Juremir Machado da Silva
O homem “midiocre” não vive sem suas telas e sem a mediação do hiperespetáculo. Considera o universal abstrato como uma garantia de critérios concretos de racionalidade. Como se recusa a ter noção de contexto histórico, produz uma “pérola” atrás da outra para o imaginário do absurdo. A seguir algumas das suas crenças ou dogmas mais hilariantes e repetidas.
1 – Ainda precisaremos criar o dia do Orgulho Hétero.
2 – Se é preconceito racial chamar negro de crioulo, de negão ou de negrão, também é racismo chamar alemão de branquelo ou simplesmente de alemão ou de alemão batata.
3 – Eu domino a minha televisão com o controle remoto.
4 – Nunca houve tanta corrupção no Brasil como hoje.
5 – O bolsa-família estimula a preguiça.
6 – Os imigrantes europeus sofreram tanto quanto os escravos africanos quando vieram para o Brasil.
7 – Não há discriminação racial no Brasil nem homofobia. Chamar negrão de macaco não significa necessariamente racismo. Não gostar de gay não quer dizer homofobia. É preciso saber diferenciar as coisas.
8 – O politicamente correto cerceia a liberdade de expressão, impede a criatividade, o humor e a crítica e é preconceito contra o preconceito.
9 – Alunos cotistas não conseguem seguir o ritmo dos colegas universitários, ficam para trás e têm sempre maior evasão.
10 – Não existem mais ideologias nem direita e esquerda.
Postado no Blog Juremir Machado da Silva em 11/04/2013
Imagens inseridas por mim
Nota
Homem midiocre é uma expressão criada pelo professor, jornalista e historiador em seu livro, que se relaciona com "grande mídia".
É uma expressão com duplo sentido, pois vem de "mídia" e "medíocre".
A SOCIEDADE MIDÍOCRE, A
PASSAGEM AO HIPERESPETACULAR
Formato: Livro
Autor: SILVA, JUREMIR MACHADO DA
Idioma: PORTUGUES
Editora: SULINA
Assunto: COMUNICAÇÃO
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