A melhor resposta para a maldade é uma lição de bondade
Por diferentes motivos, existem pessoas que caminham pela vida pensando que qualquer dano que os outros sofram é uma vantagem para elas, de modo que não hesitam em se alegrar por isso e até mesmo em provocar o mal. Para este tipo de pessoa, a melhor resposta que podemos dar é uma lição de bondade. Este é o jeito mais adequado de agir.
Neste sentido, os conceitos de bem e de mal deram muito o que falar ao longo da história, principalmente porque a alma humana pode se aproximar das duas. Também porque depende muito da cultura, da sociedade e de outras variáveis que podemos adicionar ao debate.
Além de uma contribuição técnica e científica do tema, neste artigo vamos procurar uma reflexão individual. O ponto do qual partir será uma situação real e abstrata na qual uma pessoa age com maldade e nos prejudica. Como respondemos a isso?
Por que a bondade é uma lição
Existem muitos motivos pelos quais a bondade pode ser considerada uma grande lição, ainda que nunca possamos compreender o que levou o outro a nos prejudicar. Essencialmente, adotando a bondade como resposta não isentamos o outro das suas ações, mas libertamos a nós mesmos das emoções negativas.
Muitas vezes é extremamente complicado perdoar o outro, e isso é compreensível. Contudo, basta lembrar que é possível perdoar sem esquecer ou sem entregar novamente a confiança própria. Assim, o perdão não nos torna ingênuos nem mais vulneráveis, apenas nos liberta de uma carga pesada que mantém a ferida do dano causado.
“A cada nova cobrança, a cada nova crueldade, precisamos fazer oposição com um pequeno suplemento de amor e de bondade conquistado em nós mesmos.” - Etty Hillesum -
A bondade age como lição porque é gratificante, fomenta a solidariedade, beneficia a autoestima e abre a porta para a dor e o aprendizado. Um ato de bondade olha para o bem alheio e o próprio. A maldade, ao contrário, só olha para si mesma e procura somente repercutir nos seus interesses.
A bondade nasce do coração
Uma das opiniões mais comuns é de que não nascemos nem bons nem maus, mas que cultivamos a bondade ou a maldade à medida que crescemos emocionalmente. Por essa razão podemos dizer que a bondade nasce do coração e se alimenta dele. Se durante nossas vidas queremos progredir sem prejudicar ninguém, como vamos responder com vingança aquele que apenas procura prejudicar?
Uma resposta à altura de uma ação ruim não muda nada, não resolve o dano e apenas alivia momentaneamente. O rancor destrói, transforma e não colhe nenhum fruto positivo em nós mesmos. Não só isso, a outra pessoa continuará vendo você cair na sua mesma velocidade; e, então, não apenas você terá perdido tudo, mas não ganhará nada.
“Mas tinha além disso uma arte maior, uma arte que não se aprende:
a da bondade.” - Úrsula K. Le Gin -
Assim como afirmou Gandhi, seria bom que fôssemos a mudança que queremos ver no mundo. Desde aquelas situações maiores e mais complicadas, difíceis de superar, até aquelas outras pequenas. Também podemos olhar a ética de Kant que afirmava que a virtude está em “fazer das nossas obras, obras universais”.
Não permita a maldade ao seu redor
Estamos rodeados de ódio, violência e medo, de modo que é necessário educar quanto a valores que contribuam para um bem-estar social e individual, valores que impeçam uma escalada das atitudes censuráveis que nos rodeiam. De fato, quem já passou por isso sabe que não serve mais aquele “olho por olho” porque no fim das contas acabamos todos cegos.
Não podemos permitir a maldade ao nosso redor, assim como também não podemos castigar com ela. A bondade pratica com o exemplo e não dá lugar a todos esses sentimentos que, em última instância, envenenam. A sua forma de nos canalizar é diferente: guarda na memória os acontecimentos e acaba com os sentimentos negativos.
