247 – O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) concedeu uma entrevista exclusiva à TV 247, em que falou sobre os enormes retrocessos do Brasil pós-golpe, como a proposta de "cura gay"e o novo macartismo cultural, que tem atingido exposições artísticas pelo Brasil afora.
– A homossexualidade já foi catalogada como doença. Quem primeiro fez um movimento para despatologização da homossexualidade foi a Associação Americana de Psiquiatria. Em seguida, a Organização Mundial de Saúde retirou de vez a homossexualidade do código de doenças em 1990. Ou seja: desde então, ela é considerada uma expressão da sexualidade humana, como a heterossexualidade ou a bissexualidade.
Na opinião do parlamentar, o que se deve discutir é a cura para a homofobia. Na entrevista, concedida aos jornalista Leonardo Attuch e Paulo Moreira Leite, ele lembrou que o Brasil é um dos países que lideram a violência contra o público LGBT e disse que a ideia de "cura gay" estimula a homofobia.
Na entrevista, ele também comentou casos como as ações do MBL contra a exposição "Queermuseu" em Porto Alegre e contra expressões artísticas, como o caso recente do MAM.
– Estão fazendo uma gigantesca cortina de fumaça, para que nós discutamos esses temas, que são importantes, enquanto eles, que são um grupelho fascista, apoiam um governo ilegítimo e corrupto que vende todas as riquezas nacionais.
Wyllys falou ainda sobre a disputa presidencial de 2018, disse que o Psol terá candidatura própria à presidência em 2018, mas defendeu uma frente ampla de esquerda no segundo turno, possivelmente em torno do ex-presidente Lula. Na entrevista, ele afirmou que Ciro Gomes evita se posicionar sobre temas ligados à questão LGBT e criticou posturas conservadoras de Marina Silva. Num ponto surpreendente, defendeu as políticas contra a homofobia do tucano Geraldo Alckmin.
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