos dispostos a fazer descer da cruz aqueles que estão nela.
Esperança de vida: a Cruz – que se completa com a mensagem da ressurreição, com a qual forma um único acontecimento – proclama que a Vida não morre; que, inclusive naquelas circunstâncias nas quais parece que tudo é fracasso, a Vida abre caminho; nenhuma morte é o final.
Ensinamento: como viver a própria cruz? Para começar, sabemos que, a rigor, não podemos chamar “ cruz ” a todo sofrimento. Há sofrimentos evitáveis, em nós e nos outros, contra os quais teremos que lu-tar; há outros inevitáveis, que precisamos acolhê-los e dar-lhes sentido; e há outros, que são consequência de uma opção de amor fiel: estes são a “ cruz ”, pois são a opção construtiva que admiramos em Jesus: aqui é importante assumi-los lúcida, paciente e confiadamente. Assim vivida, a Cruz é fonte de vida; tal é a mensagem do Crucificado: “viver como Deus quer o que Deus não quer”.
O buraco negro é uma enorme quantidade de massa concentrada em um espaço assaz reduzido. Seu campo gravitacional é tão forte que ele atrai para si tudo o que se aproxima dele, inclusive a luz.
Incarna-se como tal, alegoricamente, o movimento obscurantista mundial que nos assola à présent. Na seara geopolítica global, as forças totalitárias contemporâneas parecem engolir para seu corpo caótico o progresso civilizatório, manifestado, por exemplo, através das tradicionais e novas ciências, do bom senso moral dos indivíduos, da liberdade de se expressar, de denunciar descalabros – como os crimes de lesa-humanidade cometidos no Iraque e no Afeganistão - fabricados nos porões do Deep State americano e também por uma política que conseguiu dignificar ao menos trinta milhões de pessoas que sofriam com a fome.
Alongando a metáfora, é sabido que dentro de um buraco negro o espaço-tempo é deformado. Por que não, por conseguinte, acatar a possibilidade de que voltamos aos tempos da escravidão e do colonialismo, encampados pelo falso e subserviente Messias, da caça às bruxas e à idade da força bruta, exemplificadas pela destruição de um projeto soberano de poder e pelo assassinato do direito de asilo e da legítima liberdade de expressão?
Lula e Assange são duas faces da mesma gigantesca moeda americana. Estão os dois incrivelmente ligados nesse processo de aniquilação das vozes progressistas imprimido pelas forças mais maquiavélicas do buraco negro.
O novo processo de tomada da América Latina pelos Estados Unidos (também conhecido como Make Latin America Quintal Again), evidenciado pela destituição de Dilma, pelas perseguições a Rafael Correa e Cristina Kirchner, com o cerco à soberania venezuelana e especialmente pela prisão de Lula, foi brilhante e veementemente denunciado por Julian Assange. Os vinte e nove grampos de telefones do governo Dilma, revelados pelo Wikileaks, são outra bela amostra da força caoticamente avassaladora do Deep State.
Desse maneira e por conseguinte, a decadência do império gerador do buraco negro terráqueo o faz agir com a mão pesada. Praticam, “karmicamente”, a pior forma de terrorismo. Atentam contra o jornalismo investigativo, assassinam as leis do direito internacional e a soberania das nações. Estrangulam com a mão da “democracia” o pescoço da liberdade (precisa frase de Maria Zakharova, representante da chancelaria russa).
Nesse mesmo tom, Chomsky, visceral como de costume, afirmou que a caça a Assange é bastante similar à que sofreu e continua sofrendo Lula. Segundo ele, há uma tentativa de silenciar as vozes de ambos, lembrando da prisão de Gramsci sob o fascismo. Chomsky ressalta a proibição de Lula fazer declarações públicas e afirma que "ele é o prisioneiro político mais importante do mundo. Você ouve alguma coisa [na imprensa] sobre isso? Bem, Assange é um caso similar: temos que silenciar essa voz."
A exacerbação do poder geoestratégico dos EUA, c’est à dire a perseguição covarde que se manifesta na tentativa de silenciamento das duas vozes mais ressonantes atualmente no que diz respeito à luta pelo estabelecimento de uma sociedade mais transparente e igualitária é, muito provavelmente, o último esforço de um imperialismo capenga que sente mas não aceita a ascensão inexorável da China ao posto de primeira potência mundial. Sem falar dos russos, que detêm o maior poderio militar e que trabalham eficazmente com os chineses no projeto Euroasiático.
É incontestável que o buraco negro sugou, nestes nossos tempos nebulosos, este cordão de elevação civilizatória umbilicalmente ligado de Lulas a Assanges (ou vice-versa). O lawfare produzido contra esses dois gigantes personagens deste século e muito bem denunciado por Geoffrey Robertson, advogado de ambos (coincidência?), é mais uma batalha vencida pela força tirânica. Só que a guerra pelo domínio do discurso político está longe do seu fim. Esta luta é secular.