Diante de um gesto ruim, responda com uma boa ação. E, se doeu tanto a ponto de não saber qual é o caminho, tire um tempo suficiente para curar. Não para esquecer, mas para direcionar seus movimentos com racionalidade e não do ponto de vista da ira ou da cólera. Em último caso e se não houver remédio, se você não puder fazer um trabalho pedagógico, afaste-se sem revidar pois essa não é sua assinatura.
“O mundo não está ameaçado pelas pessoas ruins, mas sim por aqueles que permitem a maldade.” - Albert Einstein -
Postado em A Mente é Maravilhosa
10 Dicas para montar um home office agradável e produtivo
O melhor em se trabalhar em casa é a autonomia, mas é necessário equilíbrio para manter ritmo de trabalho. Saiba como alcançá-lo.
Da Redação
Quem quer começar a trabalhar de casa precisa saber que o esquema de home office tem seus prós e contras. Os pontos favoráveis estão relacionados à flexibilidade de horário e à chance de fugir da distância do trabalho e do tempo do trajeto, enquanto os aspectos negativos estão ligados à queda na produtividade.
Na hora de montar um espaço de trabalho, o ideal é reforçar os prós em se trabalhar em casa e fazer o possível para tirar de vista o que pode tirar o foco das tarefas. Mas não é necessário transformar seu espaço de trabalho em um ambiente sem conforto e atrativos para aumentar a produtividade – um equilíbrio é necessário.
Linda Varone, escritora em especialista em home office, e Michael Chauliac, vice-presidente de marketing da loja online de móveis para escritório Poppin, ajudaram a FastCompany a listar os 10 pontos principais para montar um escritório em casa.
1) Não ouse demais – Na hora de montar um espaço de trabalho, é natural que o empreendedor queira um ambiente diferente dos demais. Mas é importante não ousar. Móveis cheios de curvas, como os vistas em revistas de design e redes sociais como o Pinterest, podem não ser funcionais: uma cadeira toda descolada pode causar problemas na coluna e chamar atenção demais. "Quando há muitos estímulos visuais, o próprio ambiente pode ser o causador de distrações que diminuem a produtividade, diz Linda.
2) Siga regras ergonômicas – A ergonomia é o estudo da relação do ser humano e os ambientes em que ele se encontra. No trabalho, esse estudo objetiva o bem-estar frente a males causados pela jornada de trabalho, como dores nos pés, na coluna e problemas visuais. Alguns pontos que devem ser levados em conta na hora de preparar seu home office: ajuste sua cadeira em uma altura que permita que seus pés sempre estejam apoiados firmemente no chão ou em um descanso para pés, posicione seu antebraço em posição paralela ao chão na hora de digitar e coloque o monitor de uma maneira em que seus olhos consigam ver toda a tela sem movimentos bruscos da cabeça.
3) Abra espaço para a luz natural – O sol faz bem e pode te ajudar a se manter acordado. Por isso, monte seu home office perto de uma janela. E dependendo da vista, vale começar seu horário de descanso dando uma bela olhada lá fora.
4) Mas não esqueça das lâmpadas – A luz natural faz bem, mas provavelmente não será suficiente para iluminar seu escritório. Por isso, não esqueça das lâmpadas. Linda Varone dá uma dica: em vez de luzes de parede, tente colocar luminárias na sua mesa – essas luzes podem proporcionar brilho suficiente e ainda deixam o ambiente com um clima mais bonito.
5) Guarde papéis de forma inteligente – Chauliac afirma que o armazenamento de documentos é o principal problema de quem trabalha em casa, por conta da aversão das pessoas àqueles grandes armários de documentos. Segundo ele, esses móveis não são os mais atrativos do mundo, mas são necessários. No entanto, dá para ter estruturas mais bonitas, como prateleiras coloridas, por exemplo. É importante que elas tenham bastante espaço. Nos primeiros dias de trabalho, você pode pensar que vai sobrar espaço, mas aguarde e verá a quantidade de papel produzida durante o trabalho.
