A tragédia da cartografia proposta pela RBS




Sandro Ari Andrade de Miranda


O filósofo estadunidense Marshall Berman utilizou uma frase famosa do Manifesto do Partido Comunista de Karl Marx para definir com precisão o movimento da pós-modernidade: “tudo o que é sólido, se desmancha no ar”.

Se transferirmos esta simples frase para a realidade do cotidiano do nosso noticiário de imprensa, não encontraremos síntese mais precisa. 

Todos os dias são criados escândalos, tragédias, heróis e vilões, que surgem e desaparecem de uma hora para a outra. Na maior parte das vezes não há precisão, não há conteúdo, apenas a necessidade de vender manchetes e manter a sobrevivência de um conjunto de editoriais tão vazios quanto o conteúdo de suas matérias.

Tomando como exemplo a obra de outro teórico da pós-modernidade, o sociólogo francês Jean Baudrillard, também podemos afirmar com precisão que vivemos num “regime de simulacros”, de aparências, da comercialização de um mundo virtual que só existe na mente dos diretores das empresas que dominam os meios de comunicação.

Lembro que na primeira vez que visitei o Rio de Janeiro, ou então São Paulo, tinha medo de sair à rua, tamanho era o pânico imposto pelo noticiário de televisão.

Hoje sei que a própria exacerbação da violência urbana também é um simulacro, uma forma de aprisionamento. Pessoas trancadas em apartamentos sem janelas e sem jardins se sentem seguras, e são presas fáceis para o comércio de informações e produtos vendidos na orgia comercial televisiva.

Para quer ir a um estádio com elevado grau de segurança como o Beira-Rio ou a Arena do Grêmio, se podemos comprar a cerveja da moda, o chinelo da moda, e toda uma série de produtos vendidos pela televisão? 

Por que visitarmos um museu, se os canais da Globosat já colocam a sua estética pronta e traduzida dentre das nossas casas? 

O mundo dos sonhos de alguns canais de televisão é a alegoria da caverna de Platão, onde todos seremos aprisionados num espaço para ficarmos traduzindo apenas sombras.

O exemplo maior e mais recente foi a Copa do Mundo, quando setores da imprensa, os quais devem ser sempre nominados para não esquecê-los venderam a imagem de uma país tragédia, onde nada daria certo, e de que o Brasil viveria uma vergonha monumental no maior evento futebolístico da Terra.

Estão os referidos meios de comunicação devemos sempre incluir a Rede Globo, Revista Veja, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Revista Época, Zero Hora, e toda uma escumalha de produtos muito corretamente classificados pelo jornalista Paulo Henrique Amorim na precisa sigla PIG (Partido da Imprensa Golpista),

Na prática o que se viu foi que o Brasil realmente passou vergonha, mas dentro do campo, curiosamente no espaço onde estes meios de comunicação exercem o maior poder. 

Fora das quatro linhas a Copa do Mundo foi um sucesso, não ocorreu caos aéreos, a infraestrutura urbana teve diversas obras aceleradas antes do esperado, e o mundo viu o que todos nós já sabemos, que o nosso país é muito melhor e muito mais saudável fora da tela da Rede Globo de Televisão.

Esta pequena introdução serve para colocar uma questão que tenho observado durante o processo eleitoral no Rio Grande do Sul. Se no âmbito nacional as diferenças de projetos já estão escancaradas, aqui ainda reina o simulacro da oposição.

Talvez porque não tenhamos o mesmo potencial competitivo da notícia dos grandes centros, afinal de contas quem manda na notícia no Estado, tanto escrita (Zero Hora), como radiofônica (Rádio Gaúcha), como televisiva (RBS), é sempre o mesmo grupo, a Rede Brasilsul de Telecomunicações, é mais difícil expor a diferença entre o mundo da mídia e a realidade concreta.

Não é por acaso, portanto, que dois funcionários dessa empresa disputem a posição de liderança nas vagas das eleições majoritárias: Ana Amélia Lemos e Lasier Martins. De inovador nada! De diferente nada! De construtivo, absolutamente nada! De concreto, apenas fumaça!

O comentarista do Jornal do Almoço faz um discurso tão asqueroso como o exercido todos os dias na televisão, com o uso de uma linguagem grosseira, que dói aos ouvidos de qualquer pessoal com o mínimo de senso crítico.

Já a atual Senadora apresenta um projeto político discursivo “tão oco” como as suas antigas manifestações como analista política, tão inconsistente como o seu mandato na Câmara Alta do Congresso.

