Um dos muitos memes feitos nas redes sociais a partir dos infográficos
do procurador
Por Altamiro Borges
O "golpe dos corruptos", concretizado em 31 de agosto com a aprovação no Senado do impeachment da presidenta Dilma, ainda não está completo.
Para ser concluído, os sabotadores da democracia têm urgência de "matar" Lula, inviabilizando a sua candidatura em 2018.
Isto explica o circo midiático armado nesta quarta-feira (14) para que o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava-Jato e famoso pelo seu fanatismo messiânico, acusasse o líder petista de ser "o comandante máximo do esquema de corrupção" na Petrobras.
A pirotécnica exposição da denúncia contra Lula, sua esposa, Marisa Letícia, e outras seis pessoas não apresentou nada de novo. Foi um requentado das acusações sem provas disparadas no passado, mas confirma a caçada insana e cruel ao ex-presidente.
Logo após o show midiático dos jagunços da Lava-Jato, os advogados de Lula concederam entrevista coletiva para rechaçar a denúncia do Ministério Público Federal.
Irônico, o advogado Cristiano Zanin afirmou que o procurador "elegeu Lula como 'maestro de uma organização criminosa', mas 'esqueceu' do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados...
Um novo país nasceu hoje sob a batuta de Deltan Dallagnol e, neste país, ser amigo e ter aliados políticos é crime".
Ele ainda criticou a "conduta política" do carrasco, que "é incompatível com o cargo de procurador da República e com a utilização de recursos públicos do Ministério Público Federal para divulgar suas teses".
Postado no Blog do Miro em 14/09/2016
Rio 247 – O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) avalia que o Brasil vive um "golpe continuado" e diz que a prova é a denúncia oferecida nesta quarta-feira contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Ministério Público Federal.
"Primeiro, deram um golpe e cassaram a Dilma. Agora, dão outro golpe para impedir que o Lula seja candidato a presidente", disse ele, em vídeo postado nas redes sociais.
Segundo o senador, a única saída é reforçar mobilizações e fazer uma denúncia internacional a respeito da politização do sistema judicial no Brasil.
"O clima é de revolta", afirma.
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