Por Altamiro Borges
No Jornal da Globo de ontem à noite, o "calunista" Arnaldo Jabor voltou a destilar seu ódio teatral contra o governo da Venezuela.
Acusou Hugo Chávez de ser um "Mussolini tropical" e disse que com a sua morte se instalará de vez uma "ditadura radical" no país vizinho.
De forma irresponsável e criminosa, ele garantiu que "a milícia bolivariana tem 50 mil soldados prontos para a guerra" e outros "60 mil expedicionários cubanos armados" para derrotar a oposição.
Num total desrespeito ao povo venezuelano e à democracia, disse ainda que Chávez se sustenta graças à "ignorância popular" e à "distribuição de porções de esmola".
Num linguagem típica dos serviçais da CIA, o "calunista" da famiglia Marinho não poupou os governos da América Latina que manifestaram sua solidariedade ao presidente Hugo Chávez e defenderam a estabilidade democrática na Venezuela.
Sobre o Brasil, Jabor novamente atacou o assessor Marco Aurélio Garcia, que "recebe ordens de Cuba".
As mentiras difundidas numa concessão pública da televisão mereceriam uma rápida resposta do poder concedente. Mas, no Brasil, Jabor e outros tralhas esbravejam suas patifarias sem qualquer responsabilidade.
A única manifestação contra as bravatas de Jabor coube à corajosa embaixada da Venezuela no Brasil. Reproduzo a íntegra da sua nota divulgada hoje:
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Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.
Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país.
Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.
Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda.
Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.
Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento.
Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação.
É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo.
Postado no Blog do Miro em 11/01/2013
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