Por isso fica a pergunta, como dois candidatos tão inconsistentes, tão pobres de conteúdo conseguem manter um relativo protagonismo no cenário eleitoral? 

A resposta pode estar na assertiva de Baudrillard, no simulacro!

Lembro que não é a primeira vez que os candidatos da RBS estiveram disputando o Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Antes Antônio Britto e Yeda Crusius já tiveram este privilégio exercendo governos verdadeiramente trágicos.

Não falo de governos ruins, como estamos observando na péssima administração da cidade de Pelotas, mas em governos trágicos mesmo, onde o Rio Grande do Sul andou para trás em relação a todo o seu potencial econômico e social. 

O debate sobre a dívida pública no Estado só existe por dois motivos: 1º) pela péssima negociação realizada por Britto junto à FHC; 2º) pela péssima gestão orçamentária de Yeda Crusius.

Quem viveu a era Britto no Rio Grande do Sul sabe perfeitamente do que eu falo: desemprego em todos os cantos, falta de esperanças, quebradeira das micro e das pequenas empresa, fim da indústria calçadista, falência da agroindústria da Zona Sul do Estado, e uma série de problemas que jogaram a nossa economia para um buraco sem fim. Se hoje a cidade de Rio Grande possui uma economia pujante, com forte potencial de crescimento, no idos de FHC e Britto parecia uma cidade fantasma.

Mas toda essa realidade concreta, vivida por milhões de pessoas desaparece no universo dos simulacros

Os simulacros são anti-históricos, não possuem base real, compõem um mundo vivenciado, mas não vivido. Sua essência é o mundo de Matrix, produzido da obra cinematográfica dos irmãos Wachowski.

Nas imagens de televisão da RBS seus candidatos representam um futuro maravilhoso, onde todo o cidadão poderá adquirir uma cota acionária da CORSAN ou da CEEE (modernamente privatizadas), onde todos poderão viver tranquilos e protegidos por uma polícia tão violenta como a de São Paulo.

Que os “bandidos pobres” serão aprisionados em mega-presídios, como produtores em série de ponteiras de tênis, e os “ricos” estarão devidamente internados em clínicas de reabilitação paradisíacas. 

Que a fome poderá ser suprida com a importação em massa de Big-Macs. Que os congestionamentos poderão ser substituídos pelas linhas e pelos pontos esteticamente precisos dos mapas de controles de tráfego.

O mundo projetado pela RBS e pelos seus asseclas é uma verdadeira “hiper-realidade”, uma vivência falsificada que esconderá a quebra do estado pelo populismo tributário, a demissão em massa de servidores públicos em programas de demissão voluntária, a dilapidação do patrimônio público em processos de privatização. O esquecimento da história é a sua arma principal.

Tamanho é o disparate dos discursos dos candidatos da RBS, ou melhor, da velha e conhecida direita golpista, que a tortuosa Ana Amélia Lemos promete aumentar a receita de investimentos com o corte parcial dos cargos em comissão (grifamos a promessa por tamanha estapafúrdia).

Ana Amélia é uma candidata que somente consegue se sustentar na hiper-realidade construída pelos meios de comunicação que defende. Fincada pelo improdutivo capital financeiro.

Não apresenta nada de construtivo e pior, ainda ameaça todos os avanços conquistados à duras penas pelo Rio Grande do Sul nos quatro anos de Governo Tarso Genro.

Inspirado em Jean Baudrillard posso resumir o desenho do futuro proposto por Ana Amélia na parte final na queda do mapa perfeito criado pelos cartógrafos de José Luis Borges. Quando o mapa caiu, não havia mais espaço para perfeição, mas apenas as ruínas de um passado sonhado:

“… Naquele império, a Arte da Cartografia alcançou tal Perfeição que o mapa duma Província ocupava uma Cidade inteira, e o mapa do Império uma Província inteira. Com o tempo esses Mapas Desmedidos não bastaram e os Colégios de Cartógrafos levantaram um Mapa do Império, que tinha o Tamanho do Império e coincidia com ele ponto por ponto. Menos Dedicadas ao Estudo da Cartografia, as Gerações Seguintes decidiram que esse dilatado Mapa era Inútil e não sem Impiedades entregaram-no às Inclemências do Sol e dos Invernos. Nos Desertos do Oeste perduram despedaçadas Ruínas do Mapa habitadas por Animais e Mendigos; em todo o País não há outra relíquia das Disciplinas Geográficas”.


