Fernando Brito
O jornal China Daily publica uma matéria curiosíssima, que me chega pelo Facebook: na província de Fujian, o governo local criou uma escola para filhos de milionários aprenderem a ser menos arrogantes, extravantes e perdulários.
Não é compulsório, mas atende aos pedidos dos donos de empresas. Diz a nota que a escolinha “pega leve, rapaz” tem sido bem recebida pelos empresários que se preocupavam com estilos de vida extravagantes de seus filhos crescidos e pobre senso de responsabilidade social”.
Tanto que, para conter a procura, cada empresa têm o direito de indicar apenas um “playboy”- lá eles se chamam fuerdai , ou segunda geração do novos ricos – para fazer o curso onde aprendem “cultura chinesa tradicional, responsabilidade social e conhecimento de negócios”.
Já pensaram se a moda pegasse por aqui? Os “filhinhos de papai” tomando multa de US$ 160 por chegarem tarde e saírem cedo do trabalho? Ou percebendo como é dura a vida do trabalhador? Ou dando valor à cultura nacional? Ou aprendendo o que é austeridade, simplicidade, solidariedade?
Aqui o negócio é ser “rei do camarote” e dizer que vai morar nos Estados Unidos porque “meu pai pode”, feito fez aquela moça de grande espírito público que virou musa dos Revoltados On Line.
Pelo menos sobrou alguma juventude com crítica e coerência para zombar da futilidade, como os que fazem o engraçado “Raio Gourmetizador“, de onde tirei a imagem do post.
Devidamente complementado pelo vídeo do grupo de humor “Amada Foca”, umas figuraças.
O velho ridendo castigat mores (rindo corrigem-se os costumes) ainda tem o seu valor.
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