A presidente Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira 7, durante encontro com historiadores no Palácio da Alvorada, as limitações impostas pelo governo interino de Michel Temer sobre suas viagens.
Segundo ela, " Tenta-se transformar o Alvorada numa prisão dourada. Primeiro cria-se uma barreira, não sabemos quando eles abrem ou fecham ", exemplificou, " e depois limitam meu direito democrático de ir e vir ".
Temer negou a Dilma estrutura para fazer uma viagem a Campinas, interior de São Paulo. Nesta terça, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente, protocolou um ofício no Planalto informando que Dilma fará viagens com aviões de carreira e que a GSI será responsável pela segurança da presidente (leia mais).
A presidente mirou suas críticas sobre a criação de "toda sorte de armadilhas" ao longo do processo de impeachment.
" Por exemplo a notificação para respondermos se se tratava de um golpe ou não, e também nos notificaram para questionar o que era golpe ", citou Dilma, em referência ao STF.
" Esse processo não para agora, não para em 2018 porque se trata do processo de construção da nossa democracia ", afirmou Dilma.
Para ela, houve pontos "positivos" dentro dessa " conjuntura de negatividades".
" As pessoas estão participando, as mulheres, os jovens, e acho que há um despertar para a questão do que está em risco ".
Assista abaixo a fala de Dilma, em vídeo publicado pela página do Cafezinho no Facebook:
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