Sandro Ari Andrade de Miranda é advogado, Mestre em Ciências Sociais.

Postado no site Sul21 em 30/09/2014


A escolha é sempre nossa ...


Frase Podemos escolher o que semear


Rubia A. Dantés

Temos regras fixas do que é certo e errado e somos muito exigentes ao julgarmos a nós mesmos e ao outro, segundo essa referência.

Isso torna a vida muito pesada e sem fluidez, uma vez que tudo que não se enquadre nesses parâmetros é tido como "errado"... 

Só que nos esquecemos que esses modelos fixos variam de pessoa para pessoa e ninguém é dono da verdade. Cada um de nós tem um sistema de crenças que determina o que é "bom ou ruim", "certo ou errado". 

O bom seria que não fixássemos nada como verdade absoluta e que nos deixássemos fluir no presente, vazios de certezas e de crenças equivocadas, mas, enquanto não estamos nesse ponto, é sempre bom, diante de uma situação qualquer, onde nos vemos defendendo nosso ponto de vista, lembrar que ele não é a verdade e, sim, só mais um ponto de vista no meio de outros tantos milhões.

Quando estamos vazios de crenças e memórias equivocadas e nos deixamos guiar pela Divindade, naturalmente, não precisamos nos prender a experiências passadas e nem a regras para responder a cada situação que nos chega, em perfeita ordem Divina.

Quando nos baseamos em memórias para responder as situações que a vida nos apresenta, acabamos criando mais e mais problemas e conflitos que só aumentam o sofrimento.

Se não reagíssemos tanto à vida e, a cada dificuldade, tomássemos uma distância da situação para entrar em contato com nossa sabedoria, poderíamos evitar muitos problemas e até entender que, onde muitas vezes enxergamos problemas, na verdade, eles nem existem.... são criações das nossas memórias que sempre nos levam a crer que somos ameaçados e que precisamos nos defender...

Ninguém nos ameaça a não ser nós mesmos... os outros são um reflexo do que temos dentro e não conseguimos enxergar.

E quando entendemos que a opinião do outro, assim como a nossa, quando é baseada em crenças fixas, não são a verdade e sim só mais um ponto de vista... nos sentimos livres e entendemos que, o fato de o outro não gostar de algo em nós, ou de algo que fizemos, não representa que tenhamos algo de negativo e não nos diminui em nada...

Aceitar que tudo que vem de fora, também está dentro, nos leva a não brigarmos tanto com as opiniões contrárias às nossas, e, ao invés de reagir tentando mudar o outro, vamos buscar liberar dentro o que nos fez atrair aquela situação.

Quando entendemos isso, vamos ver que é uma perda de tempo tentar mudar o outro para que ele se adeque às nossas expectativas... o outro só está nos revelando algo sobre nós e, mesmo que nos afastemos daquela pessoa, se não liberamos em nós o que nos incomoda nos outros, logo na frente vamos nos deparar com o mesmo tipo de problema...

Quantas e quantas vezes repetimos os mesmos enredos em outras roupagens, com outros personagens aparentemente diferentes mas que, no fim nos revelam a repetição de um mesmo padrão...

Se não queremos mais repetir histórias dramáticas, é preciso ter coragem de abrir mão do que em nós atrai os mesmos problemas. Parece difícil quando estamos tão intricados nesses histórias, mas sempre está em nossas mãos mudar o enredo porque fomos nós quem escrevemos as peças, nas quais quase sempre somos as vítimas...

Se tivermos coragem e força de vontade, com certeza, vamos conseguir... Mas, será que queremos mesmo mudar a nossa história? 

Ou já nos acostumamos tanto com ela que preferimos ficar chafurdando na lama do terreno conhecido a dar um salto rumo ao desafiante desconhecido... Uma coisa é certa... A escolha é sempre nossa...

Sobre a Mandala da coragem

Muitas vezes, os nossos medos nos paralisam e impedem que vivamos coisas que nos fariam mais inteiros e felizes. 

Os medos servem para nos proteger quando refletem situações de real perigo, mas, muitas vezes, eles são somente medos inconscientes de experiências passadas, que continuam agindo, impedindo-nos de viver muitas coisas.

Se esse é o caso... avance, apesar dos medos e encontre o que está além... 

Pode ser que, ao olhar de frente para esse medo e trabalhar para liberá-lo, muita energia se torne disponível para seu presente... Pode ser que seu medo esteja escondendo partes suas que trazem talentos antigos...


