Ciclovia da Avenida Paulista : inauguração foi neste domingo dia 28 de junho




INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), durante a inauguração da ciclovia na Avenida Paulista.


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA






Alguns ciclistas também carregaram balões brancos  em homenagem às vítimas da violência no trânsito


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA


INAUGURAÇÃO DA CICLOVIA NA AVENIDA PAULISTA






Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade


Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade


Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade











Novidade atrai uma multidão de ciclistas na avenida mais famosa da cidade










A Paulista de hoje como símbolo da cidades das gentes

Renato Rovai

Há tempos a Avenida Paulista não ficava tão bonita. Tão sorridente. Tão inclusiva. Tão festiva. Tão charmosa. Tão ativista. Tão avenida Paulista que encanta gente de todos os cantos do Brasil e do mundo.

Nas disputas de cartão postal, os paulistanos sempre a elegem.

Preferem uma avenida a um monumento como o seu sonho feliz de cidade.

Gostam daquele amontoado de rostos diferentes, daquele prédios envidraçados, dos cinemas, dos bares com mesas na calçada, das vitrines e agora dos artistas de ruas e dos ambulantes com seus food trucks, que ampliaram ainda mais a afetividade das grandes calçadas.

Mas agora, no meio da Avenida símbolo tem uma ciclovia. Que a corta inteira, como uma flecha. Que lhe apresenta uma nova veia, uma nova artéria, no coração da cidade.

É um símbolo. É simbólico.

As disputas são simbólicas e aglutinam ou separam as pessoas a partir de valores.

Quem quer a cidade dos carros, pode ficar do lado de lá.

Quem quer a cidade das gentes, por favor, venha paulistear.

Foi assim hoje.

A Paulista ficou linda, como há muito não ficava.

Tinha senhoras e senhoras,bebês, moços e moças. Tinha mesa de pingue-pongue, skatistas, patinadores e corredores. Tinha grupo de cadeirantes, palhaços, músicos e vendedores. E tinha muitos cicloativistas também.

A Paulista ficou azul, vermelha, amarela, cor de anil.

E até teve gente daquele tal MBL que foi lá pra vaiar a Paulista do jeito que ela estava. Porque a felicidade dos outros tem o potencial de irritação muito alto para alguns.

Mas é essa a disputa que vale a pena.

É a disputa por cada pedaço de uma cidade que é de concreto, mas que tem poesia.

E que precisa ser encarada.

Sem meias-palavras. Sem tantas concessões. Sem fazer de conta que não há disputa.

A Paulista não é a rua de alguns. É o símbolo sempre eleito pelos paulistanos.

Disputá-la e transformá-la é um caminho para a reconstrução desse sonho feliz de cidade.



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