Para quem trabalha dentro de um quarto de hóspedes, outra dica de Chauliac. "É provável que o cômodo tenha um guarda-roupa. Use-o", diz ele.
6) Crie um "espaço de conforto" – Trabalhar por muito tempo sem uma parada é prejudicial à saúde e à própria produtividade – é necessário parar para readquirir a concentração do começo do expediente. Na hora de descansar, prepare um lugar confortável. Tudo depende de espaço, claro, mas uma poltrona estofada, um travesseiro e uma luz mais fraca podem fazer a pausa valer muito mais a pena.
7) Tenha uma plantinha perto de você – Uma planta é a decoração perfeita para o seu home office, já que ela traz para a sua casa algo que está lá fora. Além disso, ela não chama atenção bastante para tirar a concentração. Outra vantagem das plantas é que é possível deixá-las mais de dois dias sem água. Em outras palavras, você não precisa nem chegar perto do seu home office aos fins de semana.
8) Personalize com bom senso – Nada contra colocar fotos de família na sua mesa, mas, depois de um tempo, elas deixam de chamar a sua atenção. "É importante personalizar a mesa, mostrar que aquele lugar é seu, mas talvez seja melhor fazê-lo com memes impressos, histórias em quadrinhos ou até um cheiro que te deixe mais alegra", afirma Linda.
9) Tire da sua vista coisas que te incomodavam no seu emprego – Chauliac tem aversão a um eletrônico mais que comum em escritórios: impressoras. "Elas parecem chatas e até seus barulhinhos me irritam", diz ele. Sua fobia pode ser a mesma dele, ou aquele monte de post-its colocados no monitor, ou o toque do telefone. Trabalhar em casa tem que ser mais legal do que trabalhar fora, então é importante tirar de vista o que pode te deixar para baixo. "Ninguém está falando que é proibido ter uma impressora ou um telefone. Basta deixar aquilo mais escondido", afirma Chauliac.
10) Mantenha tudo o que você precisa perto de você – Lembre-se das distrações que a sua casa pode proporcionar. A TV; sua namorada ou namorado; comida; seu animal de estimação. Tudo isso é ótimo, mas deixe-os para a hora do descanso. Se toda vez que você precisar de caneta, tesoura, grampeador, papel ou uma bebida, você precisar atravessar todas essas "tentações", é provável que você perca muito tempo.
Mantenha o que você precisa ao alcance da sua mão. Se possível, pense na ideia de ter um frigobar no seu escritório. Mas há exceções. "É importante parar. Almoçar na mesa de trabalho é algo que não deve ser feito, por mais legal que o ambiente de trabalho seja. Não é preciso ficar ali todo o tempo do mundo", diz Linda.
Postado em Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Minimalismo : Quando a vida pede um pouco mais de calma e de alma
Estamos carentes de simplicidade. Depois de adquirirmos o prazer da conquista, de sermos possuidores de grande parte daquelas coisas com as quais sonhamos há tanto tempo, estamos percebendo que falta algo mais. Falta essência. Falta qualidade. Falta significado. Falta alma...
Fabíola Simões
Começou com a leitura do livro da Marie Kondo: “A mágica da arrumação”. Depois vieram os vídeos da Fê Neute no YouTube e o documentário “Minimalism” no Netflix. Eu estava encantada e ao mesmo tempo queria compreender esse movimento novo, que surgiu há alguns anos e que eu nunca tinha ouvido falar. Eu queria descobrir o tão aclamado “Minimalismo”.
Constatei que não sou nem nunca serei minimalista de carteirinha; porém, me interessei em trazer para minha rotina muito dessa filosofia que faz uma reflexão sobre os excessos, sobre o consumismo desenfreado e perda de controle e liberdade. O minimalismo resgata a consciência sobre aquilo que você realmente precisa ter na sua vida, e busca valorizar o que traz felicidade, o que merece ser mantido e o que deve ser descartado. Isso se aplica não somente aos bens materiais, mas se estende também a outras esferas da vida, como aos pensamentos e relacionamentos.
