O fascismo tem rosto e voz
Celene e seu ídolo, o jornalista Reinaldo Azevedo
Paulo Nogueira
Onde buscam suas informações desvairados como a mulher histérica que hostilizou neste sábado o ex-senador Suplicy na Livraria Cultura de São Paulo?
Quem turva a cabeça deles? Quem os enche de uma mistura brutal de ódio e ignorância?
São questões que vinham de ocorrendo desde que assisti a vídeos de manifestações de direita em que os presentes, diante de um microfone, falavam coisas desconexas, num tom de quem não tem nenhum controle emocional, os olhos arregalados e uma expressão de doidos.
Tive, agora, a oportunidade de responder a muitas de minhas dúvidas.
Um amigo do Facebook, Alexandre, me enviou a conta ali da mulher que estrelou o vídeo da agressão a Suplicy na Livraria Cultura.
Seu nome é Celene Carvalho, 50 anos.
Ela já ganhara notoriedade ao perturbar o casamento do médico Roberto Kalil, ao qual Dilma e Lula compareceram.
Na linha do tempo de Celena você encontra diversas menções ao site O Antagonista, dos jornalistas Diogo Mainardi e Mário Sabino.
Não surpreende.
O Antagonista é um vulcão em permanente erupção de ódio ao progressismo. Mainardi é Mainardi. Sabino é aquele ex-redator chefe da Veja que mandou um subalterno escrever uma crítica glorificadora de um romance dele mesmo que desapareceu no tempo e no espaço, pela irrelevância literária.
A Veja também é muito citada por Celene. Mais uma vez, nenhuma surpresa.
Num vídeo da Veja compartilhado por ela, Augusto Nunes e Marco Antônio Villa discorrem sobre “a organização criminosa”, o PT.
Em outro, Marcelo Madureira convoca as pessoas para uma manifestação pelo impeachment.
Publicações em geral elegem uma pessoa como seu personagem símbolo, para que os editores calibrem melhor seus textos e atinjam o público alvo.
O personagem símbolo da Veja e do Antagonista é Celene Carvalho. Isto conta tudo sobre o conteúdo de ambos.
Lauro Jardim, ex-Veja e atual Globo, também aparece na página de Celene. De novo, era previsível.
Fica claro, pela leitura do Facebook de Celene, que é a mídia que foi criando figuras como ela, gente que vai espalhando seu ódio doentio por todos os lados.
São os filhos da mídia.
Celene aparentemente é solteira. Não se vê nenhuma menção a filhos ou a marido ou namorado em seu Facebook. Tampouco amigos são vistos lá. Nada de livros, nada de filmes.
Tudo é dominado pelo antipetismo.
Provavelmente ela encontrou na militância de direita um substituto para uma vida pessoal vazia e sem sentido.
Sua raiva escalou degraus, pelo que se percebe. No vídeo da Cultura ela surge com um soco inglês na mão direita, sinal de que se preparara para brigas físicas.
Ela se apresenta como hoteleira. Uma pesquisa no Google a aponta como dona do hotel Dona Balbina, de uma estrela, no Espírito Santo.
Aparentemente, ela não tem tido tempo para cuidar de seu negócio. No site TripAdvisor, um hóspede relata que a água do chuveiro estava fria, que a cama de casal era dura e muito estreita e que o telefone do quarto não se comunicava com a recepção.
“Além do mais falta frigobar no quarto”, disse o hóspede. “Acho que no verão deve ser impossível dormir pela falta de ar condicionado.”
O hotel parece ser uma das últimas prioridades de Celene. Além de insultar outras pessoas, Celene se entreteve nos últimos meses em atividades como a feitura do boneco Pixuleco.
Penso comigo que já é hora de ela acrescentar uma nova atividade a sua rotina: providenciar um advogado para defendê-la num processo.
Até aqui, ela tem tido mãos livres para disseminar injúrias e atormentar pessoas pacíficas como Suplicy.
Torço que Suplicy se incumba de dar esta nova atividade a Celene Carvalho.
Postado no Diário do Centro do Mundo em 25/10/2015
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