Eu nem queria escrever sobre a Zero Hora de novo, mas aí me deparo com isto e fico sem opção:
Se a crítica fosse ao governo, poderia até ser válida, dependendo de como fosse construída (embora eu não acredite muito que o Marco Aurélio consiga fazer uma crítica decente e ainda engraçada), mas desse jeito, tentando frustradamente ironizar a péssima colocação do estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) tendo como alvo os alunos, ela é só agressiva e descabida.
A história do humor crítico no Brasil é riquíssima, cheia de exemplos de como ser engraçado e contribuir para o fortalecimento da democracia a partir da provocação, do escárnio. É lindo quando esse espírito existe, em qualquer governo, em qualquer jornal, e a crítica pode ser bem contundente. Mas tem que saber fazer. Não dá pra basear a piada em preconceito e humilhação, coisa que só faz quem não sabe fazer. Não é a primeira vez que digo e repito: o principal chargista da RBS não serve pro metiê.
Postado no blog Somos Andando em 16/08/2012
Obs.: Metiê palavra da língua francesa que significa trabalho, ofício, profissão, prática, técnica.
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