Estamos carentes de simplicidade. Depois de adquirirmos o prazer da conquista, de sermos possuidores de grande parte daquelas coisas com as quais sonhamos há tanto tempo, estamos percebendo que falta algo mais. Falta essência. Falta qualidade. Falta significado. Falta alma. Estamos cansados de excessos. Estamos fartos daquilo que ocupa nosso tempo e energia sem trazer em troca a tão almejada felicidade. Estamos exaustos de consumir sem ter tempo de usufruir. Estamos admirados de como viramos reféns de um estilo de vida que tira nossa paz e liberdade ao ditar a moda e impor a busca constante pelo último modelo. Estamos desejosos de fazer o caminho de volta…
É preciso aprender a selecionar. Selecionar nossos objetos, nossos afetos, nossas lembranças do passado, nossas tralhas e roupas. Só manter aquilo que merece prevalecer. Só deixar ocupar espaço aquilo que nos traz bem-estar. Só ser possuidor daquilo que não complica nem atrapalha o andamento de nossa vida. Organizar fora e dentro de nós. Nos cercar de menos, para ter mais: mais tempo, mais liberdade, mais felicidade. Descartar o hábito de consumir sem consciência, trocando de modelo a cada temporada, acreditando que a vida é tão volátil e descartável quanto os objetos Xing ling que foram feitos para não durar. Aprender a resgatar o que é simples e durável. O que é modesto e eterno. O que é suficiente e traz felicidade. O que parece ser menos, mas adquire significado por ser único.
Quando descobri que o minimalismo prioriza a qualidade em vez da quantidade, me lembrei da bochechinha, minha única boneca, que ganhei no meu aniversário de nove anos. Eu só tinha aquela boneca, e por isso meu cuidado com ela era tão grande. Isso a tornou especial, importante, única. Tão especial que, quando minhas primas vinham passar férias na minha casa, ficavam fascinadas pela minha boneca, e contavam os minutos para chegar a hora em que poderiam pega-la no colo. Elas, que tinham o quarto lotado das mais variadas bonecas, de todos os estilos e até mais bonitas que a minha, enxergavam em minha “quase filha” uma aura de encantamento que não enxergavam em nenhuma outra. Como diz uma das frases do Pequeno Príncipe: “Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que a fez tão importante…”
Existe uma grande diferença entre simplificação e privação. Não quero me privar de ter uma bolsa bacana, um scarpin salto agulha ou um vestido colorido para usar na primeira comunhão do meu filho. Porém, ao escolher adotar alguns aspectos minimalistas, eu decido que um scarpin preto terá muito mais serventia e me trará muito mais alegria que uma bota tipo meia, proclamada aos quatro ventos pelas blogueiras, que fatalmente ficará encalhada no meu closet pelo resto da vida. Ao decidir simplificar, aprendo a optar. A fazer boas escolhas. A consumir menos e com consciência. A escolher produtos com maior durabilidade e usabilidade. A não encher minhas gavetas com porcarias baratinhas que só me trarão alegria momentânea. A não complicar. A não acumular. A me conhecer. A saber o que me traz paz. A descobrir meu estilo particular de ser e estar no mundo.
É hipocrisia dizer que a aquisição de bens materiais não traz felicidade. Porém, é necessário refletir sobre os excessos. Sobre o acúmulo. Sobre o que está por traz da nossa necessidade de nos cercar de tanta coisa que nem usamos ou nem sabemos que temos. Sobre a nossa desorganização. Sobre a incapacidade de usarmos tudo o que temos até o fim, ou antes que o produto vença. Sobre nossa necessidade de enchermos nossas gavetas, nossos armários, nossa casa e nosso interior com tanta tralha. Sobre a insatisfação. Sobre nosso comportamento automático e habitual. Sobre a dificuldade de, atolados sob tanta bagunça e informação, descobrirmos quem somos de fato.
