O Brasil não acabou - e nem vai acabar



Na cerimônia de posse nesta quinta-feira (1º), Dilma Rousseff desfilou em carro aberto pelas ruas de BrasíliaAssista ao desfile em carro aberto da presidente Dilma Rousseff

Carlos Motta


2014 acabou, mas o Brasil não, embora muita gente tenha desejado o seu fim.

2015 será um ano difícil, como quase todos.

Mesmo assim o Brasil e o eu povo sobreviverão. Haverá dificuldades para a grande maioria. Alguns poucos continuarão no bem bom.

Mensagens de fim de ano são, quase todas, protocolares. Quase ninguém acredita que seus votos de prosperidade e felicidade se concretizarão.

De toda forma, e para que este maravilhoso país continue em sua trajetória de desenvolvimento, com diminuição da iníqua desigualdade econômica e social que nos envergonha perante as outras nações, não custa nada desejar que todos aqueles que carregam dentro de si o preconceito e o ódio de classes, essa doença que tanto mal faz à humanidade, sejam, ao menos, um pouco mais tolerantes, um pouco menos violentos, a partir deste ano novo. 

O Brasil não acabou em 2014, mas foi por pouco.

A semente da intolerância germinou e deu frutos como nunca antes.

Sempre haverá discordâncias - isso é da natureza humana.

Elas, porém, não devem desencadear ondas de veneno ou desejos de destruição.

Ainda há pessoas guiadas pela razão nos cargos institucionais da nação. Cabe a elas, portanto, a dura tarefa de coibir eventuais excessos que possam comprometer o florescimento desta nossa jovem e promissora democracia.

2015 será um ano difícil, todos sabemos. Cabe exclusivamente a nós, povo, torná-lo um bom ano para todos.


Postado no blog Crônicas do Motta em 30/12/2014


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