Caetano Veloso compôs Terra
quando estava preso em 1968
na Ditadura Civil - Militar
quando nossa Democracia foi ferida de morte.
Agora querem ferí-la novamente . . .
Terra
Quando eu me encontrava preso, na cela de uma cadeia
Foi que eu vi pela primeira vez, as tais fotografias
Em que apareces inteira, porém lá não estava nua
E sim coberta de nuvens
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Ninguém supõe a morena, dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema, mando um abraço pra ti
Pequenina como se eu fosse o saudoso poeta
E fosses a Paraíba
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Eu estou apaixonado, por uma menina terra
Signo de elemento terra, do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza, terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Eu sou um leão de fogo, sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente,e de nada valeria
Acontecer de eu ser gente e gente é outra alegria
Diferente das estrelas
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
De onde nem tempo e nem espaço, que a força te de coragem
Pra gente te dar carinho, durante toda a viagem
Que realizas do nada,através do qual carregas
O nome da tua carne
Terra, terra,
Por mais distânte o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
Na sacadas do sobrado, da eterna são salvador
Há lembranças de donzelas, do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria
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