Adquirir hábitos minimalistas não se trata obrigatoriamente de adotar um estilo clean, ter uma casa sem móveis ou usar roupas só brancas, pretas e cinzas. Se trata, acima de tudo, de descobrir quem você é, o que quer da vida, e o que as coisas que você tem representam para você. Após descobrir isso e abraçar o que realmente é essencial, você estará rodeado somente do que faz sentido para você, do que é importante e te faz bem. Finalmente estará cercado de calma, envolvido por aquilo que lhe aquece a alma, e certamente muito mais feliz…
Postado em Conti Outra
Eu testei : duas receitas de pão-de-ló que dão certo !
Ingredientes da receita acima :
245 gramas de farinha de trigo
245 gramas de açúcar refinado
8 ovos
Observação : As duas receitas podem ser feitas em formas maiores, se desejarmos um bolo mais baixo.
A gente se atropela
Quantas vezes nessa vida a gente se atropela ...
Clara Baccarin
…atropela o corpo, atropela a alma, atropela o tempo de maturação de um experiência, de uma sensação.
A gente atropela os dias, com todas as tarefas que temos, com os deveres mais importantes, com as coisas mais relevantes, a gente não guarda 10 minutos para sentar, respirar e pensar nos passos dados, na direção dos voos. Não dá tempo de parar o atropelo para meditar sobre nós mesmos.
A gente atropela os sinais do corpo, coloca mais um antiácido no estômago, deixa o xixi pra depois, melhor responder a emergência dos e-mails primeiro. A gente atropela a mastigação do almoço com digitações no celular. A gente atropela o momento de conversa com o parceiro por coisas que temos que postar. A gente atropela um olhar, uma flor, um filosofar mais profundo com um vomitar nossas dores e falar sobre a vida dos outros.
A gente atropela nossos aprendizados diários com pensamentos que não vêm ao caso, a gente atropela a possibilidade de outros entendimentos, de outras interpretações com a nossa raiva instaurada, com a nossa dor pré-concebida, com os nossos vícios de ser o que já sabemos ser.
A gente se atropela dando ouvido demais para o que, no fim das contas, não interessa nada na nossa estrada. A gente atropela um olhar bonito, um cheiro bom, um momento único com a vontade de que as coisas cresçam e vinguem no momento seguinte.
A gente atropela um momento de chegada, uma fase de alívio, uma veia rasgada, um coração rompido. A gente atropela o luto e o sentimenro recém-nascido.
A gente atropela um abraço de uma criança, a gente atropela tantas árvores todos os dias, a gente atropela as boas ideias, a poesia falando mal do vizinho. A gente atropela as soluções com um excesso de problemas, a gente atropela a maré mansa de dentro com imposições e expectativas. A gente atropela quem não se atropela e senta um pouco todos os dias teimosamente no meio da estrada dos atropelados.
A gente atropela os dias, a geografia, a nossa história de vida. A gente atropela o te amo da mãe no telefone, a gente atropela as presenças com a nosso constante foco na falta, a gente atropela os pequenos significados com expressões gigantes que vivemos esperando aterrissar na nossa janela.
A gente atropela o silêncio, o nosso e o dos outros, atropela o futuro com nossos medos bobos, atropela o passado, manchando com nossos apegos e desgostos, atropela o presente com a acidez do desconforto de não saber mais estar na própria pele.
… a gente se atropela.
Postado em Conti Outra
“Sucesso de público e crítica”, diz cearense que criou a camiseta “É gooolllpppeee no Brasil”
O cearense Ricardo Kelmer, escritor e roteirista, desenhou a camiseta com o lema “É gooooooolllpppe no Brasil”, sucesso instantâneo.