     Rubia A. Dantés é Designer, cria mandalas e ilustrações em conexão...
Trabalhos individuais e em grupo, com o Sagrado Feminino, 
o Dom e o Perdão...


Postado no site Somos Todos Um


É isto que Marina e Aécio querem para o Brasil ! Nos Estados Unidos e na Europa tudo começou com o Banco Central independente !








O neoliberalismo consiste em certas políticas, defendidas pela imprensa corporativa, como privatizações, Estado mínimo, Bancos Centrais independentes, corte de gastos públicos, flexibilização das leis trabalhistas e liberdade para que o mercado dite as regras da economia.

Nos EUA, essas políticas vem sendo implantadas desde os anos 80. De lá para cá, profundas transformações sociais ocorreram nos EUA.

O país que após a II Guerra era dos melhores lugares para se viver no mundo, onde um trabalhador médio tinha acesso a uma grande qualidade de vida, hoje tem uma jornada de trabalho exaustiva e com pouco direitos, com um salário irrisório.

Ao mesmo tempo, o 1% da população do topo da pirâmide social tornou-se muito mais rica (os 400 americanos mais ricos detém mais renda que 200 milhões de cidadãos estadunidenses) enquanto a vasta maioria ficou mais pobre, muitos abaixo da linha da pobreza.

O vídeo faz uma análise dos dados da distribuição de renda atual americana:

- a que os americanos achariam justa;
- a que eles acham que existe;
- e a que existe de fato.




Postado no site DocVerdade em 25/09/2014

Depois de uma parada cardíaca, ele largou o stress da vida corporativa pra fazer o que realmente ama : ser dono de uma padaria tipicamente brasileira


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Aqui no Hypeness gostamos de mostrar pessoas que resolveram mudar seu estilo de vida completamente e provar que essa mudança é a grande propulsora da felicidade. 

É o caso do baiano Marcelo Martins, que largou uma promissora carreira na indústria de perfumaria para abrir uma charmosa padaria artesanal com a cara do Brasil, a Padaria Alegria Brasileira.

Todos recebemos sinais de que está na hora de mudar e, no caso de Marcelo, foram sinais físicos mais do que claros: duas tromboses e uma parada cardíaca devido ao alto grau de stress causado pelo cotidiano corporativo, muita vezes cruel. 

Esse poderoso ‘sinal’ o fez pedir demissão um mês depois e buscar algo que lhe proporcionasse plena felicidade. Ele então resolveu resgatar um antigo sonho que tinha e também fazer jus à tradição familiar ligada à comida, herdado de sua mãe, uma prendada cozinheira da Bahia, que o ensinou as melhores receitas baseadas em ingredientes brasileiros.

Ele percebeu então que, no Brasil, não havia nenhuma padaria com alma e temperos daqui, pois as existentes são todas inspiradas em estabelecimentos de fora do país. 

Por sempre ter gostado de fazer pães e para sinalizar de vez que esse caminho novo que ele estava traçando era o correto, a inspiração para o nome veio no dia em que ele resolveu (pela primeira vez) participar da procissão do Senhor do Bonfim junto de seu pai: “O nome simplesmente veio”, disse Marcelo.

Veja algumas imagens do local e apaixone-se também:

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Pra quem quiser conhecer, o endereço está aqui.


Postado no site Hypeness em Setembro/2014


Liquidar a fatura no primeiro turno







Izaías Almada

Quem teve a oportunidade e a satisfação de assistir a entrevista da presidente Dilma Roussef concedida aos blogueiros progressistas pode constatar, sem a selvagem e deselegante interrupção com que a brindam os jornalistas inquisidores do PIG [ Partido da Imprensa Golpista ], a segurança e a convicção com que a candidata trata os problemas nacionais. 

Além, é claro, do conhecimento que demonstra em cada um dos problemas tratados. E mesmo a humildade em reconhecer numa ou noutra questão não dispor de uma opinião mais segura sobre aquele tema específico.

Mais do que isso, sobrou a impressão de que sua vitória garantirá ao país um segundo mandato mais duro no tratamento de alguns itens como a regulação da Lei de Meios, o combate à corrupção sem olhar a quem, a possibilidade de se convocar uma Assembleia Nacional Constituinte com vistas a uma reforma política merecedora do crédito e da confiança dos brasileiros, a garantia de usar a riqueza do pré sal para avançar na saúde e na educação, a continuidade de investir na infraestrutura produtiva do Brasil e uma política externa soberana e independente, como bem demonstrou seu recente discurso na ONU.