Prefiro, assim, acreditar na teoria de Stephen Hawking sobre a possibilidade de chegarmos a outros universos depois da passagem por um buraco negro. "Se cair em um buraco negro, não se renda", disse Hawking em uma entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia. "Há uma saída." Em 2004, Hawking surpreendeu o mundo com um novo estudo, denominado O Paradoxo da Informação em Buracos Negros, em que mudava sua própria versão: em vez de absorver tudo, os buracos negros permitem que certas radiações escapem. Deste modo, um buraco negro deixaria de ser o poço infinito que destrói tudo o que cai nele, e sua fronteira não estaria tão definida como se pensava.
As luzes radiantes de Lula e Assange são tão potentes que conseguirão escapar desse buraco para o qual a humanidade foi haurida. Criarão, com a ajuda de todos nós perseguidos políticos, um processo cósmico que desencadeará num universo mais humano, sincero, verdadeiro, respeitoso e igualitário.
Neto Tavares - Formado em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Estágio no Tribunal de Contas de Pernambuco. Advogado com ênfase em Direito Constitucional.
A Sprite convidou um hater para participar de um experimento. Foi assim que o garoto, que atacou cerca de 565 pessoas em mais de 1000 tuites durante o ano passado, acabou cara a cara com 100 de suas vítimas.
Os insultados usavam camisetas onde estavam impressas as mensagens ofensivas postadas pelo jovem. Um a um, eles se aproximavam e liam os insultos em voz alta. Em seguida, no auge da tensão, todos cercam o hater, começam a cantar ‘All You Need is Love’, dos Beatles, e o abraçam.
A campanha, criação da argentina Santo, quer mostrar que o amor é maior que o ódio. A agência garante que o troll não fazia ideia da natureza do experimento, e que não podia prever qual seria sua reação. Ele, por sua vez, declarou – “Quando todos eles me abraçaram, eu pensei… eu nunca vou esquecer isso”. Assista ao vídeo logo acima. Abaixo, os bastidores da ação. Saiu na Creativity.
Você sabe quem foi Chico Mendes? Se a sua resposta for negativa, é necessário deixar claro, antes de qualquer coisa, que você precisa urgentemente conhecer a história deste que foi um dos mais importantes nomes do ativismo ambientalista no país.
Redação Conti Outra
Você sabe quem foi Chico Mendes? Se a sua resposta for negativa, é necessário deixar claro, antes de qualquer coisa, que você precisa urgentemente conhecer a história deste que foi um dos mais importantes nomes do ativismo ambientalista no país. Dito isto, e antes que você saia correndo para consultar qualquer mecanismo de busca na internet, informamos que você pode conhecer a trajetória de Chico Mendes de uma maneira muito mais lúdica e divertida do que imagina.
Preste atenção à melhor dica que você vai receber hoje: O portal Universo Educom disponibiliza, gratuitamente, o link para fazer o download completo do livro infantil “A história de Chiquinho”, criado numa parceria entre o Instituto Chico Mendes e o cartunista e escritor Ziraldo. A obra ajuda a compreender, de um jeito sensível e adequado à faixa etária infantil, a síntese da vida e atuação de Chico Mendes. Não é o máximo?!
Em suma, Chico Mendes foi um seringueiro que lutou a favor da preservação da floresta amazônica. Saber quem ele foi e conhecer a sua luta é entender melhor a história do nosso país e, ao mesmo tempo, treinar um olhar mais atento e crítico em relação às práticas que podem afetar o meio ambiente. E o livro “A história de Chiquinho”, disponível para download gratuito, é a oportunidade ideal para absorver esse conhecimento. Não dá pra discutir o fato de que as ilustrações de Ziraldo são um baita incentivo, não é mesmo?
Voltando à pergunta que iniciou este texto, caso você já conheça a vida e a obra de Chico Mendes, vale anotar uma sugestão: Que tal baixar o livro e ler para o seu filho, para o seu sobrinho, para o seu aluno, ou mesmo para a garotada do bairro? Espelhar conhecimento, afinal, sempre será a mais doce e nobre das tarefas.
Recentemente, no dia 11/02/2019 (uma segunda-feira), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disparou declarações de deixar qualquer ambientalista brasileiro estarrecido. “Eu não conheço Chico Mendes e tenho dificuldade de falar sobre coisas que não conheço” e “O fato é que ele é irrelevante! Que diferença faz quem é o Chico Mendes nesse momento?!” são alguns exemplos de falas grosseiras que, além de terem sido reprovadas pela comunidade científico-ambiental também repercutiu amplamente na imprensa nacional. Clique aqui para assistir o programa na íntegra e tirar suas próprias conclusões.
Para evitar que a garotada cresça sem conhecer personalidades que tiveram importância histórica para o nosso país e para o mundo, é sempre bom buscarmos meios interessantes de incentivá-las a lerem, assistirem e ouvirem o que essas personalidades fizeram de relevante para a sociedade. Além do mais a educomunicação socioambiental, uma das vertentes da educomunicação, agradece.
Que tal começar baixando o livro e lendo para o seu filho, hein? Projetar na sala de aula e promover uma leitura coletiva também pode ser uma iniciativa super prática. Os mais animados podem pensar em elaborar cenários, figurinos e adaptação de roteiro para apresentar uma peça de teatro inspirado na publicação. Enfim, a criatividade é que manda!