Ficou mais conhecida depois que uma senhora, a “Dona Ana”, apareceu na Fox Sports dando entrevista com ela na Copa da Rússia. Kelmer contou como surgiu sua criação em seu blog:
A ideia me veio no começo do ano: criar uma camiseta especial para a Copa do Mundo. Sim, pois eu não me sentiria à vontade em usar a camisa da seleção, com a logomarca da supercorrupta CBF, que se tornou símbolo dos paneleiros de direita em suas manifestações Fora Dilma.
Primeiramente, pensei numa assim: a camiseta amarela com foto do Maradona abraçado ao Lula, e os dizeres “Maradona es mejor que Pelé”. Sim, bem provocativa mesmo. Provavelmente, eu apanharia na primeira esquina.
Acabei optando por outra ideia: “É GOOOOOOLLLPPPEEE NO BRASIL!!!”, uma frase dividida em sete linhas, com o letreiro na estampa sugerindo, no início da leitura, um grito de comemoração de gol, mas que se transforma em um brado de denúncia política ‒ uma bem humorada pegadinha visual.
Esta me pareceu melhor. Meus sócios no bloco Simpatizo Fácil concordaram em comercializá-la, aprimoramos o desenho original e começamos a divulgar. Alguns amigos sugeriram que, além da amarela e da azul, fizéssemos também na cor vermelha, porque a democracia também sangra. E assim foi.
O resultado é que a camiseta é um sucesso de público e de crítica (com exceção dos paneleiros, claro). As postagens na internet foram compartilhadas aos milhares e recebemos centenas de pedidos de vários estados do país, e até do exterior.
Foram feitas imitações em algumas cidades, inclusive em Fortaleza. Fico gratificado que minha ideia esteja sendo usada para divulgarmos esse golpe nefasto que assola nosso país. Aliás, apesar da camiseta ter sido criada para a Copa, ela poderá também ser útil nas Eleições.
Uma curiosidade. Do total de compradores da nossa camiseta, 73% são mulheres. Mesmo considerando que algumas tenham comprado para a família e amigos, o percentual é bastante significativo. Seriam elas mais conscientes que os homens da situação política de seu país?
Ah, sabe aquela tal camiseta do Maradona?
Nós fizemos também. Nela, o craque argentino, admirador declarado do presidente Lula, exibe uma camiseta com o rosto de Lula e os dizeres “Lula Livre”, e embaixo a frase “Maradona Es Mejor que Pelé”. Folclore futebolístico e ativismo político.
Caso você deseje conhecer e adquirir a camiseta É Golpe no Brasil!, a original, o link da postagem no Facebook é este:
Postado em DCM em 19/06/2018
Lula encara tempo na prisão como 'provação', diz frei
Frei Sérgio Antônio Görgen visitou o ex-presidente Lula na PF e trouxe a mensagem de que "Lula alimenta a fé de que vai sair da prisão e vai ajudar o povo brasileiro a recuperar a dignidade, o petróleo e o emprego"
Carta de Juan Grabois mostra a grandesa humana do Papa Francisco e a inocência de Lula
Depois de ser barrado pela polícia estilo gestapo de Sérgio Moro, composta por policiais e “profissionais”, que taciturnos e obedientes omissos à injustiça oriunda dos porões do imperialismo golpista, assassino de inocências, contribuíram para o vexame de impedir uma visita humanitária de um dos homens mais queridos e honrados pelo Papa Francisco, o advogado e intelectual argentino Juan Grabois.
Na carta que Grabois escreve a Lula jorra o espírito do respeito, do amor e consideração pelo maior líder brasileiro, odiado e trancafiado imerecidamente pelo seviçal e boçal dos interesses opressores inteternacionais, Sérgio Moro.
Na carta de Juan explodem flores no jardim humano de compaixão da admiração do Papa por Lula. Também o carinho e admiração do próprio conselheiro de Francisco.
O texto reclama que um gesto de quem queria apenas visitar e rezar com o líder amado por todo o mundo causasse tanta celeuma, mentiras, fake news, injustiças e a famosa jogatina noticialesca também praticada por um órgão do Vaticano, a Vatican News.
