A boa música brasileira : Taiguara






Hoje

Trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo

Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua às minhas mãos

Mas hoje,
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas luas, pelas ruas
Na solidão das noites frias por você

Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte

Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta, vivo em minha sorte

Ah, sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim
Como eu te amei





Universo no Teu Corpo

Eu desisto 
Não existe essa manhã que eu perseguia 
Um lugar que me dê trégua ou me sorria 
E uma gente que não viva só pra si
 
Só encontro 
Gente amarga mergulhada no passado 
Procurando repartir seu mundo errado 
Nessa vida sem amor que eu aprendi 

Por uns velhos vãos motivos 
Somos cegos e cativos 
No deserto do universo sem amor 
E é por isso que eu preciso 
De você como eu preciso 
Não me deixe um só minuto sem amor 

Vem comigo 
Meu pedaço de universo é no teu corpo 
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo 
E em teus braços se unem em versos à canção 

Em que eu digo 
Que estou morto pra esse triste mundo antigo 
Que meu porto, meu destino, meu abrigo 
São teu corpo amante amigo em minhas mãos 
São teu corpo amante amigo em minhas mãos 
São teu corpo amante amigo em minhas mãos 

Vem, vem comigo 
Meu pedaço de universo é no teu corpo 
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo 
E em teus braços se unem em versos a canção
 
Em que eu digo 
Que estou morto pra esse triste mundo antigo 
Que meu porto, meu destino, meu abrigo 
São teu corpo amante amigo em minhas mãos 
São teu corpo amante amigo em minhas mãos 
São teu corpo amante amigo em minhas mãos.





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