Jéssica Pellegrini
Perdão, uma das palavras mais difíceis de falarmos e escutarmos.
Acho incrível como muitas pessoas tem dificuldades de lidar com esse assunto, é como se fosse um tabu.
Ao contrário do que não é dito, não é nada raro encontrar por aí, pessoas machucadas e corroídas por dentro. Exteriormente, podemos nos deparar com lágrimas e expressões melancólicas. Interiormente, os sentimentos podem estar visíveis como feridas inflamadas. Além dos fatores internos e externos, também existem as lembranças. Que podem vir através de rejeição, impaciência, depressão ou ainda pior, através de uma falsa sensação de força.
Uma pessoa ferida, dificilmente, conseguirá disfarçar sua dor, quando vez ou outra, ela aparecer e incomodar.
Eu cresci escutando essa frase: “quem bate esquece, quem apanha não”.
Perdão, uma das palavras mais difíceis de falarmos e escutarmos.
Acho incrível como muitas pessoas tem dificuldades de lidar com esse assunto, é como se fosse um tabu.
Ao contrário do que não é dito, não é nada raro encontrar por aí, pessoas machucadas e corroídas por dentro. Exteriormente, podemos nos deparar com lágrimas e expressões melancólicas. Interiormente, os sentimentos podem estar visíveis como feridas inflamadas. Além dos fatores internos e externos, também existem as lembranças. Que podem vir através de rejeição, impaciência, depressão ou ainda pior, através de uma falsa sensação de força.
Uma pessoa ferida, dificilmente, conseguirá disfarçar sua dor, quando vez ou outra, ela aparecer e incomodar.
Eu cresci escutando essa frase: “quem bate esquece, quem apanha não”.
Mais do que uma verdade, essa sabedoria popular acompanha a consciência de qualquer pessoa que conheça a si mesmo. Seja lá qual for o nome da ferida de estimação que te acompanha: ofensa, tapa, humilhação, traição, roubo, abandono ou injustiça.
Não adianta colocar ela na responsabilidade do tempo, ao contrário do que parece, o tempo não é um remédio, não nesse caso. Essa ferida pode até cicatrizar em algum momento, criar uma casca, mas na primeira oportunidade com um leve toque que seja, a dor voltará e a ferida ficará novamente aberta. Muitas pessoas choram pelos cantos, sozinhas na escuridão da noite, enxugando suas lágrimas como conseguem, tentando não deixar ninguém perceber o quanto é angustiante viver assim. É preciso manter as aparências, essas pessoas dizem. Outras pessoas, provocam o mundo com as mesmas dores que possuem. É como por exemplo, uma pessoa machucada, tem uma neurótica e compulsiva vontade de machucar também para mostrar ao mundo, mesmo que inconscientemente ou não, o quanto é dolorido se machucar.
Tanto a mágoa, quanto o rancor, ambos sempre procuram um culpado. E quando não conseguimos colocar a culpa em alguma coisa ou em alguém, acabamos nos culpando e nos responsabilizamos por um problema sem tamanho. E assim, muitas pessoas simplesmente desistem de viver, devido as suas feridas que não cicatrizam. Sobre tudo isso que estou escrevendo, me lembrei de uma frase do Shakespeare, que diz: “Guardar uma mágoa é como tomar um copo de veneno e torcer para que o seu agressor morra”. Parece uma frase irracional ou sem um sentido lógico, mas tudo o que ele quis dizer ao escrever isso, é a lógica inversa da cura de todas essas dores que as pessoas carregam e alimentam durante as suas vidas. Porque é provado cientificamente, que guardar rancor ou sentimentos negativos, podem resultar em doenças como o câncer, gastrite, enxaqueca, cólicas, doenças na pele, depressão, entre outras.
O perdão é um ato de libertar o outro, de pagar do erro cometido. Ou seja, perdoar é o mesmo que liberar um condenado ou um réu de cumprir uma sentença. Parece confuso, mas pensando racionalmente, quem perdoa perde muito. O perdão pode ferir o nosso senso comum de justiça, principalmente, se somos nós os ofendidos. Quem perdoa, acaba assumindo para si próprio o valor e a dor da punição. Perdoar é como ser machucado duas vezes, a primeira por ter sido pego despercebido, a segunda por abrir mão da justiça, de revidar ou se vingar. Mas, acredite em mim, por experiência própria, eu posso afirmar que perdoar é uma dádiva.
Ao perdoar, você se livra de alimentar tudo de ruim que está dentro de você.
Não é uma atitude fácil de tomar, mas a única força capaz de superar a mágoa e remover toda a raiz de amargura, é o amor. O amor vence todas as coisas, pode vencer até a morte. Para todas as curas, libertações e felicidades, é necessário perdoar e ser perdoado. Precisamos nos colocar no lugar dos outros, para compreendermos verdadeiramente o que nos aflige. Quando nos esforçamos para compreender, seja a pessoa que nos magoou ou a pessoa que nós magoamos, se torna mais fácil perdoar ou pedir perdão. Esse ato de perdoar está ligado a libertação de qualquer dor, perdoar não é o mesmo que empurrarmos com a barriga ou deixarmos uma situação inacabada como segundo plano. Precisamos compreender nossas mágoas e ressentimentos, é necessário perdoar não só os outros, mas também a nós mesmos. Como as pessoas são diferentes, com suas dificuldades, inseguranças e carências. Isso se torna um confronto de diversidades, podendo nos fazer entrar em crise existencial.
Não devemos esperar que as pessoas tenham o mesmo comportamento o tempo todo, isso é involuntário. Como seres humanos, erramos e acertamos, ninguém é sempre igual ou previsível. O que fomos ontem, certamente não é mais o que somos hoje e o que seremos amanhã. Os sentimentos estão em constantes mudanças, devemos estabilizar um equilíbrio sobre eles. Devemos ter consciência de que uma mente tomada por fúria ou por momentos de deslizes, causa um desgaste físico, mental e emocional. E com isso, acabamos perdendo muito.
Temos que eliminar pensamentos obsessivos, negativos, aqueles sentimentos que prejudicam nossos relacionamentos, nossos planos, nossos desejos. Que nos impedem de sermos amados, bem sucedidos e felizes.
Portanto, sejamos felizes da melhor forma possível, evitando desentendimentos e ressentimentos.
Viver em função de paz e amor, é a nossa forma de contribuir com o mundo, por um lugar muito melhor.
Postado no Sábias Palavras
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