Porém, é bom que se afirme que a visita barrada de Juan Grabois mexe fortemente nas injustiças praticadas pela boçalidade da lava jato, por todo o judiciário brasileiro, omisso, covarde, mentiroso e conivente com a injustiça que Lula e o povo braseileiro sofrem.
A negativa dolorosa e sem vergonha sofridas por Grabois estampa na cara do mundo a divisão altamente pecaminosa dos donos da Cúria Romana no Vaticano, suspeitos do assassinato do Papa Sorriso, João Paulo I, morto envendenado em pleno sono, dos males feitos pelo pontificado de João Paulo II e das perseguições que o próprio Papa Francisco sofre por optar, por fé e amor, pela defesa da Pátria Grande, a América Latina, em cujo Continente se pratica, desde as invasões coloniais erupeias, as maiores atrocidades contra nossos nativos e, agora, o massacre dos trabalhadores e dos pobres.
Leia abaixo a carta de Juan Grabois publicada na sua conta no Facebook dirigida ao ex presidente Lula, a quem o emissor admira com afeto e carinho.
Querido Lula:
Ontem eu saí do Brasil muito angustiado. Como sabes, impediram-me de te visitar de forma injustificada, arbitrária e mal-educada. Depois, visitei os meus irmãos e irmãs provadores, carrinheiros, camponeses, favelados, professores, servidores públicos, operários e integrantes de diversas pastorais. Pude sentir a dor do seu povo, partilhar a sua impotência perante a injustiça, a sua revolta perante a perseguição do seu máximo dirigente. Notei também a enorme deterioração institucional, social e política que o Brasil sofre por causa da ambição de poucos que concentram o poder e impedem que as diferenças se apaziguamento nos quadros da democracia.
O drink mais amargo, porém, me esperava no aeroporto de Curitiba. Foi aí que soube que estavas a ser atacado nos meios de comunicação social e redes sociais. Dizem que mentiu sobre o Rosário enviado pelo Papa Francisco. Acontece que tu, preso e incomunicável, também mentem! Com espanto vi que os seus inquisidores indicavam que a fonte da sua calúnia era o próprio Vaticano. Maior foi a minha surpresa quando confirmei que numa página da internet chamada Vatican News tinham publicado um texto em português agressivo, cheio de imprecisões e erros de redação.
A comunicação desta página não pode ser considerada oficial, mas, com efeito, trata-se de um local dependente do secretariado de comunicação do Vaticano. Enquanto Lia, não podia sair do meu espanto. Evidentemente, um editor desse site, sabe Deus com que intenção ou a pedido de quem, quis causar um tumulto e conseguiu. Quando pude reclamar com os superiores, a nota foi removida do site e substituída por uma adequada, mas o dano já estava feito. Infelizmente, os meios que espalharam até o paroxismo a suposta desmentida alegria não visualizaram a nova nota com a informação correcta. Será que vivemos na era da pós-verdade?
Nunca revelei o conteúdo de um encontro com o Papa Francisco porque sou leal, o respeito e admiro muito. Além disso, sei que o seu apoio aos movimentos sociais e aos pobres lhe traz mais do que uma dor de cabeça. Como sabes, ele também sofre o ataque sistemático dos fariseus e herodianos dos nossos tempos. No entanto, tendo em conta as circunstâncias, sinto-me na obrigação de te contar como foram as coisas. Em meados de maio estive no Vaticano para visitar o Papa Francisco, que me honra com uma amizade que não mereço, ama a pátria grande e – como ele mesmo indicou – está preocupado com a situação actual.
