Emily Gibson
Deve ter acontecido em algum momento na última década, pois a quantidade de tempo, energia, dinheiro e emoção que ambos os sexos gastam em abolir todos os pelos de seus órgãos genitais é astronômica.
A indústria da depilação genital, incluindo médicos que anunciam seus serviços especiais para aquelas mulheres que procuram o visual “limpa e pelada”, está crescendo.
Mas por que incomodar os pobres pelos pubianos? Algumas teorias sociológicas sugerem que tem a ver com as tendências culturais geradas por biquínis e tangas, certos atores e atrizes sem pelos, um desejo de voltar à infância ou mesmo uma tentativa equivocada de manter a higiene.
É uma guerra, infelizmente, equivocada. Há muito tempo, os cirurgiões descobriram que raspar uma parte do corpo antes da cirurgia, na verdade, aumentou, em vez de diminuir, as infecções.
Não importa que instrumentos complexos sejam usados — lâminas de barbear, aparelhos de barbear, pinças, depilação, eletrólise – cabelo, como grama, sempre volta a crescer e vence no final. Nesse meio tempo, a pele sofre os efeitos de um campo de batalha queimado.
A remoção dos pêlos pubianos irrita e inflama os folículos pilosos, deixando aberturas microscópicas. A depilação freqüente é necessária para deixar a superfície lisa, causando irritação da área raspada ou tratada com cera.
Quando essa irritação se mistura ao ambiente quente e úmido dos órgãos genitais, torna-se um meio de cultura feliz para algumas das piores bactérias patogênicas — streptococcus, staphylococcus aureus etc.
Alguns médicos estão descobrindo que áreas e órgãos genitais púbicos barbeados também são mais vulneráveis a infecções de herpes. Portanto, pode haver maior vulnerabilidade à propagação de outras doenças sexualmente transmissíveis.
É hora de declarar o fim da guerra aos pelos pubianos e permitir que eles permaneçam onde devem estar.
Postado no blog DoLadoDeLá em 15/08/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário