Eliane Cantanhêde, cheirosa e desatenta
Por Altamiro Borges
Ainda quando trabalhava na Folha, a jornalista Eliane Cantanhêde ficou famosa pelo seu entusiasmo com a "massa cheirosa" tucana durante uma convenção do PSDB.
Hoje ela presta os seus serviços ao falido Estadão e também à Globo News e poderá acrescentar outro adjetivo no seu currículo: cheirosa e desatenta.
Ao comentar a acareação do doleiro Alberto Youssef, que confirmou que o cambaleante Aécio Neves recebeu propina de Furnas, ela simplesmente esqueceu de citar o seu amigo tucano.
De imediato, uma internauta questionou a sua parcialidade. A resposta foi típica do tucanês: "Era muita informação ao mesmo tempo e acabei passando batido".
Hilária, para não dizer patética.
Eliane Cantanhêde, que não esconde suas relações carnais com os tucanos de alta plumagem, não foi o único vexame da mídia neste caso.
No geral, diante do depoimento do mafioso Alberto Youssef, a velha imprensa adotou uma postura vergonhosa.
O Jornal Nacional, da TV Globo, simplesmente não mencionou o nome de Aécio Neves e de Sérgio Guerra, o falecido presidente nacional do PSDB.
Já o site UOL postou uma notícia com os dois nomes e, logo na sequência, mudou o título da matéria.
No geral, os outros veículos seguiram a mesma linha editorial, blindando os dois chefetes tucanos.
Diante de mais este crime da mídia, o jornalista Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, fez questão de postar uma mensagem de Alberto Villas, ex-diretor do programa Fantástico, da TV Globo e um "dos melhores e mais experientes jornalistas do Brasil". Em sua postagem no Facebook, ele detona a manipulação da mídia hegemônica em mais este episódio deprimente. Vale conferir:
A noticia é esta: Aécio Neves e Sérgio Guerra receberam dinheiro de propina, segundo revelação feita ontem pelo doleiro Alberto Youssef.
VillasNews está oferecendo um doce para quem encontrar a noticia na primeira página da Folha de S.Paulo ou de O Globo. E uma lupa para que você encontre a notícia no interior dos jornais.
Bom trabalho! Isso não pode ser chamado de Jornalismo. Ainda mais com J maiúsculo.
http://albertovillas.com.br/2015/08/26/escandalo-3/
Como afirma Rodrigo Vianna, a cobertura jornalística do depoimento do doleiro é mais um episódio vergonhoso do jornalismo nativo:
"Vocês já imaginaram o que aconteceria se Youssef dissesse que Lula ou Dilma recebiam propina em Furnas?
Imaginem: o doleiro diz que o irmão de Dilma pegava grana; o que aconteceria no dia seguinte? Quais seriam as manchetes?
Pois bem, na capa dos jornais (que são lidos pela classe média raivosa), e mesmo nos programas subsequentes da Globo News (assistida pela mesma classe média raivosa e paneleira, a informação foi tratada com a discrição devida. Sumiu!...
O impeachment morreu mais um pouco ontem. E a velha imprensa também morre. Mas o jornalismo vai sobreviver. Esse é como o samba: agoniza mas não morre…".
Postado no Blog do Miro em 27/08/2015
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