Saiu na Agência Brasil:
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A partir deste ano, pela primeira vez, todos os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão ter acesso às redações corrigidas. A mudança, anunciada hoje (24) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, está prevista em um acordo firmado com o Ministério Público Federal no ano passado.
“O acordo será mantido. O que nós estamos concluindo com o MPF é a operacionalização do acesso porque ele tem que ser individualizado e ter absoluta segurança”, disse Mercadante. De acordo com o ministro, a expectativa é que, com a disponibilização do espelho da redação e com as mudanças anunciadas no processo de correção, acabe a “judicialização” ocorrida no ano passado. Mas o edital do Enem não vai prever que o estudante recorra da nota obtida. Em 2011, muitos candidatos entraram na Justiça para ter acesso à prova e alguns conseguiram, inclusive, que a nota fosse revista.
Para 2012, o Inep anunciou mudanças nos critérios de correção para tornar o processo mais objetivo. A redação do Enem valerá 1.000 pontos e cada texto será lido por dois corretores, que atribuirão a nota de acordo com a avaliação de cinco competências, como o domínio da norma culta, a capacidade de argumentação e a compreensão da proposta da redação (tema). Cada item valerá 200 pontos.
Até o ano passado, se as notas dos avaliadores tivessem entre elas uma diferença superior a 300 pontos, uma terceira pessoa era chamada para fazer uma nova correção. Para este ano, a margem de discrepância caiu para 200 pontos. A terceira correção também será aplicada se houver diferença superior a 80 pontos em pelo menos uma das cinco competências. Se a discrepância nas notas permanecer mesmo após a terceira avaliação, será convocada uma banca, formada por três professores, que fará a correção presencial.
“Todo texto tem algum grau de subjetividade, mas a mudança é para que a gente dê segurança ao estudante do rigor dos procedimentos”, disse Mercadante. Outra novidade é que os corretores participarão de um treinamento online, logo após a aplicação da prova sobre o tema específico de 2012.
Edição: Vinicius Doria
Como é do conhecimento do mundo mineral, uma das “tarefas” do PiG (*) é desmanchar o ENEM.
Porque o ENEM é a banda larga do acesso do pobre à universidade.
E, para citar o Mino Carta de novo, a Casa Grande não quer que o pobre deixe o eito.
Das Casas Grandes, segundo o Mino, a de São Paulo é a pior, a mais trevosa.
Uma das formas que o PiG encontrou de desmanchar o ENEM foi estimular, manchetar os recursos judiciais, oriundos, em boa parte e inexplicavelmente, do Ceará.
Como se sabe, o ENEM se tornou essa potência pelas mãos do Nunca Dantes e do Haddad, o “novo” que vai derrotar “o velho” em São Paulo.
Clique aqui para ler sobre o “Caracazo dos tucanos de SP”.
E aqui para ler “O Cerra tem menos 6%”.
Agora, o Mercadante e a JK de saias refinam a prova de Redação do ENEM, aquela mesma prova que os cursinhos de São Paulo, em vias de extinção, queriam extinguir.
A treva tenta adiar o amanhecer.
Mas, enfim, o sol brilha.
E a Casa Grande arde.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG Partido da Imprensa Golpista.
Postado no blog ContrapontoPig em 24/05/2012
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