Sua expressão alegre e comunicativa é de alguém que acredita naquilo que fala ao contrário de seus dois principais adversários que, normalmente, se apresentam com a máscara da dissimulação.

Ao terminar a entrevista e ao tomar conhecimento das mais recentes pesquisas eleitorais, fico com a impressão de que um esforço de cada um de nós que quer a reeleição de Dilma Roussef nessa última semana que antecede o pleito pode garantir a vitória no primeiro turno.

Se cada um batalhar a sério para conseguir mais um, dois, três votos que sejam nessa semana decisiva, quem sabe?

Todos nós temos uma padaria ou um bar de nossa preferência onde tomamos o nosso cafezinho ou uma cervejinha, o restaurante dos finais de semana, os amigos e colegas de trabalho, os parentes que moram em outras cidades espalhadas pelo país, os colegas de faculdade, os smartfones, as redes sociais. Há sempre a possibilidade de se ganhar aí uns dois votinhos a mais que, multiplicados pela convicção de milhares de nós poderá fazer significativa diferença no dia 05 de outubro.

Porque Dilma é, sem dúvida, a melhor candidata.

Garantia de emprego, garantia de usar o pré sal em favor do Brasil e sua gente, garantia de política externa soberana e independente, garantia de apoio à indústria nacional, garantia (assumida na entrevista citada) de revisão da Lei de Meios, garantia de modernização das Forças Armadas, garantia de respeitar a diversidade cultural e racial, o que significa respeitar os direitos de negros, nordestinos, mulheres, homossexuais, deficientes, garantia de manutenção dos programas sociais do governo, alguns deles reconhecidos e elogiados mundialmente.

Se o Brasil quer continuar a mudar com segurança, sem aventureirismos, essa mudança tem em Dilma Roussef sua principal força.

E bom seria que essa fatura pudesse ser liquidada já no primeiro turno. É uma questão de mais trabalho e confiança nos dias que faltam.

Fica aqui o apelo e a sugestão para que espalhem a ideia.


Postado no Blog do Miro em 27/09/2014


Por que a regulação da mídia é uma boa notícia para a sociedade


Os bastidores


Paulo Nogueira

Vai começar a choradeira.

“Querem calar a imprensa livre” e outras coisas do gênero.

Isso porque, na entrevista a blogueiros nesta sexta, ela [Dilma] defendeu energicamente a regulamentação econômica da mídia.

Ela fez questão de dizer que não se trata de controle de conteúdo, mas de regras que coíbam a formação de monopólios e oligopólios.

Todas as sociedades avançadas têm mecanismos para evitar a concentração de poder na mídia por razões óbvias.

O Brasil não.

É um problema antigo, e jamais resolvido. Até a ditadura militar, a certa altura, se incomodou com o excesso de voz da Globo, como mostra um livro produzido com documentos pessoais do general Geisel.

Mas nunca nada foi feito para estimular a pluralidade de opiniões e promover a competição num mercado francamente oligopolizado.

Por um motivo: sucessivos governos tiveram em comum o medo pânico de incorrer na ira dos proprietários das empresas de jornalismo.

Quem perdeu, com isso, foi a sociedade, privada do acesso a ideias diversas que poderiam ajudar as pessoas a formar sua própria opinião.

Dilma disse aos blogueiros – entre os quais Kiko Nogueira, do DCM – que a sociedade agora está demandando a regulação econômica da mídia.


Kiko na entrevista com Dilma

Esta tarefa, afirmou ela, estará em seu segundo mandato, caso seja reeleita. 

As circunstâncias, hoje, são mais favoráveis a mexer num assunto tão complicado, dada a fúria com que a mídia se atira contra coisas que ameacem seus privilégios.

A internet tirou muito do poder dos donos da chamada mídia tradicional. Jornais e revistas são cada vez menos lidos, e telejornais menos vistos.

Com isso, o poder de intimidação e de represálias vai minguando.

Uma coisa é você ser alvo de uma campanha do Jornal Nacional com 60 pontos de audiência, e sem a internet para servir de contraponto.

Outra coisa é uma campanha do JN com 20 pontos de audiência, e com a internet dando voz a quem não tinha.

Muda tudo.

Uma regulação econômica é um primeiro e essencial passo. Mas há mais coisas por fazer.

A legislação que vigora no Brasil é amplamente favorável às empresas de mídia e desfavorável para os cidadãos.

Multas irrisórias e processos intermináveis dificultam qualquer tipo de reparação quando você é vítima de um assassinato de reputação.

