Empresa argentina cria tênis a partir de pneus velhos e emprega somente mães solo




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Redação Hypeness

Basta notar a quantidade de carros nas ruas de uma grande cidade, fazer um cálculo rápido sobre quantas vezes cada carro troca de pneu – e, assim, quantos pneus são jogados fora – ou simplesmente olhar de fato uma pilha de pneus em qualquer ferro velho ou lixão por aí, para se ter uma mínima noção do tamanho do problema que somente esse nada discreto item traz para a natureza. 

Somente na Argentina, mais de 100 mil pneus são dispensados anualmente, com a vasta maioria sendo queimada. Foi pensando nesse estrago que três empreendedores argentinos, quando foram criar um negócio, decidiram por criar tênis, mochilas e bonés a partir de pneus jogados fora. 

Para os sócios Alejandro Malgor, Ezequiel Gatti e Nazareno El Hom, pensar somente no meio ambiente foi pouco – era preciso também pensar diretamente nas pessoas. E por isso, quando fundaram a Xinca, além de utilizar os pneus como matéria prima para seus produtos, eles decidiram focar também na questão do desemprego, e contratar especialmente mães solo* para formar o quadro de funcionários da empresa.A empresa fabrica uma média de 1500 sapatos por mês, e todo o material para a feitura dos sapatos, incluindo tecidos, é reutilizado.


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Alejandro, um dos sócios da Xinca


Atualmente a empresa emprega 25 mulheres de áreas rurais da Argentina, onde a maior parte da produção é realizada. Assim, do lixo produzido que se tornaria somente mais um problema nos muitos que assolam o país, a Xinca o transforma em trabalho, renda e empoderamento para essa mulheres, tão importantes em uma sociedade.


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“As mulheres que empregamos querem seguir em frente, melhorar a qualidade de suas vidas e de suas crianças. Nós geramos oportunidades econômicas e sociais para que elas possam fazer isso”, afirma Alejandro, mostrando que o problema nem sempre está no que se produz, mas sim em como – e em quem. 


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* Porque dizer “mãe solo” e não “mãe solteira”


A tarefa de ser mãe não tem nada a ver com um estado civil: entenda porque ter empatia pelas super mulheres que a encaram sozinhas é importante.


Alguém aí já ouviu um pai ser chamado de “pai solteiro”? Não? Mas o termo “mãe solo” resiste, o que desagrada a muitas mamães. Afinal de contas, a maternidade não é um estado civil, certo?

Além disso, a expressão carrega uma conotação negativa por remeter aos tempos em que ter um filho sem ser casada era um motivo para desvalorizar a mulher e causava vergonha. Elas, que se desdobram para dar conta das necessidades do pequeno e de suas próprias vidas, merecem empatia e respeito !


A maternidade implica no laço entre mãe e filho, não em um estado civil 


Ser mãe solo não impede que mulheres no mundo todo criem seus filhos em lares felizes e estáveis. Embora assumir a missão sem a participação dos pais seja uma tarefa difícil, é possível ajudar o seu filho a se desenvolver sem contar com esse apoio.

O que é ser “mãe solo”?

A mulher que assume as responsabilidades pela criança, sejam financeiras ou por disponibilidade de tempo, é mãe solo. Não tem nada a ver com ser casada, solteira ou divorciada. Existem muitas mamães casadas que também se veem frente ao papel principal na educação dos pequenos.

“É preciso uma aldeia para educar uma criança”

Ter filho é um aprendizado mútuo e pode ter certeza que as mães solo não se arrependem! Ainda assim, os papais devem estar presentes para assumir essa nova vida.

Ainda assim, quando há empatia e auxílio dos amigos e familiares tudo fica mais fácil. Por isso, ajude, apoie e acolha mães e filhos, dos locais de trabalho aos de lazer. Faz toda a diferença! E se você é uma mãe solo, não tenha medo de pedir ajuda!

É essencial para toda a sociedade entender o papel de mãe como uma escolha cheia de amor e, acima de tudo, trabalho.

Que tal começar com uma pequena mudança de hábito? Substitua o antiquado “mãe solteira” pela expressão “mãe solo”. Aos pouquinhos grandes mudanças podem ser feitas!


Postado em Blog Tricae 










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