Como sabes, é muito claro e frontal, não precisa de porta-vozes e eu nunca quis ser. Sofro muito quando a mídia me coloca nesse lugar. Eu apenas tento ajudar no diálogo com os movimentos sociais, algo que tenho feito desde que nos conhecemos em Buenos Aires, há mais de dez anos, lutando por uma sociedade sem escravos nem excluídos. Neste momento, colaboro com o dicastério para a promoção do desenvolvimento humano integral que preside o cardeal Peter Turkson com quem organizamos os três encontros mundiais de movimentos populares e outras atividades para promover o acesso à terra, ao teto e ao trabalho como direitos essenciais.
Por esses dias de maio, meus amigos dos movimentos populares do Brasil me ofereceram a possibilidade de te visitar. Fiquei muito satisfeito porque admiro o que fizeste como presidente pelos mais pobres e tenho a certeza de que és alvo de uma perseguição política, tal como Nelson Mandela e tantos outros dirigentes políticos na história recente. Aproveitei, então, aquela visita ao Vaticano para conversar com o papa sobre a situação e pedir-lhe um rosário abençoado para te levar a ti. Assim foi. É incrível que um gesto tão simples de solidariedade e proximidade do papa, um objeto que serve para rezar, gere tantos problemas, mas não é a primeira vez e o Vatican News é responsável por ter permitido que se publique essa nota tão inapropriada e falta de profissionalismo. O seu responsável pediu-me perdão e perdoo-lhe, porque todos podemos cometer erros. Mas também sei que houve danos graves.
Também quero esclarecer que, quando me negaram ver-te, pedi aos teus colaboradores que te levassem o Rosário, exportando expressamente que vinha da parte do papa com a sua bênção. Por esse motivo, o que eles afirmaram na sua conta do Facebook – erroneamente denunciada de fake news e ameaçada com a censura – é simplesmente o que eu lhes disse: a verdade. Entrego esta carta aos teus colaboradores com a autorização expressa de que a postem se lhes serve para amenizar o dano causado, embora temo que aqueles que odeiam esse operário que tirou da fome a quarenta milhões de excluídos e colocou de pé a América Latina em frente aos seus colaboradores. Os poderes globais não vão dizer a verdade.
Te peço perdão pelo que aconteceu e te deixo um abraço fraterno, Latino-Americano e solidário.
Rezo pela tua liberdade, o teu povo e a nossa pátria grande.
Juan Grabois
Postado em Cartas Proféticas em 13/06/2018
Papa Francisco presenteia Lula e critica sua prisão
247 - O papa Francisco fez sua primeira manifestação explícita de apoio ao ex-presidente Lula, mantido como preso político há 67 dias. "O papa Francisco enviou um rosário ao presidente Lula, preso político há 67 dias. O presidente recebeu o terço na sede da Polícia Federal em Curitiba", postou a equipe de Lula nas redes sociais, com uma foto de Claudio Kbene.
Para Mauro Lopes, editor do 247 e criador do site teológico Caminho Pra Casa, Lula "é o maior líder político católico da história brasileira". Ele explicou que "os católicos que odeiam Lula e fazem campanha contra ele o fazem não por serem católicos, mas por serem de direita".
No dia 17 de maio, na missa em Santa Marta, que o papa preside sempre que está no Vaticano, o pontífice condenou o golpe de maneira dura. Sem citar o Brasil ou o nome de Lula diretamente, fez uma descrição perfeita do que acontece no país:
"Criam-se condições obscuras para condenar uma pessoa. A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas. Depois chega a Justiça, as condena, e no final, se faz um golpe de Estado", afirmou na ocasião.
A declaração do Papa aconteceu logo depois de um encontro com uma delegação de jovens brasileiros que foram a Roma para o encontro das Scholas Ocurrentes, um projeto de educação de Francisco.
O terço é um instrumento de oração e meditação de católicos usado há 800 anos e se compõe de uma sucessão de 10 Aves-Marias entremeadas por um Pai Nosso e uma invocação à Trindade.
As comunidades eclesiais de base da Igreja foram decisivas para a formação do PT nos anos 1970/80 e o teólogo Leonardo Boff e Frei Betto são os principais conselheiros espirituais de Lula.
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