O modelo dinamarquês é uma referência mundial. Os ingleses o estão estudando na reforma que promovem na sua mídia depois que eclodiu o escândalo de invasão de celulares feito por um tabloide de Murdoch.

Na Dinamarca, um conselho formado por pessoas de reputação ilibada – parte nomeada pela própria mídia — toma decisões rápidas em situações em que alguém se julga prejudicado por uma matéria de jornal ou coisa parecida.

Caso se conclua que houve mesmo um erro, o jornal é obrigado a publicar, rapidamente, uma reparação no mesmo espaço em que fez a acusação considerada infundada.

As multas também são altas o bastante para que os editores pensem muito antes de publicar acusações sem provas.

A informação de Dilma de que vai mexer na regulação da mídia caso vença as eleições é uma boa notícia para a sociedade – por mais que os beneficiários da presente situação tentem convencer as pessoas de que é uma má notícia.


Postado no site DCM em 26/09/2014


600 mil assistiram ao vivo a entrevista da Presidente Dilma com blogueiros !




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Em entrevista a blogueiros, Dilma diz que Brasil está “maduro” para regulação econômica da mídia ; 600 mil acessaram.



Luiz Carlos Azenha

Em entrevista esta tarde a blogueiros, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff defendeu o cumprimento do parágrafo quinto do capítulo 220 da Constituição de 1988.

Ele diz: “§ 5º – Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.

“No Brasil se confunde regulação com controle de conteúdo, que é coisa de país ditatorial”, afirmou Dilma ao responder ao blogueiro Altamiro Borges.

Ela lembrou que a existência de oligopólio ou monopólio em qualquer setor da economia cria uma “assimetria” não só entre os cidadãos, mas entre as instituições. Disse também que estimula a “prepotência”.

A candidata à reeleição disse que a regulação econômica já existe em outras áreas fundamentais, como os portos, o setor elétrico e o do petróleo.

“Não há porque ser ser diferente. O Brasil tem de regular”, afirmou. Outros objetivos de um eventual segundo mandato serão o de promover a regionalização da produção de conteúdo e a diversidade cultural na mídia.

“Eu acho que está maduro para fazer a regulação econômica” da mídia, disse a presidente.

Em resposta à blogueira Conceição Lemes, editora do Viomundo, Dilma disse que pretende promover a integração dos sistemas público e privado de saúde para garantir o atendimento de especialistas a usuários do SUS, numa rede integrada por clínicas públicas, privadas e filantrópicas.

Lembrou que desde que a CPMF — o imposto do cheque que arrecadava dinheiro para a Saúde — foi derrubada por ação do PSDB no Congresso, com a ajuda de aliados, o governo federal deixou de arrecadar R$ 470 bilhões.

Ainda assim, segundo Dilma, não houve recuo nos investimentos federais na Saúde, como tem dito José Serra, candidato ao Senado pelo PSDB em São Paulo e ex-ministro da Saúde. Segundo a candidata, os números indicam aumento de 77,4% nos investimentos em Saúde desde o início do governo Lula, em 2002.

Ao longo de duas horas de entrevista, a candidata petista usou suas respostas para alguns disparos contra adversários políticos e a própria mídia:

– “Meu discurso na ONU foi integralmente distorcido”, disse Dilma, sobre as acusações de que teria fraquejado no combate ao terrorismo.

Segundo ela, os ataques ao Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria já demonstraram que a ação militar não é o caminho para resolver questões políticas.

Dilma condenou as ações bárbaras do Estado Islâmico do Iraque, mas lembrou também que a fragilidade do governo iraquiano, dividido entre sunitas e xiitas, foi um dos fatores que determinaram o crescimento do Isis. A coalizão que governa o Iraque chegou ao poder depois da invasão promovida pelos Estados Unidos para derrubar Saddam Hussein.



– Dilma definiu como “discussão estarrecedora” o embate que teve com a jornalista Miriam Leitão, durante entrevista ao Bom Dia Brasil, sobre o crescimento econômico da Alemanha.

Na ocasião, a jornalista global disse que o Brasil crescia a taxa de 0,3%, contra 1,5% da Alemanha. “Não, a Alemanha não está crescendo 1,5%. A Alemanha está crescendo 0,8%, e há dúvidas a respeito da continuidade. Tanto é que o índice, aquele Zeus, que mede a confiança do empresariado na economia cai pelo nono mês consecutivo”, disse a presidente na ocasião.

– “Tem pessoa que gosta de aparecer como vítima, eu não. Eu não posso dar ao Brasil esta demonstração”, afirmou a petista, numa referência óbvia à candidata Marina Silva, que tem se queixado das críticas que recebe do PT ao longo da campanha.

Sobre reforma política, Dilma definiu como melhor caminho um plebiscito para perguntar aos cidadãos se eles aprovam ou não o financiamento público de campanhas. Segundo ela, nem uma Assembleia Constituinte ficaria livre da influência do poder econômico. “Se a gente não acreditar na força do povo brasileiro, a gente não tem mais nada pra acreditar”, disse.

– “Ninguém desmonta uma empresa como a Petrobras”, afirmou. Lembrou que a petrolífera brasileira, a sexta maior do mundo, valia R$ 15,5 bilhões em 2002 e hoje vale R$ 110 bilhões.

A candidata afirmou que por trás dos ataques à empresa estão interesses dos que pretendem mudar o sistema de exploração para beneficiar empresas estrangeiras.

Dilma disse que num segundo mandato seu foco será em usar a renda do pré-sal para investimentos na educação. Seria um novo passo, depois da ênfase do ex-presidente Lula em programas sociais e em garantir renda e emprego para a maioria dos brasileiros. Também prometeu a expansão da rede de banda larga. 

Disse aos blogueiros que, ganhando a eleição, fará um segundo mandato politicamente “mais combativo” e que as entrevistas como a de hoje passarão a ser feitas “de forma sistemática”.

PS do Viomundo: Segundo o site Muda Mais, que providenciou a transmissão pela internet, a entrevista teve 600 mil acessos.



Postado no blog Viomundo em 26/09/2014



Calças de cintura alta estão de volta


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Você já deve ter percebido que vira e mexe as calças de cintura alta aparecem nas ruas, no trabalho e também no lazer né mesmo?

A verdade é que esse estilo de calça é muito mais elegante do que várias outras.

Ela alonga a silhueta, afina a cintura e te deixa super chique, não é por acaso que as celebridades são apaixonadas por elas, concorda?!

Dependendo do tecido e do corte elas podem ser usadas nas mais diversas ocasiões, e ainda por cima, funciona bem em qualquer tipo de corpo.

Para produções mais elegantes, opte por tecidos como alfaiataria, já para looks mais descontraídos, o jeans é sempre uma boa opção.
Postado no blog Antenadas em 23/09/2014

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Reeleger Dilma e mudar mais




Izaías Almada

... O mundo contemporâneo cada vez menos se compraz com a verdade. Ou dela se beneficia. Mas, afinal, o que é a verdade, perguntarão os filósofos de botequim e os verdadeiros…



Diante dos lugares comuns com que abro o artigo, que de tão comuns não chegarão a sensibilizar as almas bem mais eruditas que a minha, debruço-me com algum cuidado sobre as próximas eleições de outubro na, ingênua talvez, expectativa de encontrar explicações para o que ouço e leio e até preparar o espírito para um possível desastre anunciado. Repito: possível, mas não desejado… E pelas últimas pesquisas de intenção de votos, apenas anunciado.

Pois guerra é guerra, venha ela pela ponta das baionetas, dos drones ou pelas manchetes de jornais, revistas e telejornais irresponsáveis. Em particular nos países que ainda não se despiram de preconceitos seculares dos mais variados matizes e letárgica aculturação. 


Na ânsia de ler o noticiário do dia a dia das eleições defronto-me com frases como “Chico Mendes era um homem de elite”, “A formação de cartel não é crime”, “O PSDB é contra toda e qualquer corrupção”, “Quero governar com os melhores”, “Vamos atualizar as leis trabalhistas”, “O governo colocou um diretor na Petrobrás para roubar” e toda uma cantilena de idiotices e frases ocas, o que não é de se estranhar se levarmos em conta, por exemplo, que Barak Obama é premio Nobel da Paz. E o mensalão mineiro, o do PSDB, nunca existiu. Em se tratando de nonsense…

Na geleia geral da propaganda política para o grande evento do próximo cinco de outubro o que sobra é a pobreza generalizada das candidaturas de oposição ao atual governo, algumas escancarando o lado grotesco dos candidatos e seus discursos vazios de ideias e carregados de ignorância, preconceito, algum humorismo e, sobretudo, de pessimismo.



Nesse item, uma vergonha! Cidadãos e eleitores merecem mais respeito e consideração. Já que o espetáculo da democracia representativa burguesa nos oferece o “horário eleitoral gratuito” (sic), nada nos impede de ver ali o raio-x desse jogo do vale tudo.

A presença e o discurso de alguns dos candidatos, o Levy, o Eymael, o pastor fulano de tal, enfatiza o deboche da própria democracia que defendem e dizem representar. Dedicar três ou quatro linhas do artigo a essa baboseira já é demais. Haverá sempre a possibilidade de qualquer um de nós recorrermos ao soro antiofídico.

Em seguida, as propostas ingênuas e até fora de contexto dos candidatos da esquerda radical que, excetuada a convicção e alguma coragem com que defendem suas ideias, corretas muitas delas, não dialogam com o eleitor que quer encontrar respostas imediatas às suas necessidades do dia a dia e não ouvir apenas proselitismos políticos e ideológicos.

Por último, o confronto entre os três candidatos que terão a maioria dos votos daqui a dez dias. Para a oposição conservadora e a da ‘nova política’ o leitmotiv é a corrupção, crime que surgiu no Brasil a partir de 2002 e, pelo visto, só existe no atual governo, na Petrobrás e no Partido dos Trabalhadores. Nunca antes nesse país se encontrou tanta corrupção.

“Quem não tiver culpa que atire a primeira pedra”… Não foi esse, entretanto, o ensinamento maior do líder de toda essa gente? Perguntem ao Malafaia e ao padre Marcelo. Aos fundamentalistas da revista Veja ou aos tribunais da Inquisição em que se transformaram os entrevistadores televisivos da Presidente Dilma nessa campanha.

A operação plástica de Aécio Neves e o ar angelical de Marina Silva ao se referirem à corrupção alheia são de dar enjoo em antiácidos estomacais. O cinismo com que querem nos colocar no canto da sala de aula com orelhas de burro na cabeça chega a ser doentio e criminoso. E sempre que possível amparado pela justiça eleitoral ou outras justiças espalhadas pelo país.

E por falar nisso, onde foi parar o látego negro depois de cumprir sua função de juiz imparcial?

Goste-se ou não, concorde-se ou não, a campanha demonstra com propriedade que o único programa que se salva é o do próprio governo tanto em forma como em conteúdo. 

Mostra o país em transformação dos últimos doze anos e o muito que ainda se pode fazer. Um esforço hercúleo para quebrar a parede de concreto erguida pela mídia impatriótica entre o governo e os cidadãos, em particular os que ajudam a sustentar o país com o seu trabalho de sol a sol.

Os smartfones e ifones com seus selfies e outras surpresas (e bobagens), as redes sociais estão expondo as vísceras da luta de classes no Brasil.

De resto é a falácia, a crítica pela crítica, inúmeras acusações sem provas, a construção de um pessimismo odioso e odiento que só prejudica, à saída, aos menos favorecidos da pirâmide social. E à soberania do país.

Não é difícil, para quem ainda não vendeu a alma ao diabo, fazer tais constatações, até porque a direita e muitos de seus despolitizados adeptos, já não tem o menor pudor em mostrar as entranhas do jogo que propõe jogar.

Tudo cheira a mofo e a passado, a uma hipocrisia nauseabunda, quando varrem para debaixo do tapete de suas consciências o criminoso assalto contra o patrimônio público praticado em governos de seus ‘líderes’.

Ou ainda quando substituem o diálogo e a contra argumentação, em defesa de suas ideias (?), pela violência verbal ou mesmo física fazendo surgir aqui e ali traços inequívocos de intolerância, de um fascismo reprimido que vem à tona e procura fazer ‘justiça’ com as próprias mãos.

Há que reeleger Dilma Roussef sim. Qualquer outro resultado poderá deixar o Brasil e a América Latina às portas de um extemporâneo retrocesso político e social que a minha geração conheceu bem e que as novas gerações não fazem por merecer.

O que tem que ser tem muita força.




Postado no Blog da Boitempo em 25/09/2014

Beauty




O animador italiano Rino Stefano Tagliafierro teve a brilhante ideia de transformar pinturas famosas em uma incrível peça de animação.

 Sim, ele deu vida às mais belas obras do século XIX, nas quais se exaltava o belo, e as animou num estonteante curta, cujo nome não poderia ser outro senão Beauty, que significa “Beleza” em português.

Vale a pena ver e se deixar hipnotizar. 
Um prato cheio para os amantes das artes, uma descoberta a quem apenas se aventurar.









Postado